Se você acessou esse texto pensando que
falaríamos sobre a ligação entre política e religião sinto muito lhe
desapontar, pois esse não é o objetivo.
Em Lucas 18 Jesus conta uma
profundíssima parábola que talvez não seja tão bem assimilada quando não há
esforço ou interesse para se entender quem
eram os personagens da história, o fariseu e o publicano.
Os fariseus eram legisladores, ou seja, homens que faziam parte da “assembleia legislativa” dos judeus (sinédrio). Eles eram populares mesmo sendo minoria no sinédrio, porque eram em sua maioria de classe média, tendo assim mais acesso à população do que os saduceus, por exemplo. Uma característica marcante dos fariseus era que, além das escrituras, eles tinham a tradição oral como complemento da lei, o que fazia deles legalistas.
Os fariseus eram legisladores, ou seja, homens que faziam parte da “assembleia legislativa” dos judeus (sinédrio). Eles eram populares mesmo sendo minoria no sinédrio, porque eram em sua maioria de classe média, tendo assim mais acesso à população do que os saduceus, por exemplo. Uma característica marcante dos fariseus era que, além das escrituras, eles tinham a tradição oral como complemento da lei, o que fazia deles legalistas.
Nos dias de hoje os fariseus seriam os
religiosos que querem impor liturgias, rituais e sacralizar objetos, lugares e outras
coisas, como se o sangue de Jesus não fosse suficiente para salvação e remissão
dos pecados.
Quanto ao publicano, esse em outras traduções já é chamado de cobrador de impostos, o
que revela a sua profissão e função. O que nem todos sabem é que o publicano ou
cobrador de impostos era alguém mal visto naquela época, nos dias de hoje seria
alguém com a reputação dos políticos.
Agora que você já sabe quem é quem visando a melhor compreensão da
parábola faremos uma contextualização chamando o fariseu de religioso e o
publicano de político, certo? Sabendo quem são os nossos personagens podemos
seguir ao próximo passo, que é saber o que Jesus conta sobre eles. Jesus aborda
a oração dos dois homens. Enquanto o religioso dizia para Deus o quanto ele, o
próprio, era bom (Lc 18.11-12), o quanto ele era melhor que o político, o último
batia no peito, pedindo misericórdia a Deus e não ousava olhar para o céu (Lc
18.13).
Jesus conclui dizendo que o político foi para casa justificado
diante de Deus e não o religioso (Lc 18.14) o que nos faz pensar seriamente
como tem sido as nossas orações. Será que oramos como o religioso arrogante e autossuficiente
ou como o político pecador, porém reconhecedor da sua miserabilidade e
necessidade da graça e misericórdia de Deus? Se somos salvos é por causa da
benignidade e bondade de Deus e não nossa, precisamos ter ciência disso.
Busquemos o arrependimento genuíno e a mudança
de mentalidade, pois, o desejo do Senhor é que religiosos, políticos e pertencentes
a qualquer tipo de grupo ou classe sejam salvos (1 Tm 2.4), mas para isso é
necessário arrependimento e fé. Como bem disse Pedro:
“Arrependam-se, pois, e voltem-se
para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de
descanso da parte do Senhor, e ele mande Cristo, o qual lhes foi designado,
Jesus”. Atos 3.19-20
Voltemo-nos para Deus! Ele é bom e o
seu amor e sua misericórdia duram para sempre!