Nesse texto vamos falar de contribuição. Um dos
assuntos mais polêmicos dentro e fora da igreja. Na segunda carta aos Coríntios o apóstolo Paulo se dirige
aos irmãos de Corinto visando dar conhecimento da graça, do privilégio que Deus
concedeu aos irmãos das igrejas da Macedônia.
No decorrer do texto bíblico o que fica claro é
que essa graça é a oportunidade em contribuir. A igreja de Jerusalém passava
por grandes dificuldades e dependia da assistência das novas igrejas da Europa
e Ásia. A segunda coisa que fica clara é que essa graça não é algo restrito aos
ricos, como muitos pensam, prova disso vemos no versículo 2 onde é relatado que
mesmo em meio à tribulação, mesmo em meio à crise financeira os irmãos da
Macedônia transbordaram em generosidade.
No versículo 4 temos o relato ainda de
que esses irmãos se sentiam tão privilegiados em contribuir que eles insistiram
para que assim o fizesse. No versículo anterior vemos que eles não simplesmente
deram o que podiam, mas além do que podiam, e o detalhe, voluntariamente, não
por pressão de homens.
E no versículo 5 temos o motivo de
tanta generosidade, eles eram cristãos genuínos, isto é, quando confessaram
entregar suas vidas a Jesus, entregaram de verdade tudo o que tinham, inclusive
suas finanças. Sendo assim, Paulo esperava o mesmo da igreja de Corinto, pois,
os irmãos de Corinto já eram exemplo na fé, na exposição da palavra, no
conhecimento, na dedicação e no amor, agora era hora de medir a generosidade
deles.
Para muitas pessoas contribuir é um fardo, porque elas
não têm conhecimento da graça de Deus, pois, quando compreendemos melhor a
graça de Deus entendemos o quanto somos devedores, o quanto precisamos ser
gratos a Deus. E a gratidão gera generosidade. Quer um exemplo? Provavelmente a
pessoa que você mais demonstra generosidade é a sua mãe. Sabe por quê? Porque
você reconhece que ela já fez muito por você e ser generoso com ela é o mínimo
que você pode fazer. #ProntoFalei
Com Jesus não é diferente, temos uma
dívida eterna com ele que nunca conseguiremos pagar, mas podemos mostrar
generosidade para com Deus através da obediência. A obediência é a principal
prova de amor que Jesus espera de nós. Em João 15.12 Ele diz:
“O meu mandamento é este: ‘amem-se
uns aos outros como eu os amei”.
E também podemos mencionar a ordem que
Jesus dá a Pedro após perguntar se ele o amava. Lembra? “Se tu me amas,
apascenta as minhas ovelhas”. Em outras palavras: cuida dos meus!
A generosidade é algo que vem do coração, fruto do
amor que existe em nós. Conta-se que em uma pequena cidade havia uma ONG que
era apoiada por praticamente toda a população, exceto um empresário, o dono de
um dos maiores comércios da cidade. Certa vez o presidente daquela ONG teve uma
reunião com aquele empresário e dizia que era muito feliz pelo fato de toda a
comunidade abraçar a causa deles, mas que não entendia o fato de apenas aquele
homem nunca ter colaborado com nada. O
empresário então respondeu: Você sabia que eu tenho uma mãe doente que gasta
uma fortuna de remédios por mês? O presidente da ONG disse que não sabia. O
empresário continuou: Você sabia que meu irmão está preso, sem condições de
sustentar a própria família? Mais uma vez o presidente da ONG disse que não.
Então o empresário concluiu: Se nem eles eu ajudo, imagina vocês.
A generosidade é um privilégio que apenas os
convertidos de coração entendem. Se você entregou a sua vida para Cristo, as
finanças fazem parte da vida, certo? Portanto, ao se deparar com um irmão
passando por dificuldade, uma causa missionária, um projeto social, o que vai
falar mais alto é o Cristo que vive em você. Agora não vivo mais eu, mas Cristo
vive em mim (Gl 2.20). Agora quem cuida do meu dinheiro não sou eu, mas o Cristo que vive
em mim. Jesus deixou toda a sua majestade para viver como servo aqui na terra.
Será que ele, vivendo em nós, deixará uma oportunidade de demonstrar
generosidade passar? Acredito que não!
Que o Deus infinito em amor e generosidade lhe
abençoe e faça de você também um abençoador!