Certamente algum dia você já ouviu do
seu chefe ou de seus pais: “Estou indo ali e quando eu chegar quero ver tal
tarefa pronta”. Também nos estudos, quando ainda éramos crianças fomos apresentados
à lição de casa. E se você esteve ou está na faculdade, sabe que não mudou,
pelo contrário, piorou. E no fim do curso ainda tem a grande tarefa chamada
monografia ou TCC (Trabalho de conclusão de curso). O fato é que cumprimos as
tarefas ou por necessidade ou por amor.
Seguindo essa linha de raciocínio,
gostaria de lhe lembrar que o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, foi embora
com a promessa de voltar (Mc 13.26), e Ele também nos deixou algumas tarefas.
Sem sombra de dúvidas, a tarefa mais
clara é aquela que foi dita na sua despedida, que a encontramos nos versículos
que falam da grande comissão (Mt 28.19, Mc 16.15, At 1.8) e que pode ser
resumida em uma palavra, ide.
“Ide e pregai o Evangelho a toda a
criatura...”
“Ide e fazer discípulos...”
“Ide e sejam minhas testemunhas...”
Sabemos porém, que enquanto cumprimos o
ide, vivemos numa constante guerra, que até falamos sobre no texto anterior
intitulado A GUERRA É CONTRA QUEM, que fala sobre a guerra contra o pecado. Temos
o exemplo de como vencer essa guerra através de Jesus Cristo, e olhando para os
ensinamentos dEle, aprendemos a renunciar
à impiedade e às paixões mundanas, visando viver de forma sensata, justa e
piedosa. E precisamos fazer isso até que Ele venha. É o que diz o texto de
Tito 2.11-13.
Também sabemos que durante a nossa espera
por Jesus, provações virão. Passaremos por dificuldades, aflições (Jo 16.33).
Mas qual deve ser a nossa postura diante dessas provações? Veja o que diz Tiago
em sua carta:
“Portanto, irmãos, sejam pacientes
até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a
preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e
da primavera”. Tiago 5.7
O apóstolo Tiago fala sobre esperar com paciência,
da mesma forma Jesus disse que nEle temos paz (Jo 16.33), mas nem sempre é
fácil aplicar isso na prática, não é mesmo?
Nos últimos dias estive conversando com um amigo que
já concluiu a faculdade a algum tempo e que ainda não encontrou um emprego, além
disso ele também terminou um namoro meses atrás, e por isso, ouvi: “Eberson, se
você observar bem, as duas áreas em que os jovens mais buscam obter sucesso, eu
não estou bem, muito pelo contrário, não estou tendo nenhum sucesso”. Então,
enquanto eu pensava numa possível frustração, ele continuou: “Mas em minhas
orações, tenho dito a Deus que não quero um relacionamento ou um emprego que me
afaste dEle”. Naquela hora pude ter certeza, ele está pensando no que é eterno.
Às vezes diante das tribulações perdemos a paciência
e nos queixamos, nos frustramos, porque estamos pensando apenas no que é
passageiro, a nossa vida aqui na terra. Mas quando paramos para refletir sobre
o que nos aguarda na eternidade, chegamos à conclusão que o maior investimento
que podemos fazer é nos dedicar nas tarefas pelas quais colheremos os frutos na
eternidade. Nesse texto falei sobre a preciosa tarefa de cumprir o ide e as
complexidades na execução onde temos ainda que lutar contra o pecado e aguardar
com paciência diante das tribulações. Poderíamos aprofundar mais, mas o espaço
não nos permite.
No livro “O Jesus que eu nunca conheci” de Philip Yancey
há um testemunho interessante que gostaria de compartilhar para concluir:
“Conheço uma
mulher cuja avó jaz sepultada sob um carvalho de
150 anos de idade no cemitério de uma igreja episcopal no interior de
Louisiana. De acordo com as instruções da avó, apenas uma palavra se encontra
gravada na pedra tumular: ‘Esperando’”.
Gostei da ideia, e de acordo com 1
Coríntios 15, realmente os que morrem em Jesus estão esperando a ressurreição
em glória (1 Co 15.52). O fato é que não sabemos se encontraremos com Jesus em
vida ou depois da morte, por isso precisamos agir sempre como quem está
esperando.
Que o Senhor Jesus lhe abençoe e lhe dê
forças e sabedoria para esperar à Sua vinda!