quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Deus é seu Papai Noel?


            Diz a lenda que, se uma criança se comporta direitinho, ela será recompensada no fim do ano pelo papai Noel.
É uma pena que não são só as crianças que algumas vezes são iludidas com essa tipo de história. Digo isso porque hoje, semelhante às crianças que acreditam ou acreditaram um dia em papai Noel, temos pessoas que acreditam que Deus age ou agirá da mesma forma. Pensam que, se forem boazinhas, se cumprirem os mandamentos, Deus terá a obrigação de dar o que essa pessoa quiser.
E a famosa teologia da prosperidade só alimenta esse pensamento. Como diz o cantor Juliano Son em uma de suas preleções: “Será mesmo que Deus está muito mais interessado em me dar coisas fúteis e tolas do que dar alimento ao necessitado?” De verdade, não creio nisso, como também disse o Pr Davi Lago em um dos seus artigos: “Não creio num Deus Silvio Santos que sai por ai perguntando: ‘Quem quer dinheiro?’”
Jesus fala claramente no capítulo 11 do evangelho segundo Lucas: “Peçam, e lhes será dado”.
Agora você deve estar pensando: O Eberson dessa vez não está falando coisa com coisa. Uma hora ele não crê no Deus que dá o que lhe é pedido, depois ele trás um texto bíblico que diz o contrário.
O contexto de Lucas 11 fala sobre dar o que for preciso, agora pergunto: Quantos de nós não pedimos coisas que talvez não estivéssemos precisando, não é mesmo? Coisas fúteis, caprichos, eu já pedi muito isso. Mas teve ocasiões que não foi bem assim, pois eu realmente precisava da atenção do Senhor, precisava da provisão dEle, foi ai que aprendi com dois personagens que falarei rapidamente sobre eles agora:
O rei Ezequias quando soube que iria morrer não teve forças nem para se levantar ou talvez se ajoelhar. Deitado como estava se virou para a parede e suplicou, se humilhou na presença do Senhor e com isso convenceu o Pai celestial a lhe dar mais 15 anos de vida. Veja a história em 2 Reis 20.
Em Mt 15.22-28 vemos a história da mulher Cananéia. Ela foi chamada de cadela (por metáfora) pelo próprio Jesus, mas, ao invés de se indignar, ela se humilhou pedindo ao Senhor que lhe desse migalhas. Esclarecendo a história, mesmo Jesus não se mostrando interessado a dar atenção à aquela mulher, a mesma continuou focada em ter pelo menos o mínimo dEle, pois ela sabia que o mínimo do Senhor Jesus já era suficiente para resolver todos os seus problemas, e por isso ela não perdeu a oportunidade que teve, se humilhou diante do Deus Filho e o convenceu a abençoá-la.
Concluindo a nossa linha de pensamento, afirmo que, a nossa boa conduta, as boas obras não nos garantirão a moradia nos céus e muito menos trarão recompensa aqui na terra. A recompensa que teremos será no céu e se chama galardão, e as boas obras que fazemos aqui na terra são apenas conseqüência do bom relacionamento que temos com Deus.
Então, não temos que convencer Deus com o que fizemos por Ele e pra Ele, pois se comparamos com o sacrifício na cruz, não fizemos absolutamente nada. Mas, ao pedirmos algo à Deus temos que pensar se realmente necessitamos daquilo antes de “forçarmos a amizade” e se precisarmos, saibamos convencê-lo, não com argumentos fartos, mas se humilhando na presença dEle.
Lembre-se também que nós não corremos atrás das bênçãos do Senhor, pois elas nos alcançam! (Dt 28.3)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...