quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Parças de Jesus

          Sem sombras de dúvidas, uma das pessoas mais populares no Brasil e até fora do Brasil é Neymar. Até quem não gosta de futebol conhece o jogador que foi transferido do Barcelona para o Paris San German por nada mais nada menos do que 222 milhões de euros (mais de 800 milhões de reais). Tudo que o não mais menino Neymar faz vai para a mídia: seus relacionamentos, sua agenda, seu consumo, do útil ao fútil, das boas ações às polêmicas. Uns meses atrás uma foto dele e dos seus “parças” (forma pela qual chamam seus amigos) em uma festa viralizou. Nela, Neymar e os “parças” estão ao fundo e à frente cerca de 10 garrafas de champanhe que custam no Brasil em torno R$ 3.000,00 cada. Vendo essa foto, muita gente compartilhou e comentou coisas como: Bom mesmo é ser amigo do Neymar. Melhor “profissão” do mundo.
          Muitas pessoas fariam coisas absurdas ou pagariam caro para serem amigos ou parças de um superstar, uma celebridade como o Neymar. No Evangelho conforme escreveu João, no capítulo 15, temos o relato de uma grande amizade, ou melhor, da maior amizade que podemos ter, a amizade com Cristo. Quanto privilégio, não acha?
Quando Jesus fala da nossa relação com Ele por meio da parábola da videira, Ele deixa algumas coisas bem claras como o papel dEle, o papel do Pai e o nosso papel. Jesus é a videira verdadeira, ou seja, não se trata de qualquer videira, mas a videira verdadeira, a que dá frutos, entende? Deus, o Pai, é quem cuida da videira, Ele é quem colhe os frutos, poda os ramos frutíferos, e corta os ramos que não dão frutos. E nós somos os ramos, a parte frágil, a parte dependente, a parte de onde são colhidos os frutos.
No versículo 16 está escrito que fomos escolhidos por Jesus com um propósito, ir e produzir frutos. Portanto, não estamos aqui a passeio, estamos no mundo para produzir, pois é produzindo que Deus será glorificado (v. 8).
Depois de esclarecer os papéis Jesus continua dizendo que o ramo que não dá fruto é retirado, cortado e o ramo que dá fruto é podado. Lendo esse texto pode-se ter a ideia de que Deus não se importa tanto conosco. Podemos ter a ideia de que a paciência dEle é muita curta, mas permita-me argumentar a respeito. Um vinicultor não sai cortando os ramos de uma videira quando essa está em crescimento. No original (airo), a palavra “cortar” remete a levantar, erguer. Você já viu uma videira? Os galhos são meio “caídos” e por isso, geralmente são colocadas estacas para dar sustentação aos galhos. Portanto, no versículo 2 não está falando de uma solução definitiva, mas de uma tentativa de restauração, entende? O ramo que não dá frutos é levantado, limpado pelo Senhor, para torna-lo frutífero. Da mesma forma os ramos que dão frutos são podados, isto é, também limpados pelo Senhor, para dar ainda mais frutos. O versículo 3 aborda que o que nos limpa é a palavra de Deus.
O que dirá se seremos frutíferos ou não é a nossa ligação com Jesus. O versículo 5 diz que quem permanecer dará muito fruto e o versículo 6 diz que quem não permanecer será jogado fora e queimado.
Os escolhidos ou os ‘parças’ de Jesus estão ligados nEle. E essa ligação não pode ser superficial, mas verdadeira e profunda. Os parças de Jesus são aqueles que procuram ter uma vida pautada na palavra de Deus, uma vida de compromisso. Viver como escolhido, como ramo ligado à videira é entender que “não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim”. Consegue compreender a profundidade dessa declaração? Isso significa que o parça depende totalmente do Senhor, isto é, as suas decisões partem da vontade dEle. Os seus objetivos secundários são os que Jesus tem para ele e seu objetivo principal é glorifica-lo por meios dos frutos.
Estar ligado em Jesus é não abrir mão de andar com Ele o tempo todo. Moisés, antes de iniciar a peregrinação pelo deserto disse a Deus: “Se não fores conosco não nos envies”. Êxodo 33.15
Ser parça de Jesus vai muito além de “bater ponto” na igreja uma ou duas vezes por semana, trata-se de ter intimidade com Ele. Ele é o nosso melhor amigo, e o melhor amigo a gente não quer simplesmente ver ou falar de vez em quando, queremos desfrutar ao máximo.
Andar com Cristo automaticamente nos fará produzir, pois, Ele como seu parça não deixará você passar batido quando ver alguém precisando de ajuda. Se você anda com Cristo, Ele não deixa você passar desapercebido pela senhora que precisa de ajuda para atravessar a rua, pelo homem que precisa de um prato de comida, pela criança que precisa de uma roupa de frio, pela sua avó que precisa de alguém para conversar, pelo seu colega que ainda não o conhece, pelo seu primo doente que precisa de uma oração, pelo irmão da igreja que precisa de uma carona para casa.

          E aí? Está dentro dessa parceria? Que Deus abençoe sua vida e que você esteja totalmente ligado à videira verdadeira, pois é através da nossa ligação nela que desfrutaremos da vida eterna.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Tá olhando o que?

Quando se está viajando, o destino sempre está em mente, em foco, não é mesmo? Quando estou indo de Anápolis, cidade onde moro, para Cocalzinho, minha terra natal, existem duas formas de focar e medir a distância do meu destino: a quilometragem rodada e os pontos de referência. Como já andei bastante nesse percurso a segunda opção é sempre a mais utilizada. Quando passo debaixo de uma grande gameleira, que cobre toda a pista, sei que já andei um quarto do caminho. Em Planalmira, município de Abadiânia, estou na metade do caminho. E em Corumbá já andei três quartos. Enfim, cada ponto de referência me dá uma perspectiva diferente. Os números são aproximados, ok? Então quem conhece o percurso não precisa me corrigir nos comentários (rsrsrsrs).
“Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde vem o meu socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra”. Salmos 121.1-2
         O contexto do Salmo 121 também é uma viagem, na verdade o Salmo era a trilha sonora de uma viagem, é um dos salmos que fazem parte da coleção de canções (Salmos 120-134) cantadas pelos peregrinos judeus que não moravam em Jerusalém e que pelo menos uma vez ao ano seguiam para lá para participar de uma das festas anuais que acontecia na cidade de Jerusalém. O salmista se dirigia a Jerusalém e ficava olhando adiante, fazia parte do percurso passar por uma região montanhosa, até porque, não sei você lembra ou sabe, mas a cidade de Jerusalém ficava sobre os montes de Sião e foi conquistada pelo rei Davi. No monte Sião é que ficava o templo, a arca, a presença de Deus. Jerusalém era o lugar da habitação de Deus (Sl 87.1-2).
Assim como muitos percorriam um longo caminho para chegar em Jerusalém e contemplar a presença de Deus, nós peregrinamos durante toda a vida esperando o bendito dia, o dia em que entraremos com Deus na nova Jerusalém, a Sião celestial. Você está olhando para lá?
       Durante a peregrinação da vida passaremos por muitos perigos, teremos problemas ao longo do caminho, Jesus não nos isenta da aflição, mas só conseguiremos ter sucesso na caminhada se estivermos com os olhos fixos em Sião. Pensando nisso, lhe pergunto: Tá olhando o que?
       Muita gente tem olhado para o dinheiro. Para muitas pessoas, o dinheiro é a solução de todos os seus problemas, portanto o olhar dessas pessoas é para a conta bancária. O esforço, a dedicação, tudo gira em torno de chegar a um número que trará conforto, segurança. Sabemos que dificilmente alguém se dará satisfeito com algum número e que o dinheiro fica quando a pessoa morre.
Para outras pessoas, a solução está em respirar novos ares. Não é em vão que o número de refugiados no mundo passa dos 65 milhões. Fugindo de guerras e perseguições políticas, todas essas pessoas saíram de seus países querendo novos ares. Elas podem até encontrar refúgio, mas não deixarão de correr riscos. Muitos lugares de refúgio hoje sofrem ataques terroristas, por exemplo. O verdadeiro refúgio só conseguiremos debaixo das asas do Onipotente (Sl 91.1).
Outras pessoas depositam a sua esperança em homens. Pensam que quando o fulano de tal chegar ao governo as coisas serão diferentes. Quando o médico ciclano puder atender, pronto! Acabou o sofrimento. E a Bíblia diz que maldito é o homem que confia no homem e que faz da humanidade mortal a sua força (Jr 17.5).
         O fato é que o nosso socorro não vem do dinheiro, não vem de uma nova morada aqui na terra e muito menos do homem, mas do Senhor que fez os céus e a terra. Portanto, fixemos os nossos olhos não nas coisas corruptíveis, pois elas podem nos decepcionar, elas podem nos desanimar. Então, a melhor direção para se olhar é para os montes de Sião. Olhemos para os montes, olhemos para o alvo, para Jesus. Como está escrito em Filipenses 3.13-14:
“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus”.
     Os sofrimentos da caminhada, o cansaço, o desgaste, podem até querer nos desanimar, mas nós deixamos isso para trás olhando para Sião, sabemos que não conseguiremos avançar sozinhos e por isso nos lembramos que “o meu socorro vem do Senhor”!
Olhemos para os montes, ou melhor, olhemos para além dos montes, olhemos o que só se vê com os olhos da fé, para a nova Jerusalém, a Sião celestial. Ela também foi conquistada para nós, pelo rei Jesus, também em um monte, o monte do Calvário. Portanto, o meu socorro e o seu socorro vêm daquele que morreu por nós na cruz.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

O privilégio de contribuir

Nesse texto vamos falar de contribuição. Um dos assuntos mais polêmicos dentro e fora da igreja. Na segunda carta aos Coríntios o apóstolo Paulo se dirige aos irmãos de Corinto visando dar conhecimento da graça, do privilégio que Deus concedeu aos irmãos das igrejas da Macedônia.
         No decorrer do texto bíblico o que fica claro é que essa graça é a oportunidade em contribuir. A igreja de Jerusalém passava por grandes dificuldades e dependia da assistência das novas igrejas da Europa e Ásia. A segunda coisa que fica clara é que essa graça não é algo restrito aos ricos, como muitos pensam, prova disso vemos no versículo 2 onde é relatado que mesmo em meio à tribulação, mesmo em meio à crise financeira os irmãos da Macedônia transbordaram em generosidade.
         No versículo 4 temos o relato ainda de que esses irmãos se sentiam tão privilegiados em contribuir que eles insistiram para que assim o fizesse. No versículo anterior vemos que eles não simplesmente deram o que podiam, mas além do que podiam, e o detalhe, voluntariamente, não por pressão de homens.
         E no versículo 5 temos o motivo de tanta generosidade, eles eram cristãos genuínos, isto é, quando confessaram entregar suas vidas a Jesus, entregaram de verdade tudo o que tinham, inclusive suas finanças. Sendo assim, Paulo esperava o mesmo da igreja de Corinto, pois, os irmãos de Corinto já eram exemplo na fé, na exposição da palavra, no conhecimento, na dedicação e no amor, agora era hora de medir a generosidade deles.
Para muitas pessoas contribuir é um fardo, porque elas não têm conhecimento da graça de Deus, pois, quando compreendemos melhor a graça de Deus entendemos o quanto somos devedores, o quanto precisamos ser gratos a Deus. E a gratidão gera generosidade. Quer um exemplo? Provavelmente a pessoa que você mais demonstra generosidade é a sua mãe. Sabe por quê? Porque você reconhece que ela já fez muito por você e ser generoso com ela é o mínimo que você pode fazer. #ProntoFalei
         Com Jesus não é diferente, temos uma dívida eterna com ele que nunca conseguiremos pagar, mas podemos mostrar generosidade para com Deus através da obediência. A obediência é a principal prova de amor que Jesus espera de nós. Em João 15.12 Ele diz:
“O meu mandamento é este: ‘amem-se uns aos outros como eu os amei”.
         E também podemos mencionar a ordem que Jesus dá a Pedro após perguntar se ele o amava. Lembra? “Se tu me amas, apascenta as minhas ovelhas”. Em outras palavras: cuida dos meus!
A generosidade é algo que vem do coração, fruto do amor que existe em nós. Conta-se que em uma pequena cidade havia uma ONG que era apoiada por praticamente toda a população, exceto um empresário, o dono de um dos maiores comércios da cidade. Certa vez o presidente daquela ONG teve uma reunião com aquele empresário e dizia que era muito feliz pelo fato de toda a comunidade abraçar a causa deles, mas que não entendia o fato de apenas aquele homem nunca ter colaborado com nada.      O empresário então respondeu: Você sabia que eu tenho uma mãe doente que gasta uma fortuna de remédios por mês? O presidente da ONG disse que não sabia. O empresário continuou: Você sabia que meu irmão está preso, sem condições de sustentar a própria família? Mais uma vez o presidente da ONG disse que não. Então o empresário concluiu: Se nem eles eu ajudo, imagina vocês.
A generosidade é um privilégio que apenas os convertidos de coração entendem. Se você entregou a sua vida para Cristo, as finanças fazem parte da vida, certo? Portanto, ao se deparar com um irmão passando por dificuldade, uma causa missionária, um projeto social, o que vai falar mais alto é o Cristo que vive em você. Agora não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim (Gl 2.20). Agora quem cuida do meu dinheiro não sou eu, mas o Cristo que vive em mim. Jesus deixou toda a sua majestade para viver como servo aqui na terra. Será que ele, vivendo em nós, deixará uma oportunidade de demonstrar generosidade passar? Acredito que não!

Que o Deus infinito em amor e generosidade lhe abençoe e faça de você também um abençoador!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

No Pain No Gain

         Você já deve ter visto essa frase em alguma academia, ou talvez em alguma camiseta. O significado é “Sem dor, sem ganho”. Esse é o lema para grande parte das pessoas que praticam exercícios físicos.
         Quando vi essa frase pela primeira vez, e a entendi (infelizmente não falo inglês), pensei: Parece que já vi isso em algum lugar antes. Então me deparei com Mateus 16.25:
“Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará”.
         Em outras palavras Jesus disse: No pain, no gain. Sem dor, sem ganho.
         Para ganhar tem que perder. Isso parece um tanto contraditório, não acha? O que seria perder a vida? Podemos encontrar essa resposta no testemunho do apóstolo Paulo na carta aos Gálatas.
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Gálatas 2.20
         O apóstolo Paulo está dizendo que, no instante que ele compreendeu que Jesus morreu por ele, ele passou a dever a vida para Jesus. Portanto, a vida agora não é mais dele (Paulo), mas do próprio Cristo.
         O mínimo que podemos fazer para quem nos dá a garantia de vida eterna é oferecer a nossa vida passageira para viver para Ele. As decisões não são mais conforme a nossa vontade, mas conforme a vontade dEle. Os nossos desejos da carne devem ser superados pelo desejo em agradá-lo e glorifica-lo em tudo. Perder o que é passageiro não se compara em perder o que é eterno. Além do mais, perder pra Jesus é sempre um ótimo negócio, porque a vontade dEle é melhor que a nossa, os planos dEle são melhores que os nossos, os pensamentos dEle são melhores que os nossos (Is 55.9). E como ele mesmo disse em uma outra oportunidade:
“Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!”. Mateus 7.11
         Resumindo, podemos dizer que perder pra Jesus é sempre a melhor opção. Entregar as nossas vidas a Ele não nos dá um ganho qualquer, mas a eternidade em amor, alegria, paz e tantas outras coisas inimagináveis. Sendo assim, renunciar os prazeres e as vontades dessa vida são perdas insignificantes visto o que nos espera.
         Sem renúncia, sem Cristo. Sem Cristo, sem vida eterna.

         Que Deus lhe abençoe e reine sobre sua vida! 

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Quem prometeu?

         Há muita confusão quando se fala de promessas e profecias da Bíblia. Temos que ser cuidadosos para entender o contexto, a promessa ou profecia, quem prometeu e para quem vale. Quando não analisamos esses detalhes corremos o risco de desacreditar e até sermos iludidos por tais palavras.
A famosa “caixinha de promessas” funciona como um biscoito chinês da sorte, com mensagens bonitas e aleatórias visando elevar a autoestima e fazer refletir quem lê a mensagem recebida. A diferença é que o biscoito você ainda pode comer.
Acredito fielmente na Bíblia e creio que a forma mais clara pela qual Deus fala conosco é através da Sua palavra, mas não é pegando textos aleatórios e sem contexto que entenderemos a sua vontade para nós e muito menos o plano de salvação.
Um versículo bastante popular do livro de Josué é visto por muitas pessoas como uma promessa divina ou talvez como uma profecia. Você encontrará na caixinha de promessas mais perto de você algo como: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
O trecho é verdadeiro e está mesmo na Bíblia, mas vejamos o versículo inteiro:
“Se, porém, não lhes agrada servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor”. Josué 24.15 (NVI)
         Apesar do capítulo 24 ter vários versículos dentro das aspas simples após “Assim diz o Senhor”, a fala de Deus acaba no versículo 13. Em seguida, quem fala ao povo é Josué, o líder do povo. A declaração “Eu e minha família serviremos ao Senhor” parte de uma decisão dele. Não é uma promessa de Deus e também não é uma profecia, é uma decisão. Não podemos atribuir as nossas responsabilidades ao agir de Deus. Você já tomou a sua decisão?
         Se o desejo de seu coração é que toda a sua família sirva ao Senhor, além das suas orações, reveja suas decisões e atitudes. No livro de Juízes no capítulo 2 está escrito que o povo serviu ao Senhor enquanto Josué esteve vivo (Jz 2.7-11). Enquanto eles tinham um exemplo, eles sabiam quem deveriam servir. Pense nisso!
Que Deus abençoe sua vida e lhe conduza a ser o exemplo em que todos ao seu redor queiram se espelhar!

quarta-feira, 19 de julho de 2017

The book is on the table

         Acredito que há mais de dez anos atrás (não me lembro bem), uma música de letra confusa e sem nexo intitulada “The book is on the table” fez sucesso no Brasil. Nenhuma novidade até aí, não é mesmo? Por aqui não é preciso tanta criatividade nas letras, tendo um pouco de ritmo e sendo uma música “chiclete”, já vende.
         A tradução livre do título, “O livro está sobre a mesa”, não diz nada demais, mas cabe uma reflexão. Um livro sobre a mesa não significa nada, certo? Bom, depende do livro e depende do motivo que ele está sobre a mesa.
         Alguns dias atrás me perguntaram sobre um livro que está sobre a minha mesa de trabalho, porém, não se trata de um livro qualquer, mas sim O Livro, estou falando da Bíblia. Não é novidade nenhuma ter livros sobre a minha mesa e frequentemente sou questionado pelo que estou lendo. Quem nunca?
O fato de ter uma Bíblia sobre a minha mesa traz vários julgamentos ao meu respeito. Posso ser visto como religioso, como exemplo, como hipócrita, afinal o livro está sobre a minha mesa. Mas ele apenas estar lá não vai mudar nada na minha vida, sabia? A Bíblia não muda quem a carrega ou quem simplesmente tem um exemplar, ela transforma aquele que lê e crê, aquele que ouve e pratica o que está escrito. Jesus disse:
“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha”. Mateus 7.24
         Um livro sobre a mesa não tem poder algum, mas as palavras do Livro guardadas no coração e demonstradas na prática nos farão fortes, inabaláveis, porque estaremos firmados naquele que é a palavra, a verdade encarnada, Jesus.
         Portanto, se fôssemos fazer um trocadilho em inglês, seria: The Book is in my heart (O Livro está em meu coração).

         Que Deus abençoe sua vida e que possamos ter a sua palavra em nossos corações, pois só assim sobreviveremos às chuvas e ventos.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Aprendendo com os erros dos outros

O capítulo 5 do livro do profeta Daniel narra o que aconteceu quando ele tinha 83 anos, ou seja, não era mais um rapazinho, como muitos pensam. Agora o rei é Belsazar, filho de Nabucodonosor.  Ele, o rei, resolveu fazer um grande banquete e, na ocasião, ordenou que fossem trazidas as taças de ouro e prata que eram do templo de Jerusalém (Dn 5.1-2). Enquanto festejavam e adoravam deuses de ouro, surge algo assustador, uma mão, que escreve na parede mais iluminada do palácio algo que ninguém poderia entender, a saber: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM. Talvez esse relato é que inspirou o personagem da família Adams.
         O rei assustado manda chamar os magos e sábios para interpretar a escrita, e já sabemos o que aconteceu, ninguém pode interpretar. Então a rainha, mãe de Belsazar fala sobre Daniel.
         Belsazar manda chamar Daniel e promete a ele o cargo de terceiro em importância no governo do reino caso trouxesse a interpretação, ou seja, só estaria abaixo dele e da rainha. Daniel rejeita a oferta e dá continuidade em seu discurso contando a história do pai do rei, o rei Nabucodonosor, de quando ele foi castigado por Deus devido à arrogância (assunto do capítulo 4 do livro), e em seguida chama a atenção do rei dizendo:
“Mas tu, Belsazar, seu sucessor, não humilhaste, embora soubesses de tudo isso. Pelo contrário, tu te exaltaste acima do Senhor dos céus. Mandaste trazer as taças do templo para que nelas bebessem tu, os teus nobres, as tuas mulheres e as tuas concubinas. Louvaste os deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir nem entender. Mas não glorificaste o Deus que sustenta em suas mãos a tua vida e todos os teus caminhos. Por isso ele enviou a mão que escreveu essa inscrição”. Daniel 5.22-24
MENE – Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim (Dn 5.26).
TEQUEL – Foste pesado na balança e achado em falta (Dn 5.27).
PARSIM -  Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas (Dn 5.28).
         O capítulo conclui dizendo que na mesma noite Belsazar foi morto e Dario, o medo apoderou-se do reino (Dn 5.31).
         O que aprendemos com esse episódio é que precisamos aprender não só com os nossos erros, mas também com os erros dos outros. O apóstolo Paulo diz em Romanos 15.4:
“Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança”.
         A Bíblia contém histórias de erros e acertos de inúmeros personagens que servem para nos ensinar como devemos proceder diante de circunstâncias parecidas. Como diz um velho e conhecido ditado chinês:
“Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca”.
         Antes que comece o mimimi quero que saibam que também achei pesado a parte dos tolos. Que os nossos erros e os erros dos outros nos tragam sabedoria!

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Tudo pela audiência

       Os meios de comunicação atualmente são uma verdadeira loucura. É muita informação em muito pouco tempo. Por isso, estar bem informado não é uma tarefa fácil. Você se desliga por um ou dois dias e já não entende o trocadilho da conversa entre amigos, já não entende a #hashtag ou simplesmente porque está todo mundo tirando selfie do mesmo jeito.
     Apesar do avanço tecnológico que permite que a notícia chegue em tempo real, algumas coisas são lamentáveis. O fato da maioria dos noticiários manipularem e até omitirem informações visando o bem próprio gera desconfiança quanto à veracidade das informações. As meias verdades, as informações incompletas e as notícias compradas podem gerar uma indignação desnecessária, pois o inocente pode se tornar culpado ou vice-versa, o buraco pode ser mais em cima ou mais embaixo, o sofrimento pode ser maior ou menor, mas tudo isso não importa, o que importa é audiência, pensam. Um exemplo claro de manipulação são os noticiários políticos. Se você quiser ver ‘podres’ de um determinado partido político, é só escolher o noticiário que quer acompanhar, pois tem pelo menos um noticiário para cada ‘time’. Que triste cenário!
    Como nos comportar diante dessa grande nuvem de informação? Como ser informado e não influenciado diante de tanta manipulação? O apóstolo Paulo nos dá uma ideia em sua carta aos Tessaloniceneses:
“mas examinem tudo o que é dito. Guardem o que for bom”. 1 Ts 5.21
        Precisamos examinar bem o que estamos vendo ou ouvindo para não correr riscos de cairmos no engano e consequentemente em pecado. Para isso, precisamos saber selecionar o que é bom, o que é digno de atenção, curtida e compartilhamento. E é com esse objetivo, de nos ajudar a selecionar o que é bom é que o apóstolo Paulo nos apresenta um interessante e completo filtro em Filipenses 4.8:
“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas”.
         Procure se informar através de pessoas e meios que pensem em fazer a diferença ao invés de obter audiência. Não estou aqui dizendo para que você fique procurando meios de comunicação religiosos ou alguma espécie de jornal gospel. O que quero dizer é que não podemos ser a audiência daqueles que lutam por ela, mas sim daqueles que, acima de tudo possuem compromisso com a verdade e por isso se esforçam.
       Jesus não veio ao mundo para ter audiência e sim para salvar os perdidos. Que acima de qualquer coisa, a nossa motivação esteja em seguir os seus passos, custe o que custar.

     Que Deus abençoe sua vida e tenha misericórdia de nós nos direcionando à verdade!

sexta-feira, 14 de abril de 2017

O maior dos presentes

Se o Natal é a data onde as pessoas gostam de trocar presentes, a Páscoa é a data em que lembramos do maior dos presentes que recebemos, a salvação.
Não me lembro de quem é essa afirmação, mas, fazendo referência ao texto de 1 Pedro 1.18-20, alguém disse que antes do “Haja Luz” houve o “Haja Cruz”. Vejamos o que diz o texto bíblico:
“Pois vocês sabem que não foi por meio das coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês”.
        Talvez você não saiba, mas a comemoração da Páscoa se iniciou como celebração da libertação dos hebreus quando eram escravos no Egito (Ex 12 e 13). A libertação dos hebreus se deu após a décima e última praga quando morreram todos os filhos primogênitos das casas ondem não houvesse o sangue do cordeiro aspergido sobre a porta, ou seja, as casas dos egípcios.
      Não há dúvidas de que a experiência dos hebreus é uma tipologia bíblica, uma representação do que viria a acontecer quase 1500 anos depois, quando Jesus, o nosso Cordeiro Pascal (1 Co 5.7) seria sacrificado nos libertando da escravidão do pecado por meio do seu precioso sangue.
      É graças ao sacrifício de Jesus que recebemos a vida eterna. Ele nos redimiu, pagou a nossa dívida impagável, nos tirou da escravidão para nos fazer membros da família de Deus (Ef 2.19).
    O texto destacado acima nos traz um grande consolo e também uma grande responsabilidade. Deus nos amou antes da fundação do mundo já traçando o plano de redenção que envolveria o sacrifício do seu próprio Filho, porém, cabe a nós valorizar o presente que Ele nos deu, a vida. Valorizar a vida é dar sentido a ela. E qual é o sentido da vida? Muitos morrem tentando responder essa pergunta. O livro de Eclesiastes é um livro que traz uma reflexão sobre ela, e no último capítulo a conclusão do autor pode ser resumida em três frases imperativas:
Lembre-se do seu Criador! (Ec 12.1)
Tema a Deus! (Ec 12.13)
Guarde os seus mandamentos! (Ec 12.13)
         Lembre-se: Ele nos deu a vida, aqui na terra e principalmente a vida eterna! Se nos lembrarmos disso, lembraremos que somos amados, cuidados e aguardados para uma grande festa em família nos céus.  Temer a Deus e guardar os seus mandamentos é a consequência de se lembrar dele. Quando tomamos conhecimento do infinito amor que Ele tem a consequência é um profundo respeito e uma dedicação máxima à obediência, convictos de que essa é a maior forma de agradecê-lo pelo maravilhoso e incomparável presente que Ele nos deu, a vida.

Não só na Páscoa, mas todos os dias é dia de agradecer a Deus pela vida! Jesus entregou a dEle em troca da nossa! E no terceiro dia, Ele ressuscitou, por isso, não temos motivos para chorar, mas para celebrar a vida dEle e consequentemente a nossa.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Cristão Raiz x Cristão Nutella

                 Nos últimos meses o meme que tomou conta das redes sociais está relacionado a comparação do “eu raiz” e do “eu nutella”. Se você não sabe do que estou falando, a comparação raiz e nutella visa mostrar a diferença de quem é autêntico e de quem que foi “nutelizado” e por isso se tornou uma versão mais fresca.
         Na Bíblia podemos encontrar também uma comparação parecida na parábola do semeador (Mt 13.1-23; Mc 4.1-20; Lc 8.1-15). Nessa parábola é contada a história de quatro tipos de sementes que caíram em quatro lugares distintos como podemos ver a seguir:
“Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram”. Mateus 1.4
“Parte dela caiu em terrena pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz”. Mateus 1.5-6
“Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas”. Mateus 1.7
“Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um”. Mateus 1.8
         Jesus explica a parábola ao longo do capítulo dizendo que a primeira semente que caiu à beira do caminho, trata-se de quem ouve a mensagem do Reino e não a entende, a semente que caiu em terreno pedregoso são os cristãos frutos da empolgação, que ainda não tem raiz e que assim como aceitam rapidamente a mensagem, tendem a “morrer” também rapidamente, porque esses não têm raiz. A semente que caiu entre os espinhos são os que não conseguem focar no Evangelho, porque estão muito ocupados com as demais coisas. E a semente que caiu em boa terra são os que ofereceram um terreno fértil e profundo para que o Evangelho entrasse e fosse enraizado. Esses são os que terão frutos para colher e que desfrutarão do reino dos céus.
         Posso dizer que o cristão nutella pode ser comparado à segunda e terceira semente, já que a primeira nem chegou a se tornar algo. O cristão nutella ou é fruto de empolgação ou é alguém que trata o Evangelho como algo comum e não como algo a mais, indispensável. A atitude de alguém assim é de servir a Deus com interesses distorcidos e com data de validade.
         O cristão raiz é aquele que entende que estar em Cristo é viver uma vida de renúncia. É aquele que entende que o cristianismo consiste em dar frutos e que só conseguiremos isso quando o Evangelho estiver enraizado em nós.
         Não podemos viver um Evangelho nutelizado, mas um Evangelho genuíno, por isso precisamos de um conhecimento profundo da palavra de Deus.
         Será que temos feito do nosso coração e mente um terreno fértil para que o Evangelho se adentre e produza frutos? Que o semeador encontre em nós uma terra boa capaz de produzir o que só o Evangelho é capaz de produzir, vida eterna.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Atitudes que inspiram

         Um dos livros da Bíblia que mais gosto é o livro de Atos dos Apóstolos que pode também ser chamado de Atos do Espírito Santo. O próprio nome diz muito sobre o livro, atos dos apóstolos e não pensamentos dos apóstolos, orações dos apóstolos, conversas dos apóstolos, postagens dos apóstolos.
         Não só no livro de Atos, mas em toda a Bíblia você encontrará atitudes inspiradoras. Atitudes que nos fazem pensar nas nossas próprias atitudes. Atitudes dignas de reconhecimento, admiração e imitação.
         Precisamos nos preocupar com o sermão que temos pregado através das nossas atitudes. Expor um pensamento, uma ideia, não é difícil. Agora demonstrar na prática aquilo que pensamos ou propomos é que é um baita desafio. No sermão da montanha Jesus disse:
“[...] mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus”. Mateus 5.19
         Observe que praticar vem antes de ensinar. Um professor de matemática por exemplo, apresentará uma fórmula nova após provar na prática a veracidade e a eficácia de tal fórmula. Não há como ensinar aquilo que não conhecemos. Porém, infelizmente não é o que acontece nos púlpitos e até mesmo nas rodas de discussão presenciais e virtuais.
         Como bem disse, o pensador Albert Shweitzer:
“Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única”.
         Quando Jesus falou de amor, Ele mesmo se colocou como exemplo supremo:
“Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”. João 13.34
         O apóstolo Paulo também relata que Jesus é o exemplo supremo a ser seguido, e o próprio Paulo seguia o exemplo de Jesus, e fazia de tal forma que disse aos cristãos de Corinto que eles poderiam imitá-lo como ele imitava Cristo (1 Co 1.11). Forte isso não? Quantos de nós teríamos a audácia de dizer algo assim?
         Somos chamados para fazer a diferença, e só faremos a diferença quando as nossas atitudes forem semelhantes às atitudes do Senhor.

“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus”. Efésios 6.1-2

segunda-feira, 20 de março de 2017

Combatendo a fragilidade dos dias atuais

         Nos dias atuais nota-se que as pessoas andam cada vez mais frágeis. Matam ou se matam por muito pouco, se abatem, se decepcionam e ficam ofendidas por muito menos. Não em vão é que memes comparando o “eu raiz” o “eu nutella” se tornaram populares. Todos querem ser “raiz”, mas na maioria das vezes se comportam como “nutella”.
         O stress, a depressão, o suicídio e o homicídio só aumentam, o que comprova a fragilidade do ser humano. Precisamos buscar forças, mas no lugar certo ou na Pessoa certa.
         Quando refletimos sobre a carta aos Filipenses, na qual um dos versículos mais marcantes diz “Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se” (Fp 4.4), fica difícil aceitar que quem escreveu isso, o apóstolo Paulo, estava preso. Precisamos não só aceitar como entender o que o texto aos Filipenses quer nos ensinar. No livro de Neemias, no capítulo 8, no final do versículo 10 está escrito que “a alegria do Senhor é a nossa força”, o que nos dá novas perspectivas nos fazendo entender que nos alegrar no Senhor vai fazer de nós pessoas mais fortes.
         Voltando à carta aos Filipenses, ainda no capítulo 4, vemos o seguinte relato:
“[...] aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”. Filipenses 4.11-13
         Quando provamos uma comida muito gostosa e sabemos que há um segredo na receita, inevitavelmente a nossa curiosidade será despertada. E o que você me diz quando lê no texto acima o autor dizer que aprendeu o segredo de viver satisfeito? Esse segredo precisa ser compartilhado e é esse um dos objetivos da carta, mostrar que a satisfação em Deus é que faz de nós pessoas alegres e fortes. Gosto de um título dado à carta aos Filipenses citado pelo site gotquestions: “Recursos através do sofrimento”.
         Demonstrar alegria e força quando tudo vai bem não é difícil, mas se quando estivermos passando por dificuldades, quando tivermos grandes obstáculos lembrarmos que podemos tudo naquele que nos fortalece, sem dúvida alguma seremos reanimados e fortalecidos pelo Senhor.
         O segredo do contentamento está em reconhecer que “nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17.28) e lembrar que “em todas as coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37). Tendo essas convicções veremos as nossas provações não como algo que vem para nos abater, mas como algo que nos faz olhar para Jesus e dizer: Posso tudo naquele que me fortalece!

         Que diante da nossa fragilidade, a alegria do Senhor venha nos reanimar e nos fortalecer! 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Tudo está perdido! O que falta?

         Filhos não obedecem aos seus pais, funcionários não respeitam os seus patrões, membros não ouvem os seus pastores, esposas não são submissas aos maridos, cidadãos ignoram os governantes. Onde está o problema? Essa pergunta daria um livro hein? Mas vamos tentar fazer um breve resumo.
         Falta autoridade? Talvez para muitos o problema seja ausência de autoridade. Se o pai não for mais firme o filho não vai saber quem é que manda. Se o patrão não lembrar que é ele quem paga o salário o funcionário não vai respeitar mesmo. O pastor precisa se impor. O marido precisa tomar as rédeas do relacionamento. O governo precisa colocar o exército nas ruas, pois só assim ele será temido. Acredito sim que autoridades precisam ser respeitadas, mas não é o autoritarismo que irá produzir isso.
         Falta submissão? O problema talvez não seja com os pais, patrões, pastores, maridos e governantes, talvez o problema esteja do lado de lá. Os filhos, funcionários, membros, esposas e cidadãos é que não querem nada com nada. Não podemos generalizar, não é mesmo? A pergunta que faço é: o que gera submissão, respeito e/ou obediência?
         Falta sabedoria! Em muitos casos a crise não é de autoridade e muito menos de submissão, é ignorância mesmo. Ignorância no sentido de falta de sabedoria, dando origem à insensibilidade, impaciência, arrogância, dentre outras características reprováveis. O apóstolo Tiago deixa um precioso ensinamento em sua carta sobre a necessidade de buscarmos sabedoria em Deus:
“Quem é sábio e tem entendimento entre vocês? Que o demonstre por seu bom procedimento, mediante obras praticadas com humildade que provém da sabedoria. Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga e ambição egoísta, não se gloriem disso, nem neguem a verdade. Esse tipo de ‘sabedoria’ não vem do céu, mas é terrena, não é espiritual e é demoníaca. Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males. Mas a sabedoria quem vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera”. Tiago 3.13-17
         É a sabedoria que vem do alto que produz outros dois itens faltantes em muitos relacionamentos que falarei a seguir.
         Falta exemplo! É impossível se relacionar, ensinar, liderar apenas com palavras. O ditado que diz “faça o que digo e não o que faço” é uma grande furada. O Pr. Davi Lago gosta de dizer que “o exemplo não é a melhor maneira de liderar, é a única”. E podemos reforçar esse argumento levando para os nossos relacionamentos de um modo geral com o que disse o apóstolo Paulo aos Coríntios:
“Tornem-se meus imitadores, como eu sou de Cristo”. 1 Coríntios 11.1
         Cristo é sempre o maior exemplo a ser seguido em qualquer parte do relacionamento, seja liderando ou liderado, pai ou filho, marido ou esposa, cidadão ou governante. E sem sombra de dúvidas o maior exemplo que Ele nos deixou é uma das coisas que mais faltam em nosso mundo.
         Falta amor! Onde há amor, há respeito, paciência, compreensão, cumplicidade, dentre outras preciosidades. Jesus bem disse que nos últimos dias o amor se esfriaria (Mt 24.12) e isso é perceptível nos dias atuais. As pessoas querem ser amadas mas não querem amar e isso é impossível. Como também é impossível ser obedecido, correspondido e ouvido sem demonstrar algo que desperte interesse. Quando digo interesse, digo no bom sentido, tendo em vista plantar amor e colher mais amor ainda. O próprio Jesus disse:
“Se vocês me amam, obedecerão os meus mandamentos”. João 14.15
         É bom reforçar que Jesus não disse: se vocês perceberem o quanto sou poderoso e o quanto eu já abençoei vocês, o quanto estou acima de vocês. Ele disse: se vocês me amam.

         Que ao invés do autoritarismo, do medo e das coisas semelhantes busquemos a sabedoria que vem do alto para sermos exemplos de amor! Que Deus abençoe sua vida!
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