O
capítulo 5 do livro do profeta Daniel narra o que aconteceu quando ele tinha 83
anos, ou seja, não era mais um rapazinho, como muitos pensam. Agora o rei é
Belsazar, filho de Nabucodonosor. Ele, o
rei, resolveu fazer um grande banquete e, na ocasião, ordenou que fossem
trazidas as taças de ouro e prata que eram do templo de Jerusalém (Dn 5.1-2).
Enquanto festejavam e adoravam deuses de ouro, surge algo assustador, uma mão,
que escreve na parede mais iluminada do palácio algo que ninguém poderia
entender, a saber: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM. Talvez esse relato é que inspirou
o personagem da família Adams.
O rei assustado manda chamar os magos e sábios para
interpretar a escrita, e já sabemos o que aconteceu, ninguém pode interpretar.
Então a rainha, mãe de Belsazar fala sobre Daniel.
Belsazar manda chamar Daniel e promete a ele o cargo de
terceiro em importância no governo do reino caso trouxesse a interpretação, ou
seja, só estaria abaixo dele e da rainha. Daniel rejeita a oferta e dá
continuidade em seu discurso contando a história do pai do rei, o rei Nabucodonosor,
de quando ele foi castigado por Deus devido à arrogância (assunto do capítulo 4
do livro), e em seguida chama a atenção do rei dizendo:
“Mas
tu, Belsazar, seu sucessor, não humilhaste, embora soubesses de tudo isso. Pelo
contrário, tu te exaltaste acima do Senhor dos céus. Mandaste trazer as taças
do templo para que nelas bebessem tu, os teus nobres, as tuas mulheres e as
tuas concubinas. Louvaste os deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de
madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir nem entender. Mas não glorificaste
o Deus que sustenta em suas mãos a tua vida e todos os teus caminhos. Por isso
ele enviou a mão que escreveu essa inscrição”. Daniel 5.22-24
MENE – Deus contou os dias
do teu reinado e determinou o seu fim (Dn 5.26).
TEQUEL – Foste pesado na
balança e achado em falta (Dn 5.27).
PARSIM - Teu reino foi dividido e entregue aos medos e
persas (Dn 5.28).
O capítulo conclui dizendo que na mesma noite Belsazar foi
morto e Dario, o medo apoderou-se do reino (Dn 5.31).
O que aprendemos com esse episódio é que precisamos aprender
não só com os nossos erros, mas também com os erros dos outros. O apóstolo
Paulo diz em Romanos 15.4:
“Pois
tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que,
por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos
a nossa esperança”.
A Bíblia contém histórias de erros e acertos de inúmeros
personagens que servem para nos ensinar como devemos proceder diante de
circunstâncias parecidas. Como diz um velho e conhecido ditado chinês:
“Os sábios aprendem com
os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem
nunca”.
Antes que comece o mimimi quero que saibam que também achei
pesado a parte dos tolos. Que os nossos erros e os erros dos outros nos tragam
sabedoria!