segunda-feira, 27 de julho de 2015

Construindo pontes

         No sermão do monte, Jesus destacou:
“Bem aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus”. Mateus 5.9
         Uma das características do pacificador é que ele procura ser um construtor de pontes, ou seja, o pacificador é um reconciliador que promove a paz entre duas partes, podendo ser ou não uma das partes. No Antigo Testamento temos um exemplo muito relevante de uma construtora de pontes, o nome dela é Abigail.
         Talvez você nunca ouviu falar sobre Abigail, então eu gostaria de lhe dizer que tem um capítulo da bíblia no qual ela é a personagem principal (1 Sm 25). No Versículo 3, somos apresentados a Abigail, uma mulher inteligente e bonita, porém, esposa de um homem rude e mau chamado Nabal. Muitos não a conhecem pelo seu primeiro marido, mas pelo segundo, o rei Davi.
         É importante dizer que Davi se casou com Abigail antes de se tornar rei, e o que certamente chamou a atenção de Davi não foi a sua beleza ou a sua inteligência, mas a sua identidade de pacificadora. Vejamos como eles se conheceram.
         A história de Davi e Abigail começa com Nabal, o primeiro marido de Abigail. Os pastores do rebanho de Nabal estiveram em meio ao acampamento de Davi e foram bem cuidados e protegidos (v. 7), afinal, Davi tinha um exército à sua disposição. Chegou a vez de Nabal retribuir. Os homens de Davi chegaram muito educados até ele (v.6), relataram sobre quando cuidaram dos servos de Nabal e do seu rebanho e então disseram que Davi estava com eles na festa das tosquias, que era uma festa onde os pastores de ovelhas ofereciam banquetes enquanto cortavam a lã das ovelhas, era a Lã Fest (rsrsrs), uma espécie de festa de ação de graças.
         Os homens de Davi pediram o que Nabal poderia dar, não exigiram (v. 8), mas Nabal não quis nem saber de fazer alguma graça, respondeu:
“Quem é Davi? Quem é esse filho de Jessé? Hoje em dia, muitos servos estão fugindo de seus senhores. Por que deveria eu pegar meu pão e minha água, e a carne do gado que abati para meus tosquiadores, e dá-los a homens que vêm não se sabe de onde?”. 1 Sm 25.10-11
         Davi ainda não era rei, mas ficou indignado com a atitude de Nabal, afinal, ele não teve a mínima consideração por aqueles que fizeram um grande favor a ele. Davi não chamou todo o seu exército, apenas dois terços, quatrocentos homens, e seguiu para Carmelo dizendo: “Que Deus castigue a Davi, e o faça com muita severidade, caso até de manhã eu deixe vivo um só do sexo masculino de todos os que pertencem a Nabal” (1 Sm 25.22). Nesse versículo é evidenciada a ira de Davi.
         Mas eis que surge Abigail. Ela veio ao encontro de Davi com um grande banquete e em outras palavras ela dizia: “Davi, como vai? Fiquei sabendo o que aconteceu, me desculpe! Eu não vi os rapazes, senão eu tinha preparado de imediato o jantar de vocês. Não deem moral para o Nabal, ele é sem juízo, não sabe o que faz. Eu te suplico, não faça nada contra nosso povo, Deus é contigo e você não precisa destruir ninguém. Pra que ficar com esse peso sobre os ombros depois?
         Davi louvou a Deus pela vida de Abigail e desistiu de atacar Nabal e seus homens (v.32 e 35). Depois de dez dias, Nabal morreu e então Davi ficou sabendo e pediu para buscarem Abigail, pedindo ela em casamento (v. 39). Ela de pronto atendeu e deixou de ser mulher de um homem mau para se tornar a mulher do rei Davi.
         Preciso complementar com mais alguma coisa? Acho que não! Abigail foi uma das bem aventuradas construindo pontes, e nós temos também esse grande desafio se quisermos também ser bem aventurados.
         Para concluir, lembro que no Novo Testamento a bíblia relata que havia um grande abismo entre nós e Deus, então Jesus veio ao mundo para nos reconciliar com o Pai (Ef 2.16), para que pudéssemos ser chamados de filhos de Deus. Se somos Seus filhos, logo temos que mostrar a nossa identidade de construtores de pontes, pacificadores.

         Que o Senhor te abençoe e te capacite a ser um construtor(a) de pontes!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

O Deus desconhecido

         O livro de Atos relata no capítulo 17 quando o apóstolo Paulo esteve na cidade de Atenas. Chegando lá, ele encontra uma cidade onde a idolatria reinava. Havia ídolos por toda a parte e isso causou uma grande indignação em seu coração (v. 16).
         Discutindo com alguns filósofos, Paulo foi chamado de tagarela (v. 18) e em seguida direcionado para falar aos atenienses no Areópago (v. 19), que era um conselho público da cidade. É importante ressaltar que Atenas era o centro intelectual da época, ou seja, nos dias de hoje era como se ele tivesse a oportunidade de falar em um auditório em Harvard.
         Veja um trecho da mensagem de Paulo naquela ocasião:
 “Então Paulo levantou-se na reunião do Areópago e disse: ‘Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são muitos religiosos, pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio.” Atos 17.22-23
         Não é a primeira vez na bíblia que vemos o relato de pessoas que diziam adorar a Deus, mas não O conheciam. Quando Jesus esteve com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó na cidade de Sicar, Ele disse:
“Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus”. João 4.22
         Diante disso, lhe pergunto: Você conhece o Deus que adora?
         O cantor Rodolfo Abrantes disse certa vez que “A Som Livre toca, mas quem adora é você”, se referindo ao fato da gravadora Som Livre apenas se beneficiar com a venda de CDs e DVDs gospel. Concordo plenamente, pois, não existe adoração verdadeira sem conhecimento do Deus verdadeiro.
         Uma grande parte da população brasileira vai à igreja pelo menos uma vez na semana e possivelmente você faz parte dessa maioria, por isso pergunto novamente: Você conhece o Deus que adora?
         Jesus disse que os samaritanos adoravam quem não conheciam, porque naquela época, já havia todo o Antigo Testamento à disposição do povo de Deus, mas os samaritanos só criam no Pentateuco, ou seja, ignoravam boa parte das escrituras, assim como hoje os judeus ignoram o Novo Testamento. Portanto, o que Jesus disse à mulher samaritana e também a nós é que não há como conhecer a Deus desprezando as escrituras, a bíblia. E não buscar conhecer a palavra de Deus é também uma forma de desprezo.
         O apóstolo Paulo falando aos atenienses, aborda um pouco das escrituras apresentando Deus como Criador do céu e da terra (v. 24), e de todos os homens (v. 25-26) e conclui o raciocínio dizendo que “nele vivemos, nos movemos e existimos” (v.28).
         Com certeza o que Paulo disse a respeito de Deus não foi o suficiente para que Ele fosse conhecido de fato, mas a ideia era lançar a semente para que os ouvintes buscassem conhecer o tal DEUS DESCONHECIDO através da Sua palavra. Da mesma forma, ouvimos um pouco sobre Deus nos cultos que participamos, em artigos na internet, ou em um bate papo com amigos, mas só conheceremos Deus de fato quando o buscarmos em sua palavra.
Nas entrelinhas Paulo estava dizendo o seguinte aos seus ouvintes: “Se vocês conhecerem de verdade esse Deus, vocês vão deixar de adorar todos os outros deuses e então prestarão culto somente ao Rei dos reis”.
         Concluo dizendo que quando conhecemos Deus de verdade através da Sua palavra, adquirimos a capacidade de identificar os falsos profetas que o próprio Jesus nos orientou a ter cuidado (Mt 24.4), além de conhecimento para oferecer uma adoração que Ele espera de nós, em espírito e em verdade (Jo 4.23).
         Que Deus abençoe sua vida e que você tenha cada vez mais sede de conhece-Lo!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Porque ir à igreja

Ocasionalmente sou questionado sobre o que me leva a frequentar uma igreja. Se cada um de nós somos templo do Espírito Santo (1 Co 6.19) e se podemos adorar a Deus em qualquer lugar (Jo 4.21), por que precisamos de um templo físico para nos reunir? Poderíamos escrever um imenso artigo sobre essa temática, mas como o objetivo desse espaço é resumir, pretendo mostrar pelo menos alguns princípios importantes sobre o que é ser ou pertencer a uma igreja.
Antes, é importante dizer que, se a igreja é formada por pessoas e as pessoas são imperfeitas, a igreja só alcançará a perfeição quando os filhos, ou seja, os membros, forem transformados em glória, ou seja, na volta de Jesus. Billy Graham certa vez disse a uma senhora: “O dia que encontrar a igreja prefeita, não entre, pois, no dia que a senhora lá entrar, ela deixará de ser perfeita”. Acho que não preciso falar mais nada sobre isso, certo? Prossigamos então ao que a bíblia tem a nos ensinar.
Rick Warren, no livro “Uma vida com propósitos” menciona que as expressões “uns com os outros” e “entre si” aparecem no Novo Testamento mais de 50 vezes. Ou seja, a bíblia por várias vezes fala sobre reciprocidade, ou seja, dar e receber, e é esse o sentido da igreja, promover relacionamentos, comunhão, crescimento espiritual (At 2.42). Vejamos 7 fundamentos que só podem ser desenvolvidos através de relacionamentos:
1-    Amar uns aos outros (1 Jo 4.12) – O maior dos mandamentos é o amor, e, como filhos de Deus, herdeiros dos céus, temos a responsabilidade de mostrar Deus às pessoas ao nosso redor através do amor, e a igreja é um lugar onde podemos aprender na teoria e na prática sobre isso.
2-    Exortar uns aos outros (Hb 3.13) – Exortar é uma palavra que pode trazer confusão, pois pode dar a ideia de que somos juízes, o que não é o que o texto da carta aos Hebreus quer dizer. Em outras versões a palavra exortar é substituída por encorajar ou animar, portanto, com o complemento do versículo entendemos que exortar trata-se de abrir os olhos uns dos outros em relação ao pecado, mas isso sempre com amor, afinal somos da mesma família.
3-    Incentivar uns aos outros (Hb 10.24) – Além de fazer a nossa parte demonstrando amor e compaixão, precisamos também incentivar os nossos irmãos a seguir esse caminho, e, é claro, só será possível se demonstrarmos na prática.
4-    Honrar uns aos outros (Rm 12.10) – Todos gostamos de ser tratados de forma honrosa. E o que a bíblia nos ensina é que devemos tratar os nossos irmãos como gostaríamos de ser tratados, ou seja, com honra.
5-    Servir uns aos outros (Gl 5.13) – Quem ama tem prazer no servir. Jesus disse que o maior nos céus é aquele a quem serve e que Ele mesmo esteve como quem serve (Lc 22.27).
6-    Instruir uns aos outros (Rm 15.14) – O crescimento espiritual na igreja acontece de forma mútua, ou seja, aprendemos e também ensinamos. Normalmente o irmão mais velho sempre tem algo a ensinar ao mais novo, na vida cristã não é diferente, pois “nascem” irmãos mais novos constantemente.
7-    Ser bondosos e misericordiosos uns com os outros (Ef 4.32) – Na oração do “Pai Nosso” costumamos dizer “perdoai as nossas dívidas, como perdoamos os nossos devedores”. E no capítulo onde está registrado essa oração ensinada por Jesus, Mateus 6, vemos no versículo 15: “Mas se vocês não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”.
Me atrevo a dizer então que, assim como costumamos dizer que educação vem de casa, podemos dizer também que uma vida espiritualmente saudável e madura também, pois na casa de Deus temos oportunidades de crescer juntos como corpo de Cristo tendo como manual a palavra de Deus (Ef 4.14-15).
Se pertencemos à mesma família, precisamos viver em comunhão como filhos de Deus, afinal, somos todos herdeiros dos céus, ou seja, moraremos todos juntos. Quando digo todos quero ressaltar que não existe essa história de que “todo mundo é filho de Deus”, pois a bíblia fala que os filhos são aqueles que creram em Jesus (Jo 1.12), então quando digo todos, falo sobre todos os filhos, todos os que creram. Sempre teremos relacionamentos com pessoas que não professam a mesma fé que nós, mas isso não quer dizer que não devemos nos importar com eles ou deixar de mostrar o amor de Deus a eles, muito pelo contrário, é mostrando Jesus ao mundo que cumpriremos a principal missão que Ele deixou à igreja que é “pregar o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15).
 Portanto, você cristão, aproveite a oportunidade de crescimento espiritual que você tem através da sua comunidade de fé e incentive os que estão ao seu redor a aproveitar essa oportunidade (Hb10.25), e você não cristão é com certeza muito bem vindo(a) à casa de Deus e também à nossa família.

Que o Senhor abençoe a sua vida e lhe conduza ao crescimento espiritual!

terça-feira, 7 de julho de 2015

A parte mais difícil do sermão

         Quem nunca disse ou ouviu alguém dizer algo como: “Falar é fácil, quero ver fazer!” Também existe um ditado popular que diz: “Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Infelizmente esse discurso sempre existiu e a tendência é que não deixe de existir.
         Pessoas que agem de forma oposta ao que pregam estão em todo lugar: na política, na igreja, na família, no trabalho, etc. Mas, ao contrário do que talvez tenha imaginado, não quero te incentivar a analisar pessoas ao seu redor com esse texto, quero te incentivar a fazer uma autoanálise. Como tem sido a sua postura diante do que você acredita e/ou prega? Gosto de dizer que as pessoas não cristãs estão cansadas de ouvir falar de Jesus, elas estão querendo é vê-lo. Então, cabe a nós, cristãos, mostra-lo. E como faremos isso?
          Se cremos na bíblia como guia, precisamos estar atentos ao que ela tem a dizer, e mais do que isso, precisamos praticá-la, caso contrário estamos enganando a nós mesmos, é o que diz Tiago no capítulo 1, versículo 22.
         Jesus também ensinou os discípulos não apenas com palavras, mas também com atitudes. Veja o que diz João 17.4:
“Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer”.
Esse é um trecho da oração que Jesus fez, pouco tempo antes de ser preso. Mas ele também relatou aos discípulos sobre sua postura, veja em João 13.15:
“Eu lhes dei o exemplo, para que façam como lhes fiz”.
         E um pouco mais à frente, no versículo 17, Ele diz:
“Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem”.
         Em outras palavras Jesus está dizendo: além de pregar a verdade, vocês precisam vive-la. Essa com certeza é a parte mais difícil do sermão, praticar o que falamos, o que cremos. Precisamos ser cautelosos quanto a isso, não podemos pregar a verdade como se fosse mentira, não podemos apontar a direção e seguir para o caminho oposto.
Na carta aos Romanos, vemos a repreensão aos judeus que não viviam o que pregavam:
“então você, que ensina os outros, não ensina a você mesmo? Você, que prega contra o furto, furta? Você, que diz que não se deve adulterar, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba-lhes os templos? Você, que se orgulha na lei, desonra a Deus, desobedecendo à lei? Como está escrito: ‘O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vocês’” Romanos 2.21-24
         Lendo esses versículos, pode vir à nossa mente: “Que tipo de cristãos eram esses? Que povo hipócrita!” Mas quantas vezes não nos comportamos de forma semelhante? Talvez pregamos contra a mentira, e pedimos para o colega do trabalho dizer que não estamos. Talvez pregamos contra a corrupção, mas furamos a fila no banco, ou no almoço da igreja. Talvez pregamos contra a imoralidade, mas só Deus sabe que tipo de coisa temos colocado diante dos nossos olhos.
         É certo que todos somos pecadores e carecemos da graça e misericórdia de Deus, mas estudando as escrituras, entendemos que o que Deus espera de nós é que nos esforcemos ao máximo para pregar o Evangelho não só com palavras, mas também com atitudes, pois, se assim o fizermos, felizes seremos naquilo que fizermos.
“Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer”. Tiago 1.25
         Então a reflexão que cabe a cada um de nós é: Temos nos esforçado nesse propósito? Que tipo de sermão temos pregado através das nossas atitudes? Deixo também as palavras de São Francisco de Assis:
“Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras”.
         Que a nossa pregação seja apenas um relato das nossas atitudes!

Que o Senhor derrame sobre nós da sua infinita graça e misericórdia para perdoar as nossas falhas, e também nos dê força e sabedoria para buscar uma transformação contínua baseada nas escrituras!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Enquanto Ele não vem



         Certamente algum dia você já ouviu do seu chefe ou de seus pais: “Estou indo ali e quando eu chegar quero ver tal tarefa pronta”. Também nos estudos, quando ainda éramos crianças fomos apresentados à lição de casa. E se você esteve ou está na faculdade, sabe que não mudou, pelo contrário, piorou. E no fim do curso ainda tem a grande tarefa chamada monografia ou TCC (Trabalho de conclusão de curso). O fato é que cumprimos as tarefas ou por necessidade ou por amor.
         Seguindo essa linha de raciocínio, gostaria de lhe lembrar que o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, foi embora com a promessa de voltar (Mc 13.26), e Ele também nos deixou algumas tarefas.
         Sem sombra de dúvidas, a tarefa mais clara é aquela que foi dita na sua despedida, que a encontramos nos versículos que falam da grande comissão (Mt 28.19, Mc 16.15, At 1.8) e que pode ser resumida em uma palavra, ide.
“Ide e pregai o Evangelho a toda a criatura...”
“Ide e fazer discípulos...”
“Ide e sejam minhas testemunhas...”
         Sabemos porém, que enquanto cumprimos o ide, vivemos numa constante guerra, que até falamos sobre no texto anterior intitulado A GUERRA É CONTRA QUEM, que fala sobre a guerra contra o pecado. Temos o exemplo de como vencer essa guerra através de Jesus Cristo, e olhando para os ensinamentos dEle, aprendemos a renunciar à impiedade e às paixões mundanas, visando viver de forma sensata, justa e piedosa. E precisamos fazer isso até que Ele venha. É o que diz o texto de Tito 2.11-13.
         Também sabemos que durante a nossa espera por Jesus, provações virão. Passaremos por dificuldades, aflições (Jo 16.33). Mas qual deve ser a nossa postura diante dessas provações? Veja o que diz Tiago em sua carta:
“Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera”. Tiago 5.7
O apóstolo Tiago fala sobre esperar com paciência, da mesma forma Jesus disse que nEle temos paz (Jo 16.33), mas nem sempre é fácil aplicar isso na prática, não é mesmo?
Nos últimos dias estive conversando com um amigo que já concluiu a faculdade a algum tempo e que ainda não encontrou um emprego, além disso ele também terminou um namoro meses atrás, e por isso, ouvi: “Eberson, se você observar bem, as duas áreas em que os jovens mais buscam obter sucesso, eu não estou bem, muito pelo contrário, não estou tendo nenhum sucesso”. Então, enquanto eu pensava numa possível frustração, ele continuou: “Mas em minhas orações, tenho dito a Deus que não quero um relacionamento ou um emprego que me afaste dEle”. Naquela hora pude ter certeza, ele está pensando no que é eterno.
Às vezes diante das tribulações perdemos a paciência e nos queixamos, nos frustramos, porque estamos pensando apenas no que é passageiro, a nossa vida aqui na terra. Mas quando paramos para refletir sobre o que nos aguarda na eternidade, chegamos à conclusão que o maior investimento que podemos fazer é nos dedicar nas tarefas pelas quais colheremos os frutos na eternidade. Nesse texto falei sobre a preciosa tarefa de cumprir o ide e as complexidades na execução onde temos ainda que lutar contra o pecado e aguardar com paciência diante das tribulações. Poderíamos aprofundar mais, mas o espaço não nos permite.
No livro “O Jesus que eu nunca conheci” de Philip Yancey há um testemunho interessante que gostaria de compartilhar para concluir:
Conheço uma mulher cuja avó jaz sepultada sob um carvalho de 150 anos de idade no cemitério de uma igreja episcopal no interior de Louisiana. De acordo com as instruções da avó, apenas uma palavra se encontra gravada na pedra tumular: ‘Esperando’”.
         Gostei da ideia, e de acordo com 1 Coríntios 15, realmente os que morrem em Jesus estão esperando a ressurreição em glória (1 Co 15.52). O fato é que não sabemos se encontraremos com Jesus em vida ou depois da morte, por isso precisamos agir sempre como quem está esperando.
         Que o Senhor Jesus lhe abençoe e lhe dê forças e sabedoria para esperar à Sua vinda!
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