terça-feira, 28 de junho de 2016

De onde vem a sabedoria?

Onde encontrar sabedoria? Como se tornar sábio? Você já se fez essas perguntas? No mundo de concorrência e maldade em que vivemos, ter um QI elevado nos trará benefícios incalculáveis. A sabedoria é um elemento crucial para o sucesso em todas as áreas da vida. Tendo sabedoria podemos dar a volta por cima diante dos diversos problemas que nos assolam.
A Bíblia conta a história de Jó, que durante o seu sofrimento refletiu sobre isso.
“Onde porém, se poderá achar a sabedoria? Onde habita o entendimento?”. Jó 28.12
A sabedoria é uma preciosidade única, pois o seu valor é incomparável. Jó lembra que outras preciosidades possuem locais onde se pode procurar:
“Existem minas de prata e locais onde se refina ouro”. Jó 28.1
         Mas onde fica a mina da sabedoria? Onde se refina o conhecimento? Vejamos um pouco mais dos argumentos de Jó:
“O abismo diz: ‘Em mim não está’; o mar diz ‘Não está comigo’. Não pode ser comprada, mesmo com o ouro mais puro, nem se pode pesar o seu peso em prata”. Jó 28.14-15
“A Destruição e a Morte dizem: ‘Aos nossos ouvidos só chegou um leve rumor dela’”. Jó 28.22
A sabedoria não está no mar, nem no abismo, e em nenhum outro lugar em nosso alcance. O metal mais valioso não pode compra-la.
Não por acaso Salomão quando teve a oportunidade de fazer um pedido ao Senhor pediu sabedoria. Deus se agradou tanto do pedido que o fez o mais sábio de todos os reis:
“O rei Salomão era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra. Gente de todo o mundo pedia audiência a Salomão para ouvir a sabedoria que Deus lhe tinha dado”. 1 Reis 10.23-24
Outro grande líder de Israel, Moisés, também pediu sabedoria ao Senhor:
“Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria”. Salmos 90.12
Também temos o relato de quatro jovens estrangeiros no Império Babilônico que foram agraciados com esse belo presente: Daniel, Hananias, Mizael e Azarias.
“A esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência”. Daniel 1.17
Observando os pedidos e as histórias de Salomão, Moisés, Daniel e seus amigos, só podemos chegar à mesma conclusão que Jó:
“Deus conhece o caminho; só ele sabe onde ela habita, pois ele enxerga os confins da terra e vê tudo o que há debaixo dos céus”.  Jó 28.23-24
Sabendo da fonte, da mina, já sabemos o que fazer, pedir ao Senhor, pois só dEle é que vem toda a sabedoria:
“Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida”. Tiago 1.5
Que Deus lhe abençoe e lhe dê sabedoria em tudo o que fizer e precisar!

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Deixe de ser boca aberta!

         Provavelmente você já ouviu o termo “boca aberta”. Geralmente trata-se de alguém parado, lesado, sonso. Em todos os lugares existem pessoas assim, inclusive na igreja. E nesse texto a minha missão é dizer a você, se for o seu caso, a deixar de ser boca aberta.
Em Atos 1 está o relato de uma das cenas mais marcantes da história do Cristianismo e com certeza, da existência humana. Trata-se da despedida de Jesus. Ele já havia cumprido a sua missão, nasceu, viveu e morreu por nós. Agora, o Cristo ressurreto está partindo e não poderia ir sem dizer nada. Atentemos então às últimas palavras de Jesus na terra. No versículo 7 Ele diz que algumas coisas não competem a nós saber e depois informa que o Espírito Santo será derramado para que assim o Evangelho seja testemunhado em toda a parte. As palavras do versículo 8 tratam-se da Grande Comissão, ou seja, o chamado de Jesus aos seus servos à pregação do Evangelho em toda a parte: “e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.
         Ide! Foi isso que Jesus disse a todos. Essa é a mensagem que Ele tem para todos os seus filhos, para todos os que creem nEle. Mas talvez estamos como os discípulos, olhando para o céu esperando sabe lá o que. Se você está esperando uma ordem para começar a pregar o Evangelho, você já tem. Essa ordem também não está delimitada. Jesus não diz: preguem o Evangelho só na África ou só na faculdade. O versículo 8 de Atos é bem completo. Em Jerusalém significa em sua cidade. Em toda a Judéia trata-se de estado. E Samaria fala de outro estado ou país. E para não ter dúvida nenhuma temos “até os confins da terra”.
         Gosto muito da história do chamado de grandes homens da Bíblia, mas quando falo de ministério, missão, quem me chama atenção são aqueles em que não há relato de chamado particular. No Antigo Testamento vemos José e o seu ministério no Egito. Em algum momento há relato de Deus falando que mandaria José ao Egito para salvar o povo? E o que falar de Daniel? Já chegou na Babilônia procurando uma forma de não se misturar, mas mostrar Deus em sua vida. No Novo Testamento, mais precisamente no livro de Atos vemos Estevão, Barnabé, Lucas, Timóteo e nenhum deles há menção de chamado particular como houve na vida dos discípulos e de Paulo por exemplo. Estevão foi o primeiro mártir, o primeiro louco por Jesus o suficiente para morrer por Ele. Barnabé foi quem buscou Saulo para começar o seu ministério. Lucas foi colaborador nas caravanas de Paulo, além de nos deixar registrado o Evangelho de Jesus no livro que leva o seu nome e no Evangelho do Espírito Santo, mais conhecido por nós como o livro de Atos. E Timóteo foi quem deu continuidade no ministério de Paulo junto com Tito, Priscila, Áquila, Marcos e tantos outros.
         Olhando para essas pessoas me pergunto: O que esperar para cumprir o ministério que Deus nos deu?
         Talvez você diga: Eberson, estou esperando companhia. Não dá para fazer nada sozinho. A igreja não me apoia, o meu pastor não me apoia, o meu líder, os meus amigos, ninguém. Nesse caso, primeiramente preciso te lembrar que você jamais fica sozinho (a). O Evangelho de Mateus termina com Jesus dizendo: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28.20b
         O apóstolo Paulo também nos prova isso no fim da vida, quando escreve à Timóteo contando como foi a audiência em que ele foi julgado em Roma (2 Tm 4.16-17). Paulo esteve diante de uma unanimidade de opositores e não foi condenado. Além disso, proclamou o Evangelho de Jesus Cristo. Consegue imaginar isso?
         Talvez o seu problema não seja companhia, mas recursos. Quantas vezes já ouvi de pessoas de grande potencial: Ninguém quer investir em mim! Bons músicos, bons ministros e que infelizmente estão esperando as coisas acontecerem por si só. Estão esperando as coisas ficarem favoráveis para então começar ou dar sequência no ministério.
         No texto que lemos Jesus não disse que daria um cartão de crédito ilimitado para podermos viajar para onde precisar e pregar o Evangelho. Também não está escrito que as nossas famílias seriam alimentadas enquanto estivéssemos servindo ao reino. O que está escrito é que receberíamos poder. Em outras versões a palavra é virtude. Foi através desse poder que milhões de pessoas foram alcançadas. Foi através desse poder que o próprio Jesus curou e operou milagres. E é através desse poder também que cumpriremos os planos do Senhor para as nossas vidas.
         O ministério é algo de Deus para Deus e que o próprio Deus nos capacita, compreende isso? Ele mesmo nos chama, anda conosco e nos capacita. Portanto, tome posse do poder, da virtude da parte do Espírito Santo. Esse é o recurso necessário para seguir em frente. Vamos deixar de ser boca aberta, vamos parar de apenas olhar o que está acontecendo e vamos fazer a nossa parte.
         Sempre é tempo de mostrarmos Jesus as pessoas à nossa volta. Sejamos homens e mulheres de atitudes. Que o nosso ardor nas palavras e atitudes possa fazer a diferença e servir de testemunho do Senhor Jesus em Anápolis (sua cidade), em Goiás (seu estado), em São Paulo (outro estado), na África (outro país), até os confins da terra!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Chega de mentiras!


         Ultimamente está cada vez mais difícil descobrir quem está falando a verdade. Movidos por interesses pessoais, muitas pessoas têm faltando com a verdade pregando a mentira como se fosse verdade. Esse problema também alcançou as igrejas, e pelo que lemos no primeiro capítulo da carta a Timóteo, não é algo tão recente.
O apóstolo Paulo tinha zelo pela doutrina pregada à igreja e é por isso que escreve sobre isso à Timóteo, seu filho na fé. No terceiro versículo da carta, ele escreve:
“[...] não mais ensinem doutrinas falsas”.
         Talvez você já tenha ouvido a expressão: “texto sem contexto vira pretexto”. Criar uma doutrina embasada em um único versículo sem considerar o contexto não é só perigoso como traz grandes problemas.
         Quando o pregador está mais interessado em mostrar o seu ponto de vista do que o que a Bíblia de fato tem a dizer isso pode acontecer. A pessoa cria a mensagem para depois procurar um texto que se encaixe à mensagem, quando o correto é se fazer o contrário.
         Infelizmente, também existem os casos onde a intenção é distorcer a doutrina conscientemente. O próprio Jesus nos despertou sobre esses falsos profetas (Mt 24.11). Judas também fala sobre eles dando ênfase na forma deles agirem, veja:
“Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor”. Judas 4
         Tanto Paulo quanto Judas estavam preocupados com o rumo em que a igreja estava tomando devido às falsas doutrinas, por isso o apelo de Paulo à Timóteo para ordenar a algumas pessoas que essas doutrinas não fossem mais pregadas.
         Nem todos conseguem identificar as falsas doutrinas pregadas nos púlpitos, e por isso, muitos são influenciados pelo que é falado nos púlpitos. Esses erram por não conhecerem as escrituras (Mt 22.29). Outros erram porque não se importam com os que estão sendo enganados (Jd 22). Portanto, precisamos não só conhecer as escrituras para não sermos enganados, como também para denunciar os falsos ensinos e socorrer os nossos irmãos (Jd 23).
         Uma outra preocupação do apóstolo Paulo quanto aos ensinamentos na igreja de Éfeso era a futilidade. Ao invés de falar sobre Jesus alguns mestres estavam preocupados com mitos e genealogias que nada poderiam acrescentar à fé dos membros da igreja.
         Uma boa história pode entreter o público, mas jamais produzirá o que apenas o Evangelho pode produzir, vida.
Evidentemente quando Paulo se refere à mito ele não está falando sobre alguma parábola que Jesus contou e quando fala de genealogia certamente também não está falando da que consta no capítulo 1 de Mateus por exemplo. O que Paulo estava condenando era a pregação de costumes judaicos e linhagem patriarcal como algo relevante para a fé cristã.
Em um bom sermão as ilustrações servem para facilitar o entendimento, porém, o centro da mensagem deve permanecer em Jesus. O Evangelho não é algo que simplesmente comove as pessoas, mas trata-se de um amor que nos incentiva a ser alguém melhor. Portanto, se a mensagem pregada não nos leva à Jesus, não nos leva ao arrependimento e confissão de pecados, ela é reprovada.
         É impossível ser um pregador da palavra sem conhecimento das escrituras. Alguns membros da igreja de Éfeso cometiam o erro da futilidade porque queriam pular etapas. Queriam ser mestres, ter a oportunidade de falar e até disciplinar os irmãos antes mesmo de serem ensinados, discipulados.
         Chega de mentiras! Não aceite e muito menos pregue um evangelho fundamentado em nada que não seja a palavra de Deus. Para isso, medite na lei do Senhor dia e noite para assim cumprir o que nela está escrito (Js 1.8).
Que possamos não só conhecer, mas também praticar e anunciar a verdade que provém do Senhor, a única que é capaz de nos santificar e nos dar nova vida em Cristo Jesus.
Tenhamos um genuíno compromisso com a verdade!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Até que a sorte nos separe

         Hoje quero contar a história de uma das mulheres mais detestadas da Bíblia. Alguém que teve a infelicidade de aconselhar o marido a amaldiçoar a Deus. Sabe de quem estou falando? Da mulher de Jó, conhecida por alguns teólogos como Sitis.
      O livro de Jó provavelmente foi o livro mais antigo a ser escrito, apesar de não se ter certeza quem escreveu, estima-se que foi Moisés. O relato se passa na época patriarcal, ou seja, nos tempos de Abraão, Isaque e Jacó, mas não há uma definição específica de seus contemporâneos. Alguns intérpretes judeus precipitados inclusive chegaram a dizer que a mulher de Jó foi Diná, filha de Jacó, mas esse argumento é extremamente contestado.
         A história bíblica conhecida por muitos através do livro que leva o seu nome conta que Jó era o homem mais rico do Oriente (Jó 1.3). Ele tinha sete filhos e três filhas (Jó 1.2), além de um numeroso rebanho de ovelhas, camelos, bois e jumentos (Jó 1.3). E diante desse cenário Deus se alegrava com a vida reta de Jó (Jó 1.8).
Como na vida nem tudo são flores, chegou um dia em que Jó perdeu tudo, todos os filhos em um acidente, os rebanhos de bois, jumentos e camelos foram roubados e ovelhas queimadas (Jó 1.14-19). Como alguém seria capaz de suportar tamanha tragédia? É doloroso perder um ente querido, um filho então deve ser uma dor insuportável, e dez? Além disso, perder todo o seu grande patrimônio de uma só vez, deixar de ser o homem mais rico do Oriente e se tornar alguém pobre, sem nada. Muitos questionariam Deus em tais circunstâncias, mas Jó se prostra ao chão em adoração e em nada culpa o Senhor (Jó 1.20-22). Que exemplo!
Qualquer um ficaria amargo diante dessa situação, mas estamos falando de alguém perseverante, não o fictício Joseph Climber, estamos falando de alguém real, que continuava dando prazer ao Senhor (Jó 2.3).
         E se pensarmos que não era possível piorar, a história nos conta que sim, pois Jó também adoece, é afligido com feridas terríveis dos pés à cabeça (Jó 2.7). Ele raspava o próprio corpo com um caco de louça, até que sua esposa, a Sitis, entra em cena.
         Em momentos de sofrimento, de dor, é comum não segurarmos o que estamos sentido e de repente dar aquela desabafada. Todo mundo tem o seu limite, e provavelmente o de Sitis havia chegado ao fim. Ela também estava sofrendo, mas ao ver Jó doente achou que era demais, começou a ter pensamentos pessimistas, perdeu a fé. E isso fez com que ela e Jó se desentendessem.
         A discussão de Jó e sua esposa está nos versículos 9 e 10 do segundo capítulo:
“Então sua mulher disse: ‘Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoa a Deus, e morra! ’ Ele respondeu: ‘Você fala como uma insensata. Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal? ’ Em tudo isso Jó não pecou com os lábios”.
O texto acima nos traz uma polêmica teológica quanto à palavra “amaldiçoa”. Poderíamos gastar um bom espaço quanto ao debate sobre qual é o real significado da palavra, mas podemos entender que nas entrelinhas a esposa de Jó estava dizendo: “Entregue os pontos! Desista! ”. No comentário versículo por versículo de Champlin há uma referência de que a intenção de Sitis era propor uma eutanásia a Jó, ou seja, argumentar que a morte era um bom negócio diante de tanto sofrimento. Podemos ver claramente que Sitis havia perdido a fé ou pelo menos demonstrado nunca ter tido.
         Jó chamou sua esposa de insensata, outras versões usam a palavra “louca”. Nota-se que havia uma divergência grande de pensamentos. Enquanto Sitis achava loucura a fidelidade de Jó, o mesmo achava loucura o pensamento da esposa.
         Em seguida, Jó fala sobre a dupla personalidade de sua esposa quanto ao agir de Deus em suas vidas. Enquanto estava tudo bem, enquanto eles eram prósperos ela tinha fé, recebia as bênçãos de Deus de bom grado, porém, agora é diferente, a fidelidade, a fé, foram embora junto com a “sorte”?
         Muitos casamentos acabam devido a problemas não conjugais, mas secundários que se transformam em conjugais. Dívidas, fatalidades e até enfermidades revelam a diferença entre os casais, no qual o problema se transforma em obstáculo, fazendo com que eles se separem.
         O livro de Jó termina com muitas boas notícias. Quanto ao patrimônio ele agora tem o dobro de tudo o que tinha antes (Jó 42.12). Além disso ele teve novamente sete filhos e três filhas (Jó 42.13). Então eu pergunto: com quem Jó teve novamente dez filhos? Com Sitis. A Bíblia não relata divórcio, abandono ou nada do tipo, portanto não temos razões nenhuma para crer que Jó teve outra esposa, ou seja, a sorte ou a falta dela não os separou.
Nas cerimônias de casamento os celebrantes costumam perguntar: “Na saúde e na doença? Na alegria e na tristeza? Na riqueza e na pobreza? ”. Por quê? Temos a resposta no Evangelho de Marcos:
“Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe”. Marcos 10.9
         Se você é casado (a), a frase correta é ATÉ QUE A SORTE MORTE OS SEPARE!
         Se você ainda não se casou, pense bem antes de tomar essa decisão, pois o casamento não é algo descartável, ou seja, não é um jogo de sorte, mas uma bênção de Deus para ser desfrutada para o resto da vida.
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