quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O que muda com a virada do ano?

         Nessa época do ano é normal ouvirmos falar de novo dia, novo tempo, vida nova. Mas o que muda com a virada do ano? Infelizmente doenças não são curadas com a virada do ano, dívidas não costumam ser perdoadas, casamentos também não são restaurados simplesmente porque é ano novo, desemprego continua sendo desemprego, enfim, é difícil enxergar mudanças geradas porque um ano começou.
         É interessante cantar, profetizar, planejar e sonhar com um ano melhor, porém, só alcançaremos um novo tempo se estivermos em Jesus Cristo. Em 2 Coríntios 5.17 vemos:
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!”
         Esse versículo possibilita várias afirmações, como:
         Se não estamos em Cristo, nada mudou.
         Se não estamos em Cristo, continuamos no pecado.
         Se não estamos em Cristo, estamos condenados.
         Se estamos em Cristo, somos nova criatura.
         Se estamos em Cristo, as coisas antigas já passaram.
         Se estamos em Cristo, somos transformados todos os dias (2 Co 3.18).
         Se estamos em Cristo, todos os dias são um novo tempo.
         Um novo ano se inicia no dia primeiro de janeiro, mas hoje ainda você tem a oportunidade de alcançar um novo tempo. Um tempo no qual você será constrangido e alcançado pelo amor de Deus.
Estar em Cristo é muito mais do que se dizer cristão, é de fato viver para Ele, como está escrito no mesmo capítulo citado acima, porém, no versículo 15:
“E Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. 2 Coríntios 5.15
         Portanto, não dedique apenas um dia, um mês ou um ano a Cristo, mas sim toda a sua vida, e então você viverá um tempo novo, não só hoje ou no próximo ano, mas para sempre. E quando digo sempre, incluo principalmente a eternidade sem tristeza, nem choro, nem dor (Ap 21.4).

         Que Deus abençoe sua vida e que todos os dias sejam um novo tempo para você! 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O que significa Natal para você?

Como você enxerga o Natal? Alguns podem de imediato relatar sobre Jesus Cristo, o nascimento do Filho de Deus. Outros talvez se lembram de reunião em família, mesa farta, amigo secreto. Outros ainda podem se lembrar de papai noel, árvore de natal, boneco de neve ou sei lá mais o que a Disney, a Rede Globo e outros meios influentes da TV nos fazem imaginar.
Fazendo essa pergunta a algumas pessoas, entre colegas de trabalho e amigos, notei uma resposta preocupante compartilhada por mais de uma pessoa: “natal é tempo de hipocrisia”. Esses relatam que no fim do ano, todo mundo quer dar uma de bonzinho depois de aprontar o ano todo, os familiares se abraçam mesmo se odiando, dentre outras atitudes reprováveis. Isso é lamentável!
Por que esperar o Natal para fazer boas ações? Por que esperar o Natal para ser amoroso, fazer boas ações, pensar na família, dentre outras coisas?
Não se sabe se Jesus nasceu mesmo no dia 25 de dezembro, mas sabemos sim, qual foi o maior dos ensinamentos que Ele nos deixou, o amor incondicional. A missão de Jesus era morrer pelos nossos pecados para nos dar vida (Jo 3.16), mas seria impossível morrer sem nascer. Ele fez a sua parte e nos ensinou como faríamos a nossa, vivendo em amor (Mc 12.30-31).
Portanto, a mesa farta não deve ser sinônimo de glutonaria, desperdício ou algo do tipo, mas ao partir o pão, a carne, a fruta ou qualquer outra coisa, nos comportemos como quem se assenta à mesa da comunhão esbanjando paz, amor e alegria, pois Jesus morreu para que vivêssemos em comunhão como família celestial, cujo patriarca é o próprio Deus (Ef 2.19).
Os presentes dados aos parentes, amigos (ocultos ou não) não podem ser dados como quem espera receber algo em troca, mas com o sentimento de quem já recebeu o maior presente que poderia ganhar, a vida eterna.
Os enfeites de natal não devem e nem jamais irão ofuscar a nossa luz diante dos homens (Mt 5.16), que não possui uma única época para brilhar e nem depende de uma energia terrena, mas tem o Espírito Santo como fonte e a glória de Deus como objetivo durante todos os dias de nossa vida.
Para concluir, deixo alguns versículos que o apóstolo Paulo escreveu à igreja de Filipos:
“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!
Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor”. Filipenses 4.4-5
         Nos alegremos e sejamos amáveis não só no natal, mas sempre, porque o que começou no natal e acabou na Páscoa nos deu a vida eterna e a oportunidade de pertencer a família de Deus.

         Um Feliz Natal para você e que a alegria, a paz e o amor provenientes do Senhor preencham a sua casa!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Aquele 1%

Atendendo a sugestão de um dos nossos leitores utilizaremos como ilustração mais uma música que alcançou um certo sucesso no Brasil. Na letra dessa música vemos o relato de um homem que se diz 99% anjo e 1% vagabundo. É possível? O que a Bíblia diz sobre isso?
A Bíblia condena qualquer percentual mínimo de ‘vagabundagem’, pois somos chamados à santidade e essa só será aceita em sua totalidade.
O apóstolo Paulo fazendo uma análise do meio em que convivia, comparando judeus e gentios, chegou à seguinte conclusão:
“Não há nenhum um justo, nem um sequer”. Rm 3.10
Paulo está dizendo que ninguém é 100% santo. Pelo contrário, o nosso Deus não só é santo por inteiro como também a fonte da santidade. No Salmo 96.9 está escrito: “Adorai o Senhor na beleza da sua santidade”. Também em Apocalipse 4 vemos que Ele é três vezes Santo. Mas em 1 Pedro 1.16 vemos o mandamento que muito nos confronta, está escrito: “sede santos, porque eu sou santo”.
Esse é, sem sombra de dúvidas, um pedido especial do nosso Pai para que pareçamos com Ele. Portanto, ser 100% santo, ou seja, alcançar a santidade plena é a nossa meta, pois é o que nos faz pensar como Deus, isto é, nos faz ter a mente de Cristo (1 Co 2.16).
Podemos ilustrar a santidade plena com uma garrafa de água mineral que precisa ser totalmente pura para ser consumida. Afinal, não tomaríamos uma água que tivesse no rótulo: 99,99% de água mineral e 0,01% de água de esgoto. Com certeza não, porque a água mineral foi contaminada pela água de esgoto, e por isso está impura. Da mesma forma é a santidade, ou temos ou estamos contaminados pelo pecado. Levando em conta a nossa natureza pecaminosa, não temos, mas se estamos em Cristo Jesus passamos a ter. Como assim?
A santidade não é algo que se adquire ou se compra em qualquer lugar, porque a fonte é Deus, portanto se estou ligado à fonte eu tenho, senão, eu não tenho. E como eu me ligo e desligo da fonte? Através de Jesus Cristo. O termo religião, diferente do que muitos pensam vem do latim ‘religare’, ou seja, quando Jesus disse que era o único mediador entre Deus e homem ele quis dizer que Ele era a verdadeira religião, pois como está escrito em Isaías 59.2: “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e Deus; e o vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não ouça”. Mas Jesus veio para nos religar a fonte, à Deus.
Podemos entender melhor como isso funciona através do que está escrito em 1 Jo 1.9: “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a injustiça”. Isto é, quando nós arrependemos e pedimos perdão pelos nossos pecados, somos religados à fonte por Jesus Cristo, nos tornamos nova criatura, as coisas velhas já passaram, tudo se faz novo, inclusive as nossas vestes espirituais sujas pelo pecado se tornam brancas novamente.
Deus é santo e a fonte da santidade e a nossa santidade está totalmente ligada à nossa ligação à fonte, se estamos ligados por meio de Jesus não teremos mais nenhum percentual de ‘vagabundagem’, mas trilharemos o caminho da santidade ensinado e exemplificado por Jesus.
Que Deus lhe abençoe e que você não se satisfaça com 99% mas busque todos os dias alcançar a santidade plena que só o Senhor pode nos dar!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Por que preciso ler a Bíblia?

         No próximo domingo comemora-se o dia da Bíblia. Trata-se de um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia.
         Quando o assunto é ler, estudar, discutir Bíblia, gosto sempre de lembrar o que o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo em sua segunda carta:
“Toda a escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”. 2 Timóteo 3.16-17
         Esses dois versículos dizem muito sobre a Bíblia. Primeiro, que ela toda foi inspirada por Deus, no sentido original do texto em grego (theopneustos), soprada por Deus aos homens. O grande avivalista do século XVIII, John Wesley, apresenta uma lógica interessante sobre isso, veja:
A Bíblia foi concebida por uma dentre três fontes:
1- Por homens bons ou anjos;
2- Por homens maus ou demônios;
3- Por Deus.
Primeiro, a Bíblia não poderia ter sido concebida por homens bons nem por anjos, porque ambos não poderiam escrever um livro em que mentissem em cada página escrita, onde haviam colocado as palavras: "Assim diz o Senhor", sabendo perfeitamente que o Senhor nada disse e que todas as coisas foram inventadas por eles.
Segundo, a Bíblia não poderia ter sido concebida por homens maus ou demônios, porque não poderiam escrever um livro que ordena a prática de todos os bons conselhos, proíbe pecados e descreve o castigo eterno de todos os incrédulos.
Portanto, concluo que a Bíblia foi concebida por Deus e revelada aos homens.

Após falar sobre a inspiração da Bíblia à Timóteo, o apóstolo Paulo fala sobre o propósito nos qual ela foi escrita. Para entender melhor esse propósito, vejamos o versículo anterior ao que lemos acima:
“Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torna-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus”. 2 Timóteo 3.15
As sagradas letras foram escritas para que o homem encontrasse salvação mediante a fé e consequentemente transformação de vida. Se a Bíblia serve para ensino, repreensão, correção e instrução na justiça precisamos entender que ensino trata-se de nos mostrar o que é certo, repreensão refere-se ao que não é certo, correção aponta para mudança, isto é, tornar-se certo e instrução na justiça baseia-se em permanecer certo. Portanto, a palavra de Deus está a nossa disposição para nos preparar ou aperfeiçoar por inteiro. É através dela que o Senhor nos transforma.
Quero concluir apenas reforçando que a Bíblia tem como destinatário eu e você. O próprio Deus foi quem a concebeu a fim de nos salvar mediante fé e nos transformar, por isso não podemos desprezar ou abnegar os seus ensinamentos, mas busca-los com intensidade crendo que quanto mais dela estiver em nós, mais firmados estaremos em Jesus Cristo (Mt 7.24-25).

Que o Senhor lhe abençoe e que você tenha cada dia mais sede pela palavra!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Desejando vida longa às inimigas

         Existe uma música, um funk, que inclusive já foi usado em uma avaliação escolar na qual a compositora foi chamada de pensadora que diz: “Desejo a todas inimigas vida longa. Pra que elas vejam cada dia mais nossa vitória”.
         Se olharmos apenas o primeiro verso, poderíamos dizer que se trata de um princípio cristão, ou talvez um exemplo prático de um dos aspectos do fruto do Espírito, a benignidade. Mas sabemos perfeitamente, principalmente devido ao segundo verso, que essa não foi a intenção de quem a compôs.
       Partindo para a Bíblia, no sermão do monte Jesus nos ensina justamente o que o primeiro verso nos diz, veja:
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem”. Mateus 5.43-44
       Muitos podem chamar essa parte do sermão de ofensiva, outros podem dizer que é conversa de gente doida, mas o fato é que Jesus está apenas mostrando a diferença entre os filhos de Deus e os órfãos, aqueles que ainda não aceitaram a Sua adoção. Ele nos deixa isso claro no versículo seguinte:
“para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos”. Mateus 5.45
         Sabemos que na criação ou educação dos filhos, é mais do que normal o filho imitar os seus pais. Foi assim que aprendemos a falar, andar, comer etc. Jesus está reforçando essa ideia e enfatizando que assim como o nosso Pai celestial é bom com justos e injustos, nós também precisamos ser. O sol não brilha apenas para os que creem em Deus. Da mesma forma, a chuva não cai só sobre as casas ou terras desses. O sermão continua:
“Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! ”. Mateus 5.46-47
         Não sei se você já ouviu isso, mas eu quando criança ou adolescente, sempre que questionava meus pais sobre algo que o meu colega/amigo podia fazer e eu não, ouvia como resposta: “Ele não é você, não é meu filho! Você é que é o meu filho! ”.
Jesus está nos dizendo o mesmo no texto acima. Em outras palavras ele está dizendo que se somos filhos de Deus, precisamos mostrar a diferença. Os publicanos (que tinham a reputação dos políticos brasileiros dos dias de hoje) e os pagãos não tinham problema em amar os que os amavam e em saudar os irmãos. Porém, apenas os filhos de Deus conseguem amar e saudar os inimigos, desejar de fato vida longa, não da boca para fora.
         Antes de concluir, deixo uma ilustração que ouvi a algum tempo e não me recordo de quem. Imagine que você tenha um filho, e esse é assassinado. Então você adota o assassino como filho. Loucura, não é? Foi isso que Deus fez por nós! Matamos o seu Filho com os nossos pecados, mas ao invés dEle se vingar Ele nos adotou como filhos. Esse é o exemplo!
“Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês”. Mateus 5.48

         Que Deus lhe abençoe e lhe faça amar os inimigos e orar pelos seus perseguidores!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Retrato da última Black Friday

         Na próxima sexta-feira, teremos também no Brasil, a Black Friday. Uma data onde as empresas fingem que dão descontos e os clientes fingem que acreditam. Ironias à parte, alguns poucos produtos até são negociados com descontos reais e consideráveis.
         Seguindo essa tendência americana, poderíamos logo arrumar uma forma de imitar o Thanskgiving Day (dia de ação de graças), não acham?
Saindo do contexto comercial e indo para as notícias mais vistas dos últimos dias, mas utilizando o termo Black Friday, que traduzido é Sexta Feira Negra, gostaria de lembrar como foi a nossa última sexta-feira negra. Não estou falando da Black Friday do ano passado, mas de algo mais recente, de uma triste sexta-feira 13 onde o mundo todo voltou às atenções para Paris. A cidade luz teve o seu dia de trevas. Dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas, registrando o maior ato violento na França desde a Segunda Guerra mundial.
Sabemos que no Brasil, por exemplo, morre muito mais gente vítima da violência que na França, mas gostaria de refletir um pouco sobre o motivo dessas mortes que foram assumidas pelo Estado Islâmico. Por que o Estado Islâmico faz esse tipo de coisa? Por que são tão violentos? Os muçulmanos matam e são mortos pensando fazerem em nome de Deus. Para entender melhor o que estou dizendo, saiba que os carrascos muçulmanos quando vão matar alguém, costumam dizer Allahu Akbar, que significa ‘Deus é grande’. Veja também esse pequeno trecho do Alcorão, capítulo 9, versículo 111:
“Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos”.
         O que está escrito no versículo acima não é uma novidade, não para quem lê a Bíblia. Pois Jesus já havia falado sobre esse tipo de atitude. Veja:
“Tenho-lhes dito tudo isso para que vocês não venham a tropeçar. Vocês serão expulsos das sinagogas; de fato, virá o tempo quando quem os matar pensará que está prestando culto a Deus. Farão essas coisas porque não conhecem nem o Pai, nem a mim”. João 16.1-3
         Os muçulmanos pensam que conhecem a Deus, mas não há como servir ao Deus Pai ignorando ou menosprezando o Deus Filho (1 Jo 5.1). E o Filho nos ensinou o amor, a Deus (Mc 12.30), ao próximo (Mc 12.31), inclusive podendo o próximo ser meu inimigo (Mt 5.44).
Portanto, diante do cenário atual, não temos outra alternativa a não ser orar pelos que estão sofrendo e pelos que nos perseguem, e de alguma forma, apresentar às pessoas ao nosso redor o Deus que é amor, o Deus que provou esse amor na primeira Black Friday, uma sexta-feira que costumamos chamar de sexta-feira da paixão, que houve trevas do meio dia às três da tarde (Mt 27.45), onde Ele foi crucificado e depois de três dias ressuscitou, para que eu e você tivéssemos os nossos pecados perdoados e com isso herdar a vida eterna.
         É nesse Deus que creio! No Deus que transforma uma Black Friday numa eternidade de paz, amor e alegria, não no deus que transforma um dia comum em tragédia mundial.
      Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude na missão de testemunhar a verdade!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O cristão e a sexta-feira 13

         Hoje é sexta-feira 13. Sabe o que isso quer dizer? Nada! Pelo menos para nós cristãos não significada nada, mas têm muita gente supersticiosa por aí.
No Novo Testamento, a palavra grega deisidaimonoâ trata-se do adjetivo ‘supersticiosos’ que também pode ser traduzida, como de fato foi, como ‘religiosos’, ou seja, a religiosidade é sinônimo de superstição. Ir à igreja aos domingos para não ter uma semana amaldiçoada, deixar a Bíblia aberta no Salmo 91 para proteger a casa, ler o mesmo salmo ou fazer a mesma oração todos os dias por rotina, dentre outras coisas, são atitudes de religiosidade.
A superstição e a religiosidade têm piorado nas igrejas devido aos falsos mestres. A carta de Judas fala sobre eles, citando-os como dissimulados (Jd 3), alucinados (Jd 8), corruptos (Jd 10) e muito mais.  Judas diz que eles se infiltram entre os cristãos para transformar graça em libertinagem (Jd 4), culto em ritual religioso.
Não podemos confundir fé com superstição ou religiosidade. Nós temos a cruz de Cristo como símbolo da fé cristã, não como amuleto da sorte. Temos a Bíblia como a verdade que nos leva à Cristo, não como um instrumento físico de proteção pessoal, ou seja, ao invés dela decorar a nossa casa ou ser um material obrigatório no culto, tenhamos a Bíblia como um precioso livro onde o Senhor nos deixou instruções para nos aproximar dEle e cumprir os propósitos e planos que Ele mesmo fez para nós.
Se nascemos em Deus foi por meio da palavra, pois a fé vem pelo ouvir (Rm 10.17), logo, quando nascemos, vencemos o mundo através da fé (1 Jo 4.5), então, não temos o que temer. Como o próprio apóstolo Paulo nos diz em 2 Timóteo 1.12b: “porque eu sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia”.
É Deus quem nos guarda na sexta-feira e em todos os outros dias da semana, no dia 13 e em todos os outros do mês, portanto, não temos o que temer.
Que Deus lhe abençoe e lhe guarde hoje e sempre!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Um investimento que vale à pena

         Hoje gostaria de lhe convidar a refletir sobre seus investimentos. Não propriamente estou falando de dinheiro, mas especialmente de interesses, tempo, energia. Quero lhe conduzir a refletir sobre o investimento que temos feito em relação à vida eterna.
         Imagine um fio de linha infinito. Em paralelo, imagine um outro fio de linha, agora limitado, de 60, 70 ou até 80 centímetros. Há como comparar o fio de linha infinito com o outro de no máximo 80 centímetros? Impossível, não é mesmo?  Considere que cada centímetro equivale a um ano, enquanto o fio de até 80 centímetros simboliza a nossa vida aqui na terra, o outro fio, o infinito simboliza a nossa vida depois que nascemos em Jesus. Indo um pouco mais profundo em nossa comparação, pergunto: quantas vezes não estamos mais preocupados com o que tem fim do que com o que é eterno? Muitas vezes estamos mais preocupados com a vida profissional, acadêmica, afetiva, familiar do que com a vida espiritual, muito mais preocupados em sermos bem-sucedidos hoje do que em herdar a vida eterna onde não há tristeza, choro ou dor. Portanto, quero lhe convidar a investir no que é eterno e não no que é passageiro.
Se você tem essa dificuldade, como eu, vejamos o texto que está em 1 Coríntios 15, a partir do versículo 50. Paulo começa dizendo que no céu não vai entrar o nosso corpo perecível, de carne e sangue e isso nos faz ter mais atenção com a vida espiritual do que com o corpo.
A seguir, no versículo 51, o apóstolo diz que “nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados”. Aqui ele está dizendo que quando Jesus voltar, tanto os que morreram, quanto os que estiverem vivos serão transformados. Ele dá continuidade no versículo 52 dizendo que “os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados”, ou seja, ambos terão agora um corpo imortal, incorruptível, um corpo celestial, eterno.
A morte foi vencida, portanto, os gemidos ficaram para trás, a tristeza, o choro, a dor, enfim, o sofrimento momentâneo ficou para trás e há agora uma eternidade de glória pela frente.
Será como se todos os que morreram agora se reunissem num grande coro. Imagine, por exemplo, os mártires, como os 21 cristãos egípcios mortos pelo Estado Islâmico (ilustração acima), dizendo: “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir? ”. Eles perderam suas vidas aqui na terra se revelando como filhos de Deus, preferindo investir na eternidade, abrindo mão de uma vida passageira ao invés de negar o nome do Senhor e isso tem o seu preço, a eternidade em glória.
Antes que você se pergunte ou me pergunte onde pretendo chegar, não estou querendo dizer que, assim como eles você será pressionado a negar a sua fé em Deus para sobreviver, até porque muitas vezes isso nem é necessário. Sem ninguém nos pedir ou obrigar priorizamos outras coisas, colocamos a nossa vida espiritual em segundo plano ou até mais distante, mas no versículo a seguir, somos incentivados a nos manter firmes, dedicados em servir a Deus, tendo a certeza que no Senhor, nenhum trabalho é inútil, nenhum investimento é em vão.
“Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil”. 1 Coríntios 15.58
         O melhor investimento que podemos fazer é priorizar o reino dos céus. Isso pode até parecer perda de tempo enquanto estamos vivos, pode até parecer um trabalho em vão agora, mas quando chegarmos na nossa casa, nos céus, veremos que valeu todo o investimento.

         Que Deus abençoe sua vida e lhe conduza a investir cada vez mais no reino dos céus!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A sabedoria que faz mal

         Você se acha uma pessoa sábia? Se sim, essa sabedoria tem te feito bem ou mal? A seguir tenho dois exemplos para lhe fazer refletir sobre isso.
No livro de Ezequiel, no capítulo 28, Deus está repreendendo o rei de Tiro.  Ele se achava um deus, devido a sua sabedoria (Ez 28.2). De fato, a sabedoria do rei lhe trouxe benefícios e glória, como consta nos versículos 4 e 5:
“Mediante a sua sabedoria e o seu entendimento, você granjeou riquezas e acumulou ouro e prata em seus tesouros. Pela sua grande habilidade comercial você aumentou as suas riquezas, e, por causa das suas riquezas, o seu coração ficou cada vez mais orgulhoso”. Ezequiel 28.4-5
Vemos nos versículos acima que apesar dos bons resultados, a sabedoria fez mal ao rei de Tiro, porque o deixou orgulhoso. Por conta desse orgulho, Deus está lhe dizendo através de Ezequiel, que ele seria morto de forma violenta e está lhe questionando e afirmando que ele era homem, ou seja, limitado e mortal, e por isso ele não tinha com o que se gloriar, mas sofrer as consequências do seu orgulho. Veja a seguir:
“Eles o farão descer à cova, e você terá morte violenta no coração dos mares. Será que então você dirá: ‘Eu sou um deus’ na presença daqueles que o matarem? Você será tão-somente um homem, e não um deus, nas mãos daqueles que o abaterem”. Ezequiel 28.8-9
Vendo esse triste desfecho do rei de Tiro, volto um pouco no capítulo para falar de um exemplo oposto.
         Uma das coisas que me chamou a atenção no capítulo 28 de Ezequiel foi o questionamento feito pelo Senhor ao rei no versículo 3: “Você é mais sábio do que Daniel? ”. Por que Daniel? Provavelmente porque foram contemporâneos e também porque a sabedoria de Daniel era algo notória aos homens. Veja o que diz Daniel 1.19-20:
“O rei conversou com eles, e não encontrou ninguém comparável a Daniel, Hananias, Misael e Azarias; de modo que eles passaram a servir ao rei. O rei lhes fez perguntas sobre todos os assuntos nos quais se exigia sabedoria e conhecimento, e descobriu que eram dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores de todo o seu reino”.
         O rei citado acima trata-se de Nabucodonosor, o mesmo que iniciou a destruição total de Tiro (Ez 26; 29.17-29). E não só ele, como outros reis e homens reconheceram a sabedoria de Daniel, veja por exemplo o que disse o rei Belsazar:
“Soube que o espírito dos deuses está em você e que você possui percepção, inteligência e uma sabedoria fora do comum”. Daniel 5.14
         Mas, ao contrário do rei de Tiro, a sabedoria dada por Deus a Daniel (Dn 1.17) fez muito bem a ele e seus amigos, pois fez dele alguém honrado por homens, pois mesmo pertencendo à uma raça cativa, permaneceu por décadas entre os governantes de três impérios: babilônico, medo e persa. Além disso, Daniel também foi reconhecido por Deus como um exemplo de retidão (Ez 14.14).
O segredo do sucesso de Daniel se deve ao fato dele reconhecer que a fonte de sua sabedoria era Deus e por isso ele não tinha motivos para se gloriar, mas para glorificar a Deus.
“Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem”. Daniel 2.20
         Se você quer também ser sábio, peça a Deus e Ele lhe dará de boa vontade conforme escrito em Tiago 1.5, porém, que essa sabedoria seja para a glória dEle e não sua.
          Que Deus lhe abençoe e faça de você uma pessoa sábia para a glória dEle!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Palavras que curam

Muitas pessoas entram em crise sem saber o que fazer depois de ter a convicção de que pecou. Às vezes tentam guardar segredo sobre a situação porque veem na Bíblia algumas passagens duras como:
“Qualquer que olhar para uma mulher para deseja-la, já cometeu adultério com ela no seu coração”. Mateus 5.28
A pessoa vê esse versículo e pensa: “se olhar é adultério, imagina...” (deixo para você leitor completar essa frase). Porém, saiba que é necessário confessar os seus pecados, pois esconder os pecados é um péssimo negócio. Veja o que diz Salmos 32.3:
“Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer”.
Definhar significa perder as forças, abater, enfraquecer. Esconder os nossos pecados nos deixa fracos, abatidos, cheios de culpa, por isso não podemos guardar isso dentro de nós. O Salmo 32 foi escrito por Davi, e ele está testemunhando momentos de abatimento, fraqueza, por isso ele escreveu os Salmos 32 e 51, para confessar.
Arrepender não é só entender que é necessário pedir perdão, mas é principalmente entender que é necessário mudar de vida. Em Efésios 4 vemos o apóstolo Paulo falar sobre despir-se do velho homem e revestir-se do novo homem. Se o velho homem mentia, o novo homem não deve mentir, se o velho homem roubava, o novo homem deve trabalhar, se o velho homem fornicava ou adulterava, o novo homem procura se manter puro. E temos as vantagens do revestimento do novo homem em Provérbios 28.13:
“Quem esconde os seus pecados não prospera, mas que os confessa e os abandona encontra misericórdia”.
Vimos nesse versículo que a confissão dos pecados deve ser acompanhada do abandono da pratica pecaminosa, quem assim procede alcança misericórdia por parte do Senhor. A misericórdia e a graça de Deus são coisas que não merecemos, mas que recebemos dEle por causa da sua infinita bondade. Às vezes é difícil entender o que é a graça de Deus porque desde a infância aprendemos sobre meritocracia, que temos que fazer por merecer. Por causa da graça de Deus, temos a oportunidade de confessar os nossos pecados e sermos justificados e purificados:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”. 1 João 1.9
         Então, se esse é o seu caso, quero te convidar a deixar de carregar o peso da culpa sobre os seus ombros, deixar o pecado de estimação para desfrutar do jugo suave e do fardo leve do Senhor. Para isso, confesse o que tem feito que não tenha agradado a Deus ou que pode lhe trazer uma consequência desagradável. Dê nome aos seus pecados! Faça hoje mesmo um conserto com o Senhor, pois para isso você tem um advogado junto ao Pai para interceder a seu favor. Veja 1 João 2.1-2.
“Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo”.
         Vejo esses versículos e imagino o apóstolo João, um homem amoroso dando conselhos ao rebanho do Senhor, chamando-os carinhosamente de filhinhos. Ele fala sobre o objetivo que temos de nos manter santos, mas então, depois de dizer o que devemos fazer no capítulo anterior, ele diz que temos um advogado, um intercessor a nosso favor, que inclusive foi quem pagou a nossa fiança, Jesus Cristo. Temos então a certeza da absorção se confessarmos os nossos delitos, por isso, não temos o que temer.
         Mas além de confessarmos os nossos pecados a Deus, é importante também que confessemos aos homens, isso mesmo, aos homens, a fim de recebermos cura. Veja o que diz Tiago 5.16a:
“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados”.
O objetivo da confissão nesse caso é uma forma de reconhecer o erro e também uma forma de pedir ajuda para a superação e mudança de atitude, se o pecado nos faz adoecer, a confissão nos cura. Se você não confessou os seus pecados diante de Deus e dos homens ainda, você pode fazer isso hoje ou até agora mesmo. Que ao invés da angústia e da vergonha, habite em seu coração e mente, a paz que excede todo o entendimento.
Que Deus lhe abençoe e que a paz dEle seja sempre presente em sua vida!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O que tem chamado a sua atenção?

         Nos dias de hoje, os meios de comunicação que nos informam andam cada vez mais cheios de histórias para contar. Das notícias importantes às futilidades, temos visto de tudo e por distintos pontos de vista. Novos heróis e vilões surgem todos os dias, e para que eles sejam mantidos nessa posição, é preciso ter notícias que comprovem isso.
         Querendo se tornar superstars as pessoas tentam de tudo para chamar a atenção, e algumas até conseguem sem querer, como a Edinair, a mulher que correu da repórter durante uma entrevista e virou piada nacional.
Hoje, é normal você acessar um determinado site e ver que um determinado ‘artista’ foi flagrado no aeroporto. Daí nos perguntamos: o que será que ele estava fazendo lá? Por mais que a resposta seja óbvia, esse tipo de notícia tem dado ibope, audiência.
Além de notícias fúteis ou exageradas como a que citei acima, temos as notícias plantadas, onde o que está sendo noticiado é uma suposição ou até invenção de alguém que almeja aparecer. E são essas notícias que levam muitos a pecar propagando ou confrontando informações duvidosas.
Infelizmente temos vistos muitos líderes religiosos ou ‘superstars cristãos’ com essa postura, querendo chamar a atenção não para a palavra de Deus, mas para si próprio, querendo aparecer mais que a mensagem que pregam ou deveriam pregar.
A mídia necessita de ídolos para ter audiência, por isso, a cada dia tem sido mais agressiva e ousada, buscando ídolos inclusive nas igrejas. Na condição de corpo de Cristo, servos do Senhor, igreja do Senhor, temos que orar para que os cristãos assediados pela fama não se corrompam, mas se mantenham firmes no propósito da glorificação do nome do Senhor (1 Co 10.31). Ninguém que se diz cristão deve buscar os holofotes para si, pois a glória que temos está na cruz de Cristo (Gl 6.14). O cristão também não pode, de maneira alguma adorar ou idolatrar homens ou ídolos, pois só Deus é digno de glória, honra e poder (Ap 4.11).
Quanto à maneira de nos comportar mediante a enxurrada de informações, deixo um conselho do apóstolo Paulo:
“ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom”. 1 Tessalonicenses 5.21
         Pôr à prova todas as coisas consiste em coisas simples como checar as fontes, se são confiáveis, tentar compreender o objetivo da informação e se o conteúdo consumido não fere os princípios bíblicos. E ficar com o que é bom consiste em tomar para si o que edifica, o que produzirá bons frutos em sua vida, o que te fará uma pessoa melhor.
         Quero encerrar dizendo que a inversão de valores e o desvio do foco, da atenção acontece não é de hoje, pois em João 5 temos a história de um paralítico que foi curado, ou seja, um grande milagre aconteceu, mas o que mais chamou a atenção foi o fato dele estar carregando a sua maca em um dia sagrado, o sábado (Jo 5.10).

Que à nossa atenção seja voltada ao Senhor e às coisas que o glorifiquem e nos edificam!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Epitáfio

Provavelmente, algum dia você já ouviu, mesmo que apenas um trecho, a música ‘Epitáfio’ da banda Titãs. A letra dessa música possui umas frases interessantes como "Devia ter amado mais", "Queria ter aceitado as pessoas como elas são" (não vale ler cantando hein? kkkk), dentre outras.
Segundo o dicionário, epitáfio é a inscrição sobre lápides tumulares ou monumentos funerários, ou seja, uma inscrição que diz algo sobre quem ali foi sepultado. No túmulo do escritor Fernando Sabino por exemplo está escrito: “Aqui já Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino”.
Refletindo um pouco sobre a letra dessa música percebo alguns arrependimentos por parte de quem escreveu, pois na letra existem várias frases como as que citei acima, que têm como característica a conjugação do verbo no pretérito imperfeito (devia, queria), e isso é comum para alguém que está arrependido.
Arrependimento costuma ser uma coisa boa, significa mudar de ideia/convicção. Quando vejo alguém dizer algo como "Não me arrependo de coisas que fiz, mas sim do que não fiz" fico perplexo e ao mesmo tempo com dó, pois alguém que não se arrepende de seus erros está trilhando um caminho nada agradável.
A palavra de Deus fala o tempo todo, principalmente no Novo Testamento, sobre arrependimento e há uma ligação entre arrependimento e salvação. No livro de Atos por exemplo, vemos no discurso de Pedro no dia de Pentecostes:
"Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo".
O arrependimento é o primeiro passo para a salvação. Uma vez que mudamos a nossa opinião em relação a Jesus Cristo, crendo nEle como Único e suficiente Salvador, entendemos por exemplo que é pela misericórdia dEle que somos salvos e agora somos nova criatura. Então olhamos para trás não com um pesar, mas compreendendo que as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo (2 Co 5.17). E isso nos incentiva a não olhar para o que deixamos de fazer, mas para o que ainda podemos fazer.
Paulo escrevendo a Tito diz que a compreensão da graça de Deus nos ensina a renunciar às paixões do mundo e a viver de maneira sensata, justa e piedosa no presente, enquanto aguardamos o que nos espera no futuro, os céus (Tt 2.11-13).
Que vivamos constantemente buscando e pregando esse arrependimento que gera salvação, renúncia, sensatez, justiça e piedade! Pois esse não se trata de um arrependimento de quem perdeu, mas de quem ganhou a vida eterna.

Que Deus abençoe sua vida e lhe conduza ao arrependimento sincero!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Cuidando da panela de pressão

         Você passa por algum tipo de pressão? Pressão no trabalho para bater metas de vendas ou de execução de tarefas, ou talvez pressão nos estudos para obter alguma nota ou ser aprovado em algum processo seletivo, ou talvez uma pressão familiar em alguma outra área da vida, ou talvez você seja pressionado para resolver algum problema que já se arrasta a algum tempo. Acho difícil dizer não para todas as perguntas, pois o fato é que hoje parece que todos vivemos numa grande panela de pressão.
         E a pressão do dia a dia pode nos fazer ter medo, preocupação excessiva, angústia, frustração, sensação de injustiça e se não administrarmos bem pode causar até depressão. Então, a questão que pretendo levantar é: como proceder diante de tanta pressão ao nosso redor? Como cuidar bem dessa panela de pressão? O apóstolo Paulo nos diz algo nesse sentido em sua segunda carta aos Coríntios, veja:
 “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados, abatidos, mas não destruídos”. 2 Coríntios 4.8-9
         Veja que não é de hoje que existe pressão vinda de todos os lados, mas os versículos acima afirmam que mesmo diante da pressão, não há desânimo, mesmo em meio à perplexidade, não há desespero, mesmo em meio à perseguição, não somos abandonados, mesmo abatidos, não somos destruídos. Mas de onde que vem o ânimo, a confiança, a coragem em meio à perseguição e a certeza de vitória? Essa resposta pode ser encontrada no versículo anterior:
“Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós”. 2 Coríntios 4.7
         Apesar de sermos frágeis como o vaso de barro, dentro de nós há um poder que a tudo excede, ou seja, um poder que não se mede, e esse poder atende pelo nome de Espírito Santo.
No texto da semana passada falamos que Deus está conosco, Ele é o nosso refúgio, e hoje quero dizer que Ele não está apenas conosco, mas também em nós, Ele é o tesouro que habita em nós se crermos nEle.
         Ele está em nós, e nós estando também nEle seremos animados, porque o próprio Jesus disse: “tenham ânimo! Eu venci o mundo!” (Jo 16.33). Estando nEle podemos até ser perseguidos, mas nunca abandonados, porque conforme disse na semana passada, Ele está conosco sempre até o fim dos dias (Mt 28.20). Estando nEle temos ainda a certeza de vitória, porque nEle somos mais que vencedores (Rm 8.37).
         Precisamos então recorrer ao Espírito Santo, o tesouro que habita em nós para que diante das pressões do dia a dia tenhamos em mente o que o apóstolo Paulo nos ensina no final do capítulo 4 da segunda carta aos Coríntios:
“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno”. 2 Coríntios 4.16-18       
         Portanto, deixemos de nos abater com as aflições que passamos aqui na terra e sejamos renovados todos os dias pelo tesouro que habita em nós, pois o que vem depois da panela de pressão não é nada cozido, mas sim os frutos da eternidade, e esses possuem um sabor além da nossa imaginação (2 Co 2.9).
         Que Deus abençoe a sua vida e lhe ajude a cuidar da sua panela de pressão!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Em busca de refúgio

         Se você tem acompanhando qualquer jornal, certamente viu alguma matéria sobre os imigrantes da Ásia e África buscando refúgio principalmente nos países europeus. Dentre os vários motivos dessa busca os que se destacam são as guerras civis e a ditatura presente em países como Síria, Eritreia, Afeganistão e Iraque.
         Não é difícil não se emocionar vendo matérias relatando sobre a dificuldade de conviver em um país como os citados acima ou então a dificuldade e os riscos que os imigrantes passam afim de encontrar refúgio, isso quando não ficam pelo caminho.
         Às vezes é até difícil fazer um julgamento quanto à real intenção dos imigrantes, mas o que se enxerga na maioria das vezes é um grito por socorro em meio a tanto sofrimento.
         Até o fim de 2014, quase 60 milhões de pessoas se encontravam refugiadas, sendo assim, sabemos que esse número deve crescer ainda mais em 2015.
O que eu gostaria de questionar hoje, é se você, independente de onde esteja, se sente um refugiado. Lembrando que refúgio significa lugar para onde se foge para escapar de um perigo.
Sinceramente não vejo o Brasil como refúgio. Claro que as condições por aqui são melhores que em muitos lugares do mundo, mas está longe de ser um lugar seguro. Mas nos países de primeiro mundo, ditos como seguros também existe perigo, muito menor com certeza, mas existe. Por isso quero falar hoje de um lugar especial, de um lugar onde a segurança é total, estou falando do abrigo ou esconderijo do Altíssimo.
Um dos Salmos mais conhecidos da bíblia, o Salmo 91, fala sobre refúgio, abrigo. Relembre os primeiros versículos:
“Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo Poderoso pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio. Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor”. Salmos 91.1-4
         Quem está debaixo das asas do Senhor, quem descansa à sombra do Todo Poderoso está verdadeiramente em segurança, refugiado. Ele nos livra das armadilhas do inimigo, do veneno mortal de qualquer outra desgraça (Sl 91.10).
         A questão é que você precisa estar no esconderijo do Altíssimo, e esse esconderijo trata-se do próprio Deus, portanto, precisamos estar nEle. E como faremos isso? Em 1 João 4.15 diz que: “Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus”. Se você já confessou a sua fé em Jesus, você está no esconderijo, caso ainda não tenha feito isso, precisa dar esse passo para adentrar ao lugar seguro. O versículo 14 do Salmo 91 complementa essa ideia afirmando que: “Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome”.
         E o final do Salmo vemos a promessa de algo que tanto buscamos:
“Vida longa lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação”. Salmos 91.16
         Nesse versículo temos duas promessas, a de uma vida longa aqui na terra e a de uma vida eterna por meio da salvação em Jesus Cristo, ou seja, nEle temos não só uma vida segura, um refúgio passageiro, mas uma eternidade de paz, amor e alegria.

         Que Deus abençoe a sua vida e que você faça dEle o seu refúgio!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Se sentindo cansado

         Se todos utilizassem a opção que permite expressar como se sente nas publicações no Facebook, acredito que muitos colocariam: se sentindo cansado. Em 1 Jo 2.14 está escrito que os jovens foram escolhidos porque são fortes, mas até os jovens fortes andam cansados (Is 40.30). O excesso de atividades anda muito frequente e por isso, todos andamos muito cansados. Não importa se você só possui uma atividade ou se você estuda, trabalha, desenvolve algum trabalho na igreja e ainda sobra um tempo para cuidar da casa, o cansaço bate à sua porta. Tem gente que se cansa de não fazer nada, outros se cansam de fazer de tudo um pouco, ou muito de algo. Precisamos ter cuidado, e quando digo precisamos, me incluo totalmente.
         Um dos grandes fatores do cansaço de cada dia é a dedicação na vida profissional e acadêmica visando obter uma vida confortável. A pessoa se ‘mata’ para ganhar dinheiro e depois gasta o dinheiro buscando saúde. Isso acontece porque na busca por essa vida confortável e estável, a concorrência anda cada dia mais acirrada em todas as áreas, e isso gera uma pressão muito grande. Só para ter uma ideia do que estou falando, a segunda maior causa das mortes no Brasil segundo a revista Exame é o infarto agudo miocárdio. E as pessoas mais propensas a ter um infarto são as que têm uma má alimentação, que realizam poucas atividades físicas e as que vivem em ambientes estressantes. Para alguém dedicado profissionalmente e/ou academicamente falando esse tipo de coisa não é raro.
         Se você procurar um médico para falar sobre cansaço, provavelmente ele lhe dará dicas para cuidar bem do corpo e/ou da mente, mas como sabem, eu não sou médico, sou alguém que gosta de estudar a bíblia, então pretendo abordar o que a bíblia tem a dizer sobre esse assunto. Em Mateus 11.28, Jesus diz:
“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”.
         Se você vai ou já foi na academia, sabe que existe um limite de peso que conseguimos levantar, e ultrapassar esse limite é muito perigoso. Ninguém no primeiro dia de academia levanta 100kg no supino, porque a musculatura não está preparada para isso, e se alguém se aventurar, ainda pode se machucar seriamente. Jesus no versículo que acabo de citar está dizendo que se nós passarmos do limite em relação à corpo e mente, Ele pode nos aliviar, Ele pode nos curar. O Pr Neil Barreto diz que o cansaço é um ladrão de possibilidades, e no versículo acima Jesus está então restaurando as possibilidades roubadas. Mas só terão as possibilidades restauradas aqueles que atenderem ao chamado: “Vinde a mim!”.
         Dando continuidade ao texto, temos um segundo passo após ir até Jesus, que é tomar do seu jugo. O relacionamento com Cristo é um jugo nas nossas vidas, porque quando nos relacionamos com alguém estamos presos a essa pessoa. E jugo, talvez você não saiba, é uma peça de madeira utilizada sobre a cabeça do boi que o atrela à carroça, ou seja, Jesus está dizendo por meio de uma metáfora que aceitemos viver presos à Ele. O Pr Hernandes Dias Lopes diz que a escravidão de Cristo nos liberta, ou seja, quanto mais estamos ligados à Ele, quanto mais presos à Ele, mais livres estaremos. Portanto, precisamos atender o convite de Jesus, indo à Ele, tomando do seu jugo, e por último aprendendo dEle.
         Vi um vídeo uns dias atrás, de um muçulmano confrontando uma jovem católica sobre os ensinamentos de Jesus. Ele defende o islã dizendo que o exemplo a ser seguido é de Jesus Cristo, porém, a divergência da linha de raciocínio dele com nós cristãos é que eles não consideram Jesus um Deus, mas um homem exemplar. Quero argumentar dizendo que se até aqueles que não têm Jesus como Deus, têm Ele como exemplo, o que dizer de nós cristãos? Precisamos seguir o que o profeta Oseias escreveu:
“Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhece-lo”. Oseias 6.3a
         Você tem buscado e se esforçado nesse propósito? Você tem estudado a bíblia? Como posso dizer que creio num Deus que não conheço? Nos esforcemos para aprender mais sobre esse Deus, pois Ele é o Único que pode nos fazer descansar.
         O capítulo 11 de Mateus termina dizendo que encontraremos descanso para as nossas almas porque o jugo do Senhor é suave e o Seu fardo é leve. E em Isaías 40, um capítulo onde refletimos sobre a soberania de Deus, nos diz no último versículo que “os que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto com águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Is 40.31).
         Portanto, se você almeja encontrar descanso, aceite hoje o convite do Senhor Jesus e deixe de se sentir cansado para voar como águia, correr e não ficar exausto andar e não se cansar.

         Que Deus abençoe a sua vida e renove as suas forças!
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