segunda-feira, 25 de abril de 2016

Quer pagar quanto?

         Quero começar esse texto falando sobre Maria. Não a Maria mãe de Jesus e nem Maria Madalena, mas a Maria de Betânia, irmã de Lázaro.
         Se você prestar atenção nos encontros de Jesus e Maria nos registros de Lucas e João verá que ela tinha como hábito estar aos pés de Jesus. Ela assim esteve em 3 situações distintas e por 3 motivos diferentes: aprender (Lc 10.39), chorar (Jo 11.32) e agradecer (Jo 12.1-3). O último registro talvez seja o mais relevante, pois foi o dia em que Maria ungiu Jesus.
O capítulo 12 de João começa contando que Lázaro, que havia ressuscitado estava presente. E isso já era um motivo de grande alegria para aquela família. Marta, mais uma vez, assim como consta em Lucas 10, está servindo. E então Maria aparece derramando cerca de 300 ml de perfume sobre os pés de Jesus, e, em seguida, secando com os seus cabelos. Algo que foi motivo de escândalo para Judas.
Aquele perfume valia 300 denários, e 1 denário era o pagamento por um dia de trabalho braçal, ou seja, se levarmos em conta o salário mínimo atual, aquele perfume valeria cerca de 9 mil reais, e se levarmos em conta que um homem que trabalha em serviço braçal ganha entre 100 e 120 reais por dia, aquele perfume valeria mais de 30 mil reais, ou seja, o salário de um ano.
Judas se escandalizou não porque tinha um coração motivado a ajudar os pobres, mas porque era um ladrão, alguém apegado ao dinheiro que teve a coragem de trocar Jesus por 30 moedinhas enquanto Maria estava disposta a dar o que tinha de mais precioso por amor a Jesus.
Jesus reconheceu a atitude de Maria e ainda disse que onde o evangelho fosse anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez seria contado (Mc 14.9) e o que estamos fazendo nesse texto, contando a história da mulher que tinha o hábito de se lançar aos pés de Jesus.
         O que chamou a atenção de Jesus não foi o valor financeiro daquela oferta, mas o que ela representava para quem a oferecia, pois Ele conhece o coração. Assim como a viúva que deu tudo o que tinha, 2 pequenas moedas de cobre, Maria também deu o que lhe custava como forma de gratidão.
Preciso dizer que nem sempre o que nos custa está relacionado a finanças. Podemos oferecer a Deus o nosso tempo, a nossa profissão, ou o que ele pedir de nós, como fez Abraão, que ofereceria seu próprio filho por amor ao Senhor. Deus se alegra com nossas renúncias.
Em Lucas 5, os versículos 27 ao 29 falam sobre quando Levi, mais conhecido por nós como Mateus, foi chamado para seguir Jesus. Ele era um publicano, um cobrador de impostos. Nos dias de hoje era como ter um emprego público muito bem remunerado sendo concursado, ou seja, Mateus tinha uma situação profissional estável, mas quando Jesus o chamou para ser seu discípulo, ele de pronto atendeu, e não só atendeu como ofereceu um grande banquete a Jesus em sua casa.
Mateus, Maria, Abraão e tantos outros nos fazem refletir sobre como temos ofertado ao Senhor. Será que temos demonstrado gratidão naquilo que fazemos? Será que como servos ou filhos temos dado a Ele algo que nos custe? Tenho certeza que o que Ele espera de nós não é leitura bíblica obrigatória, oração decorada ou visita de rotina em sua casa.
         Nada que fizermos ou renunciarmos será suficiente para pagar aquilo que Deus nos deu, salvação, porém, como forma de gratidão à bondade e ao amor de Deus Abraão também ofereceria o seu próprio filho, Mateus ofereceu o seu emprego, Maria o salário de um ano. E você? Quer pagar quanto?
         Que nada em nossas vidas seja obstáculo para demonstrar nossa gratidão a Deus!

sábado, 16 de abril de 2016

Reagindo às novidades

         Quando alguém lhe diz: “Tenho novidades! ”, qual é a sua reação? Geralmente esse anúncio nos leva a argumentação: são boas ou más notícias? O que acontece é que quase sempre a resposta é relativa, ou seja, depende do ponto de vista.
         A Bíblia nos fala de uma grande novidade, a novidade de vida:
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! ” 2 Coríntios 5.17
Se estamos em Jesus Cristo temos uma nova vida, uma nova casa, uma nova família. 
Agora voltando a falar de vida na terra, quais são às suas expectativas quanto às novidades do dia a dia?
As novidades te animam? É bom imaginar o que de bom vem por aí, num futuro próximo ou distante. É bom passar de fase! O apóstolo Paulo nos fala na carta aos Efésios “que o propósito é que não sejamos mais como crianças” (Ef 4.14), ou seja, há um propósito divino na nossa maturidade. Portanto, saiba desfrutar das coisas boas que as novidades irão lhe proporcionar. Enxergue as novidades como oportunidade de crescimento. Enxergue as novidades como colheita. Enxergue as novidades como o agir especial de Deus na sua vida.
As novidades te assustam? Novidades podem nos trazer responsabilidades, e isso também é prova de maturidade. Geralmente se assume responsabilidades quando se está preparado. Mas daí você pode pensar: e será que estou preparado (a) para novidades na vida profissional, acadêmica, afetiva, ministerial ou sabe se lá que área específica da sua vida?
Não se assuste! Se você não se sente preparado ou se tem dúvidas quanto a algumas questões, gostaria de lhe dizer que temos o material necessário para lidar com isso. A palavra de Deus é que nos vai ajudar nesse propósito.
A segunda carta à Timóteo foi certamente a última carta escrita pelo apóstolo Paulo. Nela o apóstolo fez questão de deixar tudo o que ele julgava ser importante para que Timóteo, um jovem pastor pudesse assumir novas responsabilidades como pastor, líder e porque não como homem. Diante de tantos ensinamentos preciosos gostaria de destacar um que se encaixa com a nossa temática:
“Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que lhe aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu”. 2 Timóteo 3.14
Essa recomendação é para você que aprendeu e tem aprendido princípios valiosos na Bíblia. Timóteo conheceu a palavra de Deus ainda criança, portanto ele aprendeu esses princípios importantes. A recomendação de Paulo é que ele permanecesse nesses princípios. Afinal, mais importante do que ter ciência dos princípios é permanecer neles, independente das mudanças, das novidades, sendo elas boas ou ruins. Ganhando ou perdendo, empregado ou desempregado, rico ou pobre, sadio ou enfermo, precisamos permanecer nos princípios que aprendemos na palavra de Deus.
O versículo 16, que vem na sequência do texto citado acima nos diz que a Bíblia é inspirada por Deus e nos serve para pelo menos quatro coisas:
     a)     Útil ao ensino – serve para nos mostrar o que é certo;
     b)    Repreensão – serve para nos mostrar o que não é certo;
     c)     Correção – serve para nos tornar certos;
     d)    Instrução na justiça – serve para nos fazer permanecer certos.
Portanto, diante das novidades, mudanças, diante da crise em que o país inteiro está passando, temos algo precioso à nossa disposição afim de nos fazer perfeitos, afim de nos preparar para toda boa obra. E toda boa obra vai da obra de Deus ao casamento, profissão, saúde e qualquer outra área da vida.
         Se tivermos a palavra de Deus em nossos corações e mentes estaremos sempre preparados para qualquer novidade, pois lembraremos por exemplo que:
O Senhor é o nosso pastor, nada nos falta!
Em Jesus, somos mais que vencedores!

         Que Deus lhe abençoe e lhe ajude a reagir bem a todas as novidades!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Obrigado!

Em Lucas 17.11-19 vemos a história de quando Jesus cura dez leprosos e apenas um desses volta para agradecer.
Imagine você ter uma sentença de morte anunciada. A partir de agora não terá mais contato com família e amigos. Viverá isolado e antes de falar “bom dia” ou “boa tarde” você deve apontar para você mesmo e dizer: “Imundo”. Sem contar as feridas que vão consumindo todo o corpo. O cabelo cai, as sobrancelhas desaparecem, as unhas amolecem e caem. Mais tarde os dedos das mãos e dos pés apodrecem e caem, as gengivas contraem-se e os dentes desaparecem, os olhos, o nariz, a língua, pouco a pouco desaparecem. Que doença terrível! Pior que o câncer, porque além do sofrimento no corpo, você ainda tinha que se isolar.
         Imagine então como alguém se sentiria sendo curado dessa doença. Imagine como você se sentiria tendo a sua sentença de morte revertida em vida. É por isso que os versículos 15 e 16 destacam com detalhes a atitude daquele homem que voltou para agradecer:
“Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu”.
         Nenhum daqueles homens poderiam fazer algo por si próprio, todos necessitavam da misericórdia divina para terem as suas vidas de volta, mas o texto nos mostra que apenas um reconheceu isso.
         É triste quando não há reconhecimento. Se a esposa faz uma comida diferente para agradar o marido e esse não percebe e tão pouco agradece, é triste, não é? Se o marido faz um dobrado, hora extra, vende as férias ou qualquer outro tipo de esforço para comprar um presente para a esposa e ela não valoriza, é triste, não é? Se o filho espera os pais morrerem para se dar conta da importância deles, também é algo triste, não é? Aqueles homens fizeram isso com Jesus naquele dia, receberam a bênção e não deram valor.
         É por causa da ingratidão que às vezes Deus não nos dá algo ou nos faz esperar um bom tempo para isso, para que possamos valorizar. Você tem algo para agradecer a Deus hoje? Tenho certeza que sim!
         O pecado fez de todos nós leprosos, pois ele nos consome pouco a pouco e nos leva à morte (Rm 6.23). Mas Jesus tomou sobre si as nossas enfermidades e dores (Is 53.4). Ele nos deu vida! Portanto, a salvação já é motivo suficiente para agradecer a Deus todos os dias, e além disso, a sua palavra ainda diz que Ele pode também nos dar muito mais do que pedimos ou pensamos (Ef 3.20). Também na carta aos Romanos vemos:
“Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? ”. Romanos 8.32
         É bom pedir, é pedindo que se recebe, e Deus não só pode dar como tem dado todas as coisas como saúde, família, emprego e tantas outras bênçãos. Portanto, que em nossas orações, além de pedidos e súplicas hajam também palavras de gratidão a Deus, pela vida e por todas as demais coisas que Ele tem nos proporcionado!

Deus é bom o tempo todo! Obrigado por tudo Senhor!
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