Quem nunca disse ou ouviu alguém dizer
algo como: “Falar é fácil, quero ver fazer!” Também existe um ditado popular
que diz: “Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Infelizmente esse
discurso sempre existiu e a tendência é que não deixe de existir.
Pessoas que agem de forma oposta ao que
pregam estão em todo lugar: na política, na igreja, na família, no trabalho, etc.
Mas, ao contrário do que talvez tenha imaginado, não quero te incentivar a
analisar pessoas ao seu redor com esse texto, quero te incentivar a fazer uma autoanálise.
Como tem sido a sua postura diante do que você acredita e/ou prega? Gosto de
dizer que as pessoas não cristãs estão cansadas de ouvir falar de Jesus, elas
estão querendo é vê-lo. Então, cabe a nós, cristãos, mostra-lo. E como faremos
isso?
Se
cremos na bíblia como guia, precisamos estar atentos ao que ela tem a dizer, e
mais do que isso, precisamos praticá-la, caso contrário estamos enganando a nós
mesmos, é o que diz Tiago no capítulo 1, versículo 22.
Jesus também ensinou os discípulos não
apenas com palavras, mas também com atitudes. Veja o que diz João 17.4:
“Eu te glorifiquei na terra,
completando a obra que me deste para fazer”.
Esse é um trecho da oração que Jesus fez, pouco
tempo antes de ser preso. Mas ele também relatou aos discípulos sobre sua
postura, veja em João 13.15:
“Eu lhes dei o exemplo, para que
façam como lhes fiz”.
E um pouco mais à frente, no versículo 17,
Ele diz:
“Agora que vocês sabem estas
coisas, felizes serão se as praticarem”.
Em outras palavras Jesus está dizendo: além
de pregar a verdade, vocês precisam vive-la. Essa com certeza é a parte mais
difícil do sermão, praticar o que falamos, o que cremos. Precisamos ser
cautelosos quanto a isso, não podemos pregar a verdade como se fosse mentira,
não podemos apontar a direção e seguir para o caminho oposto.
Na carta aos Romanos, vemos a repreensão aos judeus
que não viviam o que pregavam:
“então você, que ensina os outros,
não ensina a você mesmo? Você, que prega contra o furto, furta? Você, que diz
que não se deve adulterar, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba-lhes os
templos? Você, que se orgulha na lei, desonra a Deus, desobedecendo à lei? Como
está escrito: ‘O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vocês’” Romanos 2.21-24
Lendo esses versículos, pode vir à
nossa mente: “Que tipo de cristãos eram esses? Que povo hipócrita!” Mas quantas
vezes não nos comportamos de forma semelhante? Talvez pregamos contra a
mentira, e pedimos para o colega do trabalho dizer que não estamos. Talvez
pregamos contra a corrupção, mas furamos a fila no banco, ou no almoço da
igreja. Talvez pregamos contra a imoralidade, mas só Deus sabe que tipo de
coisa temos colocado diante dos nossos olhos.
É certo que todos somos pecadores e
carecemos da graça e misericórdia de Deus, mas estudando as escrituras,
entendemos que o que Deus espera de nós é que nos esforcemos ao máximo para
pregar o Evangelho não só com palavras, mas também com atitudes, pois, se assim
o fizermos, felizes seremos naquilo que fizermos.
“Mas o homem que observa atentamente
a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não
esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer”. Tiago 1.25
Então a reflexão que cabe a cada um de
nós é: Temos nos esforçado nesse propósito? Que tipo de sermão temos pregado
através das nossas atitudes? Deixo também as palavras de São Francisco de
Assis:
“Pregue
o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras”.
Que a nossa pregação seja apenas um
relato das nossas atitudes!
Que o Senhor derrame sobre nós da sua infinita graça
e misericórdia para perdoar as nossas falhas, e também nos dê força e sabedoria
para buscar uma transformação contínua baseada nas escrituras!