segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Procura-se gentileza desinteresseira

O amor tem se esfriado a cada dia (Mt 24.12), por isso, a gentileza tem se tornado algo cada vez mais escasso. Quando alguém desconhecido é gentil conosco, muitas vezes pensamos: o que será que ele(a) quer? Isso acontece porque na era pós moderna o que se prega é que ninguém é gentil por acaso, todos visam ganhar algo em troca. Seja numa paquera, ou para atrair um cliente, ou para conquistar votos, ou para qualquer outra coisa que envolve uma certa correspondência, a gentileza será uma das ‘armas’ mais utilizadas. Mas quando recorremos à Bíblia, entendemos que devemos ser gentis por motivos bem maiores.
Talvez você já ouviu a frase: “Gentileza gera gentileza”. Também existe um vídeo japonês (ilustração acima) muito interessante na internet que pode ser resumido em uma frase: “Um simples ato de carinho, cria uma onda sem fim”. Observando essas duas frases podemos concluir que alguém precisa ter começado a gentileza para que ela continue gerando essa onda sem fim. Daí, no Salmo 136 do início ao fim, nos 26 versículos você verá: “porque a sua benignidade dura para sempre”. Portanto, sabemos onde começa a benignidade, a gentileza, em Deus. E para não ficar só na figura do Deus Pai, vemos em Rm 15.2-3 que o Filho também é o exemplo de gentileza:
“Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edifica-lo. Pois também Cristo não agradou a si próprio, mas como está escrito: ‘os insultos daqueles que te insultam caíram sobre mim’”.
Portanto, nós filhos de Deus e irmãos de Jesus, precisamos ser gentis porque precisamos nos comportar como nosso Pai e o nosso irmão mais velho, pois essa é a identidade da nossa família conforme escrito também em João 13.35:
“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”.
E para complementar esse versículo podemos citar também 1 Coríntios 13.4 onde diz que “o amor é bondoso”.
Uma vez que entendemos que a gentileza faz parte da identidade do cristão, precisamos entender também qual é o alvo da nossa gentileza, ou seja, com quem precisamos ser gentis. Em Provérbios 3.27 temos uma direção:
“Quando lhe for possível, não deixe de fazer o bem a quem dele precisa”.
Você vê esse versículo e pode pensar: Acho que não tenho sido tão sido tão gentil assim lá em casa. Mas aí você vê o que Jesus fala em Lucas 6.30:
“Dê a todo o que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva”.
Esse versículo já nos faz pensar um pouco, mas então vem o versículo 31:
“Como vocês querem que os outros lhe façam, façam também vocês a eles”.
Já ficou um pouco mais difícil, mas aí chegamos aos versículos 32, 33 e 34:
“Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os ‘pecadores’ amam aos que o amam. E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os ‘pecadores’ agem assim. E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os ‘pecadores’ emprestam a ‘pecadores’, esperando receber devolução integral”.
Não sei para você, mas para mim dói ler esse texto. Porque parece que o meu radar só alcança aqueles que estão de alguma forma ligados a mim, ou seja, família, amigos, mas e os colegas que não temos tanto contato? E as pessoas que eu tenho dificuldade de me relacionar? E as que visitam minha igreja? E o necessitado na rua? Na parábola do bom samaritano, Jesus nos ensina que o próximo é aquele que precisa de mim e eu me compadeço. Pode ser aquele que me pede uma esmola, ou aquele que pede para passar na minha frente no congestionamento no trânsito, ou aquele que não pede nada, mas eu vejo o seu sofrimento e o ajudo assim mesmo. Portanto, o que aprendemos com Jesus é que temos que fazer o bem, sem olhar a quem. Isso é ser gentil, benigno, bondoso.
Assim como o Senhor é benigno e bondoso conosco, precisamos ser também benignos, bondosos, gentis com as pessoas ao nosso redor, pois é assim que o brilho do Senhor reflete em nós. É assim que Deus demonstra o seu amor às pessoas ao nosso redor.
Para concluir, cito 1 Pedro 3.9 onde está escrito em outras palavras que a recompensa da nossa gentileza virá do Senhor, ou seja, devemos ser gentis e bondosos com as pessoas ao nosso redor, não esperando receber algo delas, mas do Senhor, portanto trata-se uma gentileza desinteressada em receber algo em troca, porque na verdade já recebemos, o perdão dos nossos pecados.
Que o Senhor abençoe sua vida e que você esbanje gentileza às pessoas ao seu redor!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Não é fácil ser bonito

Para muitas pessoas, a beleza é uma obsessão, por isso elas fazem de tudo em busca de objetivos que parecem não ter fim. É aí que surgem doenças como anorexia, bulimia, e agora, uma mais recente, a vigorexia, que é uma obsessão pelo corpo musculoso ou ‘perfeito’.
Talvez você não saiba, mas na bíblia há vários relatos de homens e mulheres de boa aparência, formosos. Darei dois exemplos.
Quero começar falando de um príncipe, mas o título de príncipe não foi dado devido à sua beleza, mas porque ele era filho do rei Davi, seu nome é Absalão, veja o que a Bíblia diz sobre ele em 2 Samuel 14.25:
“Em todo o Israel não havia homem tão elogiado por sua beleza como Absalão. Da cabeça aos pés não havia nele defeito nenhum”.
O mister Israel até poderia ser fisicamente bonito, mas a sua conduta não era nada bela. Ele era um homem astucioso, além de vingativo, traidor e muito ambicioso. Analisando o currículo dele, vemos uma cilada para assassinar o irmão, um golpe para tirar o pai do poder, e ainda um episódio em que teve relações com as concubinas de seu pai à vista de todo Israel (2 Sm 16.22).
Mas se Absalão era um homem belo por fora e nada belo por dentro, temos agora um exemplo de alguém bela interiormente e exteriormente falando, veja em Ester 2.7b:
 “Essa moça, também conhecida como Ester, era atraente e muito bonita...”
A história de Ester se inicia com uma busca de uma nova rainha para o Império Persa, onde Ester foi uma das selecionadas para concorrer a tal vaga. Nos versículos seguintes vemos que todos simpatizavam com Ester, e que ela ainda foi sábia na hora de se apresentar ao rei, mostrando que além de bela, era inteligente, pois enquanto algumas moças exageravam na produção (Et 2.13), talvez com uma maquiagem carregada ou com muitas joias, Ester não inventou (Et 2.15), mostrou que era bela sem uma superprodução e então foi aprovada pelo rei e se tornou rainha da Pérsia. Mas o que fez com que Ester viesse ter sua história registrada na bíblia não foi a sua beleza exterior ou a sua inteligência, mas sim as atitudes que comprovam uma beleza interior, pois foi devido a essas atitudes que o povo israelita foi preservado de uma grande chacina.
Diante da abordagem que pretendo fazer, questiono: É errado querer ser fisicamente bonito? A Bíblia não condena à busca pela beleza, apenas aborda que existem coisas mais importantes.       
Em Ester 5.1 vemos que Ester se vestiu com trajes reais e não há nenhuma condenação nisso. No livro de Cantares, no capítulo 1, versículos 10 e 11, Salomão elogia os brincos e os colares de sua donzela e diz que irá presenteá-la com brincos e colares de ouro. O apóstolo Paulo diz em 1 Timóteo 4.8a que “o exercício físico é de pouco proveito...”, ele não diz que não é de nenhum proveito, e na sequência do texto não há uma proibição.
Portanto, não podemos dizer que a Bíblia proíbe os homens ou as mulheres de se produzir, usar belas roupas, ou ter um corte de cabelo diferente, mas tudo tem o seu limite, não é mesmo? Por isso, constantemente a Bíblia relata que existem coisas mais importantes que a beleza exterior. Em Provérbios 31:30 está escrito que “a beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada”, em outras palavras está escrito que o temor ao Senhor deve estar acima da busca pela beleza.
Veja também, agora na íntegra, o que diz os versículos 7 e 8 da primeira carta a Timóteo:
“Rejeite, porém, as fábulas profanas de velhas e exercite-se na piedade. O exercício físico é de pouco proveito; a piedade, porém, para tudo é proveitosa, porque tem promessa da vida presente e da futura”.
O apóstolo Paulo está incentivando Timóteo a exercitar a piedade fazendo um contraste que exercitar o corpo trará benefícios na terra, mas exercitar a piedade produzirá frutos nos céus.
         Veja também o que diz Mateus 5.16:
“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”.
Jesus nesse versículo está dizendo que o que deve brilhar não é o gel no cabelo ou a maquiagem importada, mas as nossas obras, ou seja, aquilo que vem de dentro pra fora, aquilo que demonstra a nossa beleza interior. Há uma concordância no que está escrito em 1 Coríntios 10.31: “quer comam, bebam ou façam qualquer outra coisa”, aqui poderíamos dizer, quer você alise o cabelo, quer você puxe 100 kg no supino, quer você use roupas da moda, “façam tudo para a glória de Deus”.
Portanto, o desafio que cada um de nós tem é de ser ainda mais belo interiormente do que exteriormente, o que pode não ser tão fácil muitas vezes, mas necessário!
Que o Senhor abençoe sua vida e que você seja muito mais belo por dentro do que por fora!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O ciclo da vida segundo a bíblia

De acordo com a biologia, os seres vivos nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Mas qual seria o ciclo da vida espiritual abordado pela bíblia. Será que é parecido? Você só vai saber se continuar lendo o texto.
Em João 3 temos um diálogo entre Jesus e Nicodemos, um fariseu, autoridade entre os judeus (Jo 3.1). No meio da conversa Jesus fala sobre o novo nascimento, e isso deixa Nicodemos um tanto incomodado, a ponto de perguntar:
“Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!” João 3.4
Jesus então afirma que está falando sobre o nascimento do Espírito. E para entender o que seria nascer do Espírito, temos o versículo 1 da primeira Epístola de João no capítulo 5:
“Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus”.
Portanto, o nascimento espiritual trata-se da crença em Jesus Cristo.
Assim como os seres vivos possuem a etapa do crescimento, os nascidos no Espírito também passam por essa etapa, conforme escrito em Efésios 4.14,15:
“O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo o vento de doutrina e pela astúcia e esperteza dos homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”.
Não ser mais como criança significa crescer espiritualmente, e o alimento necessário para o crescimento é a verdade, ou seja, a palavra de Deus.
No ciclo de vida dos seres vivos a terceira etapa é a reprodução, daí pode surgir uma dúvida se os seres espirituais também passam por essa etapa. Busquemos solucionar essa dúvida através da verdade, e então encontramos Mateus 28.19a:
“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações”.
Nesse versículo Jesus está falando sobre multiplicação, reprodução, portanto, entendemos que os seres espirituais também passam pela etapa da reprodução.
Por fim, chegamos à última etapa da vida biológica, a mais temida, aquela que os seres vivos pensantes lutam com todas as forças para que não chegue, a morte. Aí temos uma diferença. Veja os versículos abaixo:
“Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. Pois ‘toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória, como a flor da relva; a relva murcha e cai a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece para sempre’. Essa é a palavra que lhes foi anunciada”. 1 Pedro 1.23-25
O que Pedro está nos dizendo nesse texto é que a semente que nos gerou é eterna e isso faz de nós também seres eternos, ou seja, por mais que o nosso corpo físico corruptível venha a morrer, nós seres espirituais desfrutaremos da eternidade.
Anunciemos então a tempo e fora de tempo essa verdade, o Evangelho do Novo Nascimento, pois, conforme Jesus relatou a Nicodemos naquele bate papo:
“Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”. João 3.3

         Que Deus abençoe a sua vida!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Amor = Renúncia (para os casais)

         Vimos no texto anterior que Deus deve ser a prioridade máxima de nossas vidas. Se Deus está acima de tudo e todos, em primeiro lugar, o que vem depois? Alguns poderiam dizer a igreja, outros, a vida profissional ou o ministério, mas a verdade é que, em segunda lugar está a família.
         Quando digo que a família está em segundo lugar, estou dizendo que durante o namoro, os seus pais são mais importantes que seu namorado(a). Quando você se casa, as coisas mudam, a sua família agora começa com marido e mulher, onde na maioria das vezes, depois vem os filhos. Agora o seu cônjuge se torna mais importante que os seus pais, mas esse continuam sendo importantes, mas num degrau abaixo, junto com os seus sogros. No noivado podemos dizer que, como transição, é preciso haver um bom senso, equilibrando o nível de importância e prioridade.
         O que é importante dizer é que, não importa se você é casado ou solteiro, se você vive em família, se você se relaciona com alguém, a renúncia estará presente em sua vida, pois, em Provérbios 18.1 em outras palavras está escrito que o egoísmo é o melhor amigo ou o primeiro passo para a solidão.
No namoro há renúncia, mas isso precisa ser dosado, e a tendência é que no casamento a dosagem aumente, ou seja, se hoje a sua maior renúncia é passar o natal com a família da sua namorada(o), longe da sua família, amanhã, quando vocês se casarem, é possível que você deixe de estudar ou tenha que se sacrificar no trabalho visando o bem do casal. Não quero assustar vocês, muito pelo contrário, quero contribuir com o amadurecimento de vocês. Afinal, quanto mais maduros e sábios vocês estiverem, melhor será para a caminhada de vocês como casal.
         Falando sobre a renúncia no casamento, vejamos o que diz Efésios 5.22-25:
“Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, que é o seu corpo, do qual Ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela”. Efésios 5.22-25
         De acordo com o texto acima, a mulher exerce a renúncia no casamento por meio da sujeição e o homem por meio do amor. Talvez você logo diga que é muito mais fácil amar do que se sujeitar, mas o fato é que tanto amar quanto sujeitar está ligado à renunciar. Enquanto submissão significa entregar-se a alguém, amar significa se entregar por alguém.
Esse texto para muitas pessoas dá uma ideia machista quando não entendido, então tentaremos explicar a ideia do texto.
A comparação do homem com Cristo não é na autoridade, mas no amor, equivale ao fato do homem dar o seu tudo, renunciar a sua própria vida, por amor à sua esposa. Renunciar a própria vida significa que é responsabilidade do homem proteger, sustentar, dar atenção e respeitar sua esposa, ou seja, que ele deve se importar com ela, como consigo mesmo. No versículo 28, o apóstolo Paulo enfatiza isso dizendo:
“Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo”.
A resposta ao cuidado e ao amor do marido é a submissão da esposa. A submissão da esposa é comparada à submissão da igreja, então, podemos dizer que a igreja só submete a Cristo, porque Ele a ama e portanto é um prazer cooperar com Ele, ou seja, a renúncia afim de colaborar na missão acontece naturalmente.
         Uma discussão que surge em meio a interpretação desse texto é em relação à vida profissional da mulher. Em nenhum lugar a bíblia proíbe a mulher de trabalhar fora de casa, apenas reforça o fato de que ela continua sendo a governanta da casa (Pv 31) e não a isenta de estar submissa ao marido em hipótese alguma. O marido por sua vez continua sendo o provedor da casa, mas isso também não o impede de colaborar com as funções de casa, principalmente se a esposa trabalhar fora. Acredito que é nesse tipo de ambiente em que o casal aprende a renunciar.
         Portanto, se quisermos ter um relacionamento saudável e ‘até que a morte nos separe’, precisamos entender e viver o princípio da renúncia, onde o marido se entrega pela esposa e a esposa se entrega para o marido, e ambos, na condição de um só, se entregam para Jesus porque um dia Ele se entregou por nós.

         Que Deus abençoe a sua vida e o seu relacionamento!


obs.: Não viu o primeiro texto? Então clique no link abaixo e leia!
Amor = Renúncia (Parte 1)

Amor = Renúncia

         Hoje vamos falar sobre renúncia. Renúncia significa abandono de direito, abrir mão e em vários textos da bíblia somos incentivados a isso. A bíblia relata, em Lucas 14, quando Jesus se depara com uma multidão lhe seguindo. Ele se volta para a multidão e diz no versículo 25:
“Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo”.
         Em outras palavras Jesus estava dizendo: “Se vocês querem me servir mas não estão dispostos a renunciar, desistam!”
         As decisões da nossa vida são baseadas em nível de importância, e nesse quesito, através da palavra de Deus temos a certeza que acima de tudo e todos, devemos ter o Senhor. Vejamos a seguir algumas passagens que relatam sobre Deus ser o mais importante e a maior prioridade em nossas vidas.
Deus é mais importante que a nossa família
Em Gênesis 22 temos um episódio muito comovente, Abraão está disposto a oferecer o seu próprio filho em sacrifício por amor a Deus. Temos uma ideia de quanto isso comoveu o coração de Deus em Mateus 19.29, onde Jesus afirma:
“E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna”.
         Se a família é um dos maiores presentes que o Senhor nos dá aqui na terra, sinceramente não consigo imaginar o que pode ser cem vezes mais do que isso.
Deus é mais importante que a nossa vida profissional
Em Lucas 5, os versículos 27 à 29 falam sobre quando Levi, mais conhecido por nós como Mateus, foi chamado para seguir Jesus. Ele era um publicano, um cobrador de impostos. Nos dias de hoje era como ter um emprego público muito bem remunerado sendo concursado, ou seja, Mateus tinha uma situação profissional estável, mas quando Jesus o chamou para ser seu discípulo, ele de pronto atendeu, e não só atendeu como ofereceu um grande banquete a Jesus em sua casa.
Deus é mais importante que qualquer momento de prazer
No livro de Daniel, no capítulo 1, versículo 8, vemos Daniel abrir mão da mordomia de comer como um rei, por que? Porque ele entendeu que aquilo o atrapalharia a cumprir o propósito do Senhor na vida dele naquele lugar.
         Em todos esses casos de renúncia, percebemos que a melhor decisão de todas foi tomada devido às consequências. Abraão foi aprovado e se tornou o pai de multidões, Mateus vivenciou e testemunhou a grande obra de Jesus enquanto esteve na terra e Daniel se tornou um dos homens mais importantes do mundo durante grande parte da sua vida.  Mas nem sempre colheremos aqui na terra o que renunciamos, temos como o exemplo o apóstolo Paulo que renunciou muita coisa em prol do Evangelho de Cristo, mas que a sua colheita foi de muito sofrimento. Mas se na terra Paulo colheu tribulações, foi porque ele sabia que o que o aguarda na eternidade é uma glória eterna (2 Co 4.17), são coisas que o olho nem viu, o ouvido não ouviu, e nem é possível de se imaginar (1 Co 2.9). Portanto, valeu e vale a pena renunciar em nome do Senhor. Jesus disse em Lucas 9.23:
“Se alguém quiser acompanhar-me, negue a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me”.
         Esse é o princípio do cristianismo, renunciar às nossas próprias vidas por amor a Jesus Cristo, porque um dia Ele renunciou a sua vida por amor a nós. Portanto, chegamos à conclusão que a renúncia é sim uma das mais belas demonstrações de amor.

         Que Deus abençoe a sua vida!

obs.: Abaixo, o link da continuação do texto para casais:
Amor = Renúncia (para os casais)

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Ai que medo!

         Todo mundo tem ou teve medo de alguma coisa. Algumas pessoas têm medo da morte, outras de algum animal, alguns têm medo de pessoas, enfim o que não falta é coisa para nos fazer ter medo. Mas o que a bíblia fala sobre o medo? É bom? Atrapalha? Vejamos!
Existem dois medos distintos na palavra de Deus, o primeiro talvez nem chamemos de medo, mas de temor a Deus.
No dicionário, um dos significados que acho mais interessante de temor é sentimento de profundo respeito e obediência. Temer a Deus não é agir com medo do seu castigo ou juízo e sim uma prova do nosso amor por Ele. O medo não é de ser castigado, mas de entristecer quem tanto nos ama.
Esse sentimento é bom e por isso somos incentivados a cultivá-lo. Veja Salmos 111.10a:
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria...”
Se quisermos ser chamados de sábios, temos aí o primeiro passo, o temor a Deus. Salomão foi chamado o homem mais sábio que pisou sobre a terra, porém, em um determinado momento ele deixou de ser sábio, pois deixou de temer a Deus, mas o que nos alegra é saber que no fim da vida, ele reconhece o seu erro e então diz em Eclesiastes 12.13-14:
“Agora que já se ouviu de tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e guarde os seus mandamentos, pois isso é o essencial para o homem”.
O homem mais sábio que já existiu nos diz que temer a Deus é essencial. Além de ser essencial, ele também nos diz em Provérbios 14.27 que:
“O temor do Senhor é fonte de vida, e afasta das armadilhas da morte”.
Portanto, se quisermos viver em sabedoria e nos afastar dos caminhos que nos levam a morte, precisamos temer a Deus.
O segundo medo que a bíblia nos fala precisa ser superado. Quantas vezes não nos pegamos com medo do amanhã? Medo de ficar desempregado, medo de não conseguir pagar as contar, medo de casar ou de ficar solteiro(a), medo de ter filhos, medo dos pais morrerem, medo de falar em público, medo de bicho, dentre outros tipos de medo.
Já ouvi dizer que existe um “Não temas” na bíblia para cada dia do ano. Não tive tempo nem interesse em contar e vi esse número ser contestado por alguns teólogos, por isso, a conclusão que cheguei não é que não existe um “não temas” para cada dia do ano, muito pelo contrário, existem vários “não temas” disponíveis na palavra de Deus todos os dias que estão lá justamente para nos incentivar a não temer.
Às vezes o que nos faz temer, são coisas do dia a dia, como por exemplo o fato de ter que amadurecer em alguma área da vida. Quem gosta de jogar vídeo game sabe que ao fim de uma fase, começa uma outra mais difícil. Na vida estudantil não é diferente, depois da pré-escola tem o ensino fundamental, depois o ensino médio, a faculdade, e só vai ficando mais difícil. E não só nos estudos, mas todas as áreas da vida consistem em etapas. Conversando com alguns jovens sobre o assunto, muitos testemunharam o medo de novas etapas, o medo de passar de fase. Alguns com medo de casar, do novo emprego, dentre outras coisas. E outros, com o medo oposto, ou seja, medo de não casar, de não arrumar emprego, etc.
Temos que aproveitar bem as etapas da vida, mas uma hora ou outra temos que passar de fase e quando isso acontecer ou estiver prestes a acontecer, não precisamos temer. No sermão do monte, Jesus fala de medos comuns, como o de vestir e comer. Veja o que diz Mateus 6.26:
“Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?”.
         O Senhor cuida das aves dos céus e também cuida de nós, cuida do nosso presente e também do nosso futuro. Ele tem cuidado de você e continuará cuidando em todas as etapas da sua vida. Ele é o nosso pastor e por isso, nada nos falta (Sl 23.1), portanto, tenhamos menos medo e mais temor!
Que o Senhor abençoe a sua vida!
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