quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

TOP 10 - 2016

Em 2016 tivemos mais de 17 mil acessos em nosso blog. São mais de 10 países acompanhando e refletindo à luz da palavra de Deus! Toda Glória a Ele por isso!
Veja abaixo quais foram os textos mais lidos, comentados e compartilhados em 2016! 
Você pode ler ou reler clicando no título de cada texto.

10º - Diante de más notícias
Os tempos não são bons e as más notícias preencheram um grande espaço em 2016, talvez por isso, muitos leitores buscaram consolo à luz da palavra de Deus. Como é bom lembrar que em Deus temos refúgio, descanso e esperança!


9º - Desabafo
O nosso penúltimo texto postado no ano também aparece no nosso TOP 10. Será que os nossos leitores queriam desabafar ou queriam ver um desabafo? Se você leu esse texto diz aí nos comentários qual foi a sua motivação.




8º - Como você explica Deus?
Já dizia a canção do Preto no Branco que "Ninguém explica Deus"? Mas todos, crendo ou não, temos uma opinião sobre Deus, não acha? Qual seria sua explicação? Muita gente refletiu sobre isso. Espero que tenham encontrado um norte.






Esse texto foi escrito em Novembro de 2015, mas foi muito acessado em 2016. Talvez o objetivo dos leitores fosse saber se estavam investindo corretamente o tempo, dons e até mesmo as bençãos recebidas em prol do reino de Deus. A foto do post também pode ter ajudado, afinal, quem não se comoveu com a história dos heróis egípcios?


Talvez ao ver o título desse post, as perguntas sejam: é sério isso? Um blog de textos bíblicos fazendo referência a um filme de comédia romântica? Ou será que o Eberson agora faz parte do "Eu Escolhi Esperar"? Se você leu o texto viu que não é nada disso.



Escrito também em 2015 e com muitos acessos em 2016, o título trata-se de uma clássica frase de quem não está nem aí para a vida dos outros. Mas que abordagem seria essa? Uma exortação a nos preocuparmos mais com a vida dos outros? Nada disso! O objetivo é debater que tem coisa que é pecado para alguém e não é para outro alguém, mas ambos devem conviver em paz com isso. Quem não sabe quem é o cara aí do lado, pesquise "gafe miss universo" no google. hehe



Tem gente que se irrita quando se fala que crente come muito, mas veja qual texto ficou em quarto lugar. Brincadeira pessoal! O nosso blog é acessado por gente de várias crenças e religiões, e quem é que não gosta de churrasco, pescaria ou pamonha? Pelo menos um dos três deve te agradar, tenho certeza disso! 



Inaugurando o nosso pódio, temos um devaneio ilustrado pela biologia. Os seres humanos nascem, crescem, se reproduzem e morrem, mas o que a Bíblia fala sobre isso? Dá pra falar sobre isso em poucas palavras? Acho que não, mas a gente tenta resumir né?


Sabemos que a Bíblia é um livro atual, e fala de assuntos que muita gente nem imagina. O tema 'estupro' tomou conta dos noticiários no primeiro semestre de 2016, então, achamos viável falar sobre o assunto. E pelo visto, muita gente se interessou, o que trouxe esse texto à nossa segunda colocação.


E o nosso texto mais lido do ano fala de amor. E tem gente que ainda diz que o romantismo está acabando. Uma linda mulher é um clássico filme que fez muita gente chorar e que também fez muita gente acessar o nosso blog. Confesso que me espantei quando vi a repercussão desse texto. Quem seria essa linda mulher da Bíblia? Não sabe? Clica aí no link e descubra!


O que achou da lista? Faltou algum? Você se lembra de algum texto que falou ao seu coração e não está na lista? Deixe seu comentário, isso será importante para os posts de 2017.
Apenas pra finalizar, rola um boato aí que em 2017 tem livro novo hein? Será?

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O político e o religioso

         Se você acessou esse texto pensando que falaríamos sobre a ligação entre política e religião sinto muito lhe desapontar, pois esse não é o objetivo.
   Em Lucas 18 Jesus conta uma profundíssima parábola que talvez não seja tão bem assimilada quando não há esforço ou interesse para se entender quem eram os personagens da história, o fariseu e o publicano.
       Os fariseus eram legisladores, ou seja, homens que faziam parte da “assembleia legislativa” dos judeus (sinédrio). Eles eram populares mesmo sendo minoria no sinédrio, porque eram em sua maioria de classe média, tendo assim mais acesso à população do que os saduceus, por exemplo. Uma característica marcante dos fariseus era que, além das escrituras, eles tinham a tradição oral como complemento da lei, o que fazia deles legalistas.
Nos dias de hoje os fariseus seriam os religiosos que querem impor liturgias, rituais e sacralizar objetos, lugares e outras coisas, como se o sangue de Jesus não fosse suficiente para salvação e remissão dos pecados.
Quanto ao publicano, esse em outras traduções já é chamado de cobrador de impostos, o que revela a sua profissão e função. O que nem todos sabem é que o publicano ou cobrador de impostos era alguém mal visto naquela época, nos dias de hoje seria alguém com a reputação dos políticos.
Agora que você já sabe quem é quem visando a melhor compreensão da parábola faremos uma contextualização chamando o fariseu de religioso e o publicano de político, certo? Sabendo quem são os nossos personagens podemos seguir ao próximo passo, que é saber o que Jesus conta sobre eles. Jesus aborda a oração dos dois homens. Enquanto o religioso dizia para Deus o quanto ele, o próprio, era bom (Lc 18.11-12), o quanto ele era melhor que o político, o último batia no peito, pedindo misericórdia a Deus e não ousava olhar para o céu (Lc 18.13).
Jesus conclui dizendo que o político foi para casa justificado diante de Deus e não o religioso (Lc 18.14) o que nos faz pensar seriamente como tem sido as nossas orações. Será que oramos como o religioso arrogante e autossuficiente ou como o político pecador, porém reconhecedor da sua miserabilidade e necessidade da graça e misericórdia de Deus? Se somos salvos é por causa da benignidade e bondade de Deus e não nossa, precisamos ter ciência disso.
Busquemos o arrependimento genuíno e a mudança de mentalidade, pois, o desejo do Senhor é que religiosos, políticos e pertencentes a qualquer tipo de grupo ou classe sejam salvos (1 Tm 2.4), mas para isso é necessário arrependimento e fé. Como bem disse Pedro:
“Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor, e ele mande Cristo, o qual lhes foi designado, Jesus”. Atos 3.19-20
Voltemo-nos para Deus! Ele é bom e o seu amor e sua misericórdia duram para sempre!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Desabafo

         Às vezes precisamos desabafar. Os problemas vão acumulando e ficamos a ponto de explodir. As grandes questões são saber como e com quem faremos isso. Nesse texto pretendo apresentar uma solução, conhecida, mas talvez esquecida por muitos.
         Os desabafos dos dias de hoje costumam vir em forma de post, áudio, vídeo, muitas vezes sem mensurar o público espectador. Daí, muita gente que não precisava ou não gostaria de ver ou ouvir o tal lamento é alcançada. Há quem se compadeça e quem se prontifique a ajudar, mas há também gente mal intencionada que se aproveita desse tipo de situação para prejudicar as pessoas.
         Pesquisando a palavra desabafo no dicionário encontramos algo como “franca expansão de sentimentos e pensamentos íntimos”. Quero dar uma ênfase na palavra ‘íntimo’. O desabafo costuma ocorrer em momentos de indignação e nem sempre precisa ser público. Jesus falando sobre oração em Mateus 6, antes de citar a oração que conhecemos como a oração do “Pai Nosso” diz:
“Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará”. Mateus 6.6
         É curioso o fato desse versículo vir após o texto que Jesus nos ensina a fazer o bem de forma discreta, longe dos holofotes (Mt 6.1-4), e antes de nos ensinar a orar (Mt 6.9-13). O que aprendemos ao longo do contexto do capítulo 6 de Mateus é que o que fazemos de bom e o que pedimos a Deus não precisam ser revelados às pessoas a nossa volta, pois quem nos recompensa pelo bem e quem atende os nossos pedidos já está nos observando no privado. Compreende? Não precisamos ficar contando os problemas para os outros, sem filtro. Familiares e amigos podem nos ajudar em momentos de dificuldade, mas o bate-papo mais eficaz sempre será na oração.
O Senhor sabe o que precisamos antes mesmo de pedirmos (Mt 6.8). Se levarmos os nossos problemas e as nossas indignações a Ele, não só teremos um excelente e suficiente ouvinte como teremos os nossos corações e mentes preenchidos com a paz que excede todo o entendimento (Fp 4.8).
         Portanto, não perca tempo se expondo diante de quem não pode fazer nada para ou por você, mas desabafe com quem realmente se importa contigo a ponto de dar a vida por você!
         É melhor ter uma vida de intimidade e confiança em Deus do que fazer da nossa intimidade uma grande exposição. Pense nisso!

         Que Deus abençoe sua vida e te dê paz!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O novo mandamento

         Pouco tempo antes de ser crucificado Jesus se reuniu com os discípulos. Houve a chamada “última ceia” e também foi nessa noite que Jesus lavou os pés de cada um dos seus discípulos mostrando mais uma vez que veio para servir e ensinar o que é servir.
         Após esses acontecimentos o clima ficou tenso, pois Judas foi desmascarado e partiu para fazer o que “tinha” que fazer. E depois que Judas saiu, Jesus nos deixa algo que ele mesmo chama de novo mandamento:
 “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso, todos saberão que vocês são os meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. João 13.34-35
É através do amor que somos reconhecidos como filhos de Deus, como discípulos do Senhor Jesus. O amor é o novo mandamento, o décimo primeiro mandamento.
         Em Lucas 10 Jesus concordou com o mestre da lei quando o mesmo resumiu os dez mandamentos na palavra amor. O amor de todo o coração, toda a alma, todas as forças e todo o entendimento (Lc 10.27). Então o que esse mandamento tem de novo?
         O mandamento é novo porque a extensão é maior. Charles Spurgeon disse que “Cristo nos amou melhor do que amamos a ele”. Compreende isso? Amar o próximo como Cristo nos amou é amá-lo mesmo ele não merecendo nada disso, ou seja, não se trata de corresponder um amor, mas de dar amor incondicionalmente.
         O mandamento é novo porque o motivo é mais profundo. No texto dos dez mandamentos (Ex 20.2) o Senhor começa dizendo: “Eu sou o Senhor, o teu Deus, que tirou do Egito, da terra da escravidão”, mas em 2 Coríntios 5.15 está escrito que “Ele morreu por todos”, ou seja, não é só um favor, mas o favor.
         O mandamento é novo porque não é fruto de algo natural, mas de algo sobrenatural. O novo homem não é obra do natural, mas do sobrenatural. Uma vez que nascemos em Jesus, somos frutos de uma semente incorruptível (1 Pe 1.23), fomos gerados pelo Espírito Santo por meio da palavra de Deus e isso significa que em nós habita um caráter divino, consequentemente um amor que não perece (1 Co 13.8).
Portanto, o novo mandamento consiste em amar as pessoas ao nosso redor de uma forma grandiosa, profunda e sobrenatural. É assim que as diferenças e os demais obstáculos em nossas vidas serão superados. É assim que os nossos relacionamentos serão frutíferos. É assim que seremos abençoados e abençoadores.
O filho, o discípulo é reconhecido por Deus e pelos homens pelo amor, então, obedeçamos o novo mandamento deixado por Jesus. Amemos uns aos outros como Ele nos amou!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Diante de más notícias

         É muito bom ter boas novas para contar e ouvir, porém, nem sempre é assim, não é mesmo? Às vezes somos obrigados a ter que lidar com más notícias. E se existe um livro que fala de como lidar com o sofrimento, esse livro é a Bíblia. Portanto, vamos explorar um pouco disso!
Lendo o livro de Neemias, já no capítulo 1 nos deparamos com a sua reação ao receber más notícias:
“Quanto ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando, jejuando e orando ao Deus dos céus”. Neemias 1.4
         Neemias era copeiro do rei da Pérsia (Ne 1.11), Artaxerxes. Foi um dos poucos que se deu bem, mesmo em território inimigo. Ele queria ter informações da sua terra natal, Jerusalém, mas como podemos ver abaixo, as notícias não foram nada boas:
“Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província, passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas destruídas pelo fogo”. Neemias 1.3
         Que situação! Dá mesmo vontade de chorar. Muitos no lugar de Neemias ficariam tristes por um momento, mas depois logo se esqueceriam ou aplicariam o anestésico de cada dia, aquele que nos faz ficar tristes e indignados por um momento, mas que depois passa.
         Neemias sabia que o cativeiro do povo israelita era castigo de Deus devido à desobediência, mas isso não aliviava a dor. Então, o que fazer?
         A diferença entre as pessoas egocêntricas e as altruístas é a reação diante dessas circunstâncias. Enquanto o egocêntrico não age se não enxergar nada a ganhar se preocupando com os problemas dos outros, o altruísta se coloca no lugar do próximo e age justamente como gostaria que agissem se ele estivesse do outro lado.
         As más notícias incomodaram, por isso Neemias chorou. O incômodo fez com que ele orasse buscando em Deus uma solução para o sofrimento do seu povo. E não ficou só nisso. No capítulo 2 vemos Neemias apresentar um projeto de restauração dos muros de Jerusalém que envolvia renúncia e riscos para ele. Isso mostra que ele fez do problema do seu povo, um problema seu. Ele ouviu a má notícia e chorou, mas isso não o impediu e sim contribuiu para que depois refletisse sobre como poderia lidar com aquilo e se colocasse à disposição para reverter aquele quadro.
         Diante de más notícias o que Deus espera de nós não é apenas choro e lamentação, mas oração e ação. Precisamos sim clamar pelos que sofrem, mas precisamos também ser a resposta de oração.
Que possamos reagir diante do mal não pensando em apenas se dar bem, mas em também fazer o outro bem. As lágrimas de Neemias não se tratavam de um pensamento egoísta, mas altruísta.
Aproveitando o assunto em questão, quero lembrar que, em tempos de eleições o altruísmo precisa reinar. E quando digo isso, não digo em relação aos candidatos, mas ao povo. Não podemos escolher o candidato que vai proporcionar melhoria para o meu bairro, minha família ou meu grupo de amigos, mas aquele que fará o melhor pela nossa cidade, estado ou país. Compreende?

         Que as más notícias de hoje nos façam chorar, refletir e agir pensando em que tipo de notícias queremos ver e/ou ouvir amanhã!

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Mocinho ou vilão?

         Mocinho ou vilão? Inocente ou culpado? Oprimido ou opressor? Nem sempre é fácil saber qual é o lado correto, quem está falando a verdade etc. Há o ditado que diz que “a voz do povo é a voz de Deus”, mas sabemos que isso não é verdade, pois o povo frequentemente se engana.
         A Bíblia conta em Lucas 19 quando Jesus resolveu se hospedar na casa de um homem chamado Zaqueu, algo que foi motivo de escândalo para toda uma cidade.
“Todo o povo viu isso e começou a se queixar: ‘Ele se hospedou na casa de um ‘pecador’” Lucas 19. 7
         Para os judeus, os publicanos, como Zaqueu, eram sempre vilões, os samaritanos também. E para nós? Será que em nossos dias há também aqueles que são julgados devido à classe em que pertencem? Vejamos alguns dilemas: Os policiais são todos corruptos? Os moradores da favela, os corintianos ou os flamenguistas são bandidos? As mulheres são todas más motoristas? Os ricos são todos miseráveis? Poderíamos gastar um bom tempo com esses dilemas. São muitos Zaqueus em nossos dias.
         Temos facilidade em enxergar o erro do outro, além de rotulá-lo, mas temos dificuldade de enxergar os próprios erros e aceitar rótulos. O fato de estarmos em Jesus não nos isenta a erros, continuamos lutando contra o pecado. A Bíblia diz que se estamos em Jesus somos nova criatura (2 Co 5.17), mas ela diz também que não há um justo sequer (Rm 3.10), todos pecaram (3.23), portanto, somos todos culpados, somos todos vilões. Jesus morreu por causa de homicídios, assaltos e furtos, mas também por causa de mentirinhas, fofocas e vícios. Todos os nossos crimes colaboraram para o seu sofrimento e morte. A grande questão é que hoje, Deus não nos chama pelo nosso pecado, ele não nos dá esse rótulo. Não nos chama de mentiroso, imoral, desobediente ou viciado. Ele nos chama de filho. Isso se chama graça!
         A graça faz do vilão o mocinho. Jesus olhou para Zaqueu e se hospedou em sua casa não porque ele era mocinho, mas porque ele também era um vilão que precisava da graça de Deus para se tornar um mocinho. E para que a graça de Deus se manifeste em nossas vidas precisamos enxergar o vilão que há em nós!
Na carta aos Romanos, no capítulo 5, versículo 20 está escrito que onde abundou o pecado, superabundou a graça. O grande problema é quando queremos receber graça de Deus sem apresentar os nossos pecados. Jesus em Mateus 7 prega contra a hipocrisia, ele nos ensina primeiro a tirar a trave do nosso olho para depois se preocupar com o cisco no olho do irmão. Um bom exemplo de autoanálise podemos ver em Isaías. No capítulo 5 você verá o profeta dizendo: “Ai de vocês gananciosos (Is 5.8)! Ai de vocês cachaceiros (Is 5.11)! Ai de vocês incrédulos (Is 5.18)! Ai de vocês falsos profetas (Is 5.20)! Ai de vocês que se acham (Is 5.21)! Ai de vocês juízes injustos (Is 5.22-23)!”. Mas no capítulo 6, onde ele registra o chamado de Deus em sua vida ele diz: “Ai de mim (Is 6.5)!”.
Zaqueu poderia ser visto como alguém autossuficiente, mas a sua busca por Jesus mostrava que nele havia uma sede de justiça, graça e misericórdia. Outra coisa que nos surpreende na vida de Zaqueu é que ele não era o vilão que as pessoas pintavam, pelo menos não é isso que o texto nos conta. Quando ele diz para Jesus que dava aos pobres metade do que tinha (Lc 19.8) veja que está no presente e não no futuro, ou seja, aquilo já era uma realidade em sua vida, mas ele não quis ficar se justificando às pessoas na rua, mas fez isso diante de Deus.
         O que salvou Zaqueu não foi a sua generosidade, mas a sua fé. A fé de Zaqueu foi demonstrada também através de obras, e por isso a graça de Deus esteve sobre ele e houve salvação em sua casa!
         Saiba que não importa se você é rico ou pobre, branco ou negro, homem ou mulher, Jesus morreu por você.  Não importa se as pessoas o veem como mocinho ou vilão, o que importa é que você enxergue o vilão que há em você para que a graça de Deus possa te alcançar.

         A maioria das histórias que vemos nos quadrinhos e no cinema são de heróis imperfeitos que tem como missão salvar a humanidade dos bandidos. Mas o nosso Herói não é de mentira, além de ser perfeito. Ele verdadeiramente veio ao mundo para nascer, viver e morrer para que os criminosos que crerem nEle não pereçam, mas tenham a vida eterna.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

O virgem de quarenta anos

         Antes de apresentar os nossos personagens de hoje, é bom lembrar que um homem virgem de quarenta anos não era nenhuma novidade na narrativa bíblica, principalmente na era patriarcal. Abraão se casou por volta dos 49 anos, Jacó com 47, José também depois dos 30. Talvez seja porque eles viveram mais de 100 anos, mas isso não vem ao caso em nossa história. O virgem que contaremos a história é Isaque e sua esposa foi Rebeca, mas veremos no decorrer da história que vários outros personagens foram importantes para que esse romance acontecesse.
         O romance de Isaque começa com seu pai, Abraão. Como assim? Ele entendendo que estava perto de sua morte, organiza as coisas para dar continuidade à sua descendência. Abraão chama o seu servo mais velho, provavelmente Eliezer, e então pede que ele faça um juramento. Quando alguém pedia para outra pessoa colocar a mão debaixo de sua coxa (Gn 24.4) era algo sério, tratava-se de um juramento de morte. E o que era tão importante assim? A busca por uma esposa para Isaque, ou melhor, a busca pela esposa de Isaque. Não se tratava de uma qualquer, mas daquela que Deus tinha para ele. É diferente!
         Abraão pede ao seu servo para buscar a esposa para Isaque em sua antiga terra (Gn 24.4). Se isso acontecesse hoje seria um tanto curioso, já que a antiga Mesopotâmia hoje é o Iraque e parte da Síria.
         O servo de Abraão entende a missão, mas logo pergunta no versículo 5: “E se a mulher não quiser vir a esta terra? ” (Gn 24.5). Se a mulher não quisesse mudar para Canaã, hoje Israel? Será que Eliezer deveria fazer com que Isaque voltasse para antiga terra de seu pai? A resposta vem no versículo 8: “Se a mulher não quiser vir, você estará livre do juramento. Mas não leve o meu filho de volta para lá” (Gn 24. 8). Não há registros, mas dá para imaginar o suspiro aliviado de Eliezer ao topar a missão dada por seu patrão com essa condição. A preocupação dele era justa, certamente ele se lembrara da promessa de Deus a Abraão no início de tudo (Gn 12.1-2).
#PartiuMesopotamia
         Entendendo o que deveria fazer Eliezer pede direção ao Senhor (Gn 24.12). Agora percebe-se porque Abraão confiava nele, não é mesmo? Era alguém temente a Deus, digno de total confiança nessa tarefa. Já vi muita gente brincar de fazer prova com Deus. Usam coisas isoladas para “ouvir” Deus falar. Pedem confirmações através de fatos nada relevantes para a questão. Era como se basear um pedido de demissão tendo como confirmação de Deus a vitória do seu time no fim de semana. Não faz o menor sentido.
         O servo de Abraão pede um sinal para Deus destacando as qualidades de sua futura patroa. Aquela que não desse água somente a ele, mas também aos 10 camelos que estavam com ele, essa sim seria a mulher de Isaque (Gn 24.14). Menina prendada, atenciosa, trabalhadora. Apenas para informação, Eliezer tinha andado 800km. Consegue imaginar a sede daqueles camelos? Um camelo só conseguiria beber 90 litros de água. Imagine 10! Imagine quantos cântaros Rebeca não pegou até saciar os 10 camelos! Realmente era uma moça diferente. Além de bonita e prendada, deveria ter um bom preparo físico, não é mesmo?
         Quando Rebeca terminou seu trabalho árduo, Eliezer colocou nela um pendente e duas pulseiras de ouro (Gn 24.22). Esses presentes valiam um ano de trabalho. Depois disso, começa a entrevista com a candidata à nora de Abraão: De quem você é filha? Será que não dá para eu e alguns rapazes dormir na casa de seu pai? (Gn 24.23). Rebeca faz então a grande revelação: ela era neta de Naor, irmão de Abraão, ou seja, ela era a filha do sobrinho de Abraão, prima segunda de Isaque. Que maravilha! Do jeito que o patrão pediu a Eliezer.
         Eliezer é muito bem recebido na casa de Betuel e na hora do jantar diz que queria dizer o que estava fazendo ali antes de jantar. E Labão, irmão de Rebeca, diz logo: Desembucha! (Gn 24.33). Eliezer então conta toda a história. Fala como está Abraão, explica sua missão e toda a sua trajetória e faz o pedido de casamento em nome de Isaque (Gn 24.34-49). Não deu outra. Sem pestanejar Betuel e Labão entenderam que aquilo era de Deus e liberaram a Rebeca para seguir viagem com Eliezer.
         Antes de seguir viagem Rebeca deu o seu “sim” (Gn 24.58), confirmando que os planos de Deus são perfeitos e que ela estava de coração aberto para aquele relacionamento.
#PartiuCasamentoEmCanaa
         Isaque estava no campo, meditando, ou seja, era alguém pensativo, quando avistou uma caravana (Gn 24.63). Rebeca notou que alguém os observava e vinha ao encontro da caravana, e quando descobre que é o seu noivo trata de se cobrir (Gn 24.64-65).
         Devido a distância dos parentes da noiva e da morte da mãe do noivo, não houve festa, eles consumaram o casamento na tenda da mãe do noivo e então seguiram suas vidas, agora como marido e mulher.
         Muita gente tem dificuldades de aceitar que um casamento arranjado como foi o de Isaque e Rebeca tenha ocorrido algum romantismo, mas, não é o que o texto os capítulos 24 e 25 de Gênesis nos mostram. Ao longo de toda a história entendemos que Deus havia feito Rebeca para Isaque e vice-versa. Eles tinham o mesmo número, eram o encaixe perfeito, assim como creio que Deus tem para cada um. Você já encontrou o seu?
Você solteiro(a) e que ainda não está namorando, lembre-se que os tempos mudaram, mas o Deus do passado é o mesmo Deus de hoje. O Deus que uniu Isaque e Rebeca, é o mesmo Deus que unirá você à sua metade.
Você que está namorando, o seu namorado é o seu número? A sua namorada é realmente a sua costela perdida? Se você não sabe ou não tem certeza, com o tempo saberá. O namoro existe para vocês decifrarem isso, pois é a fase onde um conhece melhor o outro, dentro claro dos limites determinados pela palavra de Deus.

         Antes de encerrar, quero deixar claro que não estou aqui pregando para você rapaz esperar os seus 40 anos e então enviar alguém para buscar uma esposa para você e nem você moça de esperar alguém vir te buscar na casa do seu pai. Estou utilizando essa belíssima história de amor para lhe dizer para entregar o seu coração ao Senhor. Entregue seu relacionamento para ele direcionar, pois os caminhos dele são perfeitos. Dele é que nasce o SIM para a vida toda!

quinta-feira, 28 de julho de 2016

A turma do amendoim

         Você faz parte da turma do amendoim? Esse nome foi dado pelo técnico Felipão, na época em que ele dirigia o Palmeiras, fazendo referência aos torcedores que ficavam atrás do banco de reservas comendo amendoim, reclamando em cada passe errado do time ou em cada ação do treinador do time, principalmente com o time perdendo.
         A turma do amendoim é repleta de gente não entra em campo, mas gosta de apontar os erros de quem está lá dentro. Quando digo isso, não falo apenas de futebol. A turma do amendoim está presente nos relacionamentos, nos negócios, na família, e até na igreja, sim, na igreja também.
         Quando esses críticos vão para a internet são chamados de haters, e tem para todos os gostos e todos os assuntos, alguns mais comedidos e outros bastante ofensivos, a grande maioria sem um pingo de piedade.
         E o que será que a Bíblia diz sobre tudo isso? No fim da primeira carta à Timóteo temos um precioso ensinamento quanto a esse comportamento:
“Timóteo, guarde o que lhe foi confiado. Evite as conversas inúteis e profanas e as ideias contraditórias do que é falsamente chamado conhecimento; professando-o, alguns desviaram-se da fé. A graça seja com vocês”. 1 Timóteo 6.20-21
         A turma do amendoim gosta muito de se colocar no lugar do outro, sempre contando alguma vantagem, pois bem, se você faz parte ou não dessa turma, convido você agora a se colocar no lugar de Timóteo, observe atentamente o conselho do apóstolo Paulo.
         Guarde o que lhe foi confiado! Quando o apóstolo Paulo se refere ao que foi confiado a Timóteo ele está falando de fé (2 Tm 1.13-14). Isso significa que Timóteo, assim como nós, deveria compartilhar aquilo que foi depositado sem tirar nem pôr, ou seja, trata-se de preservar o puro, não misturar joio e trigo. E como fazer isso? Através de três atitudes listadas a seguir:
Evite as conversas inúteis! Temos a mania de querer saber mais do que quem já fez ou faz as coisas a muito mais tempo que nós. É a famosa sina de querer ensinar o padre a rezar a missa. O fato é que não precisamos dar opinião sobre tudo. Não precisamos ter sempre que atacar ou defender alguém para demonstrar conhecimento. O tolo se passa por sábio quando se cala (Pv 17.28).
Evite as conversas profanas! Gosto de ouvir opiniões, mas o excesso de palavrões em alguns textos e vídeos me tiram do sério e me fazem desistir de ver alguns materiais. Quem não consegue expor seu ponto de vista sem ofender o próximo demonstra fraqueza e insegurança. O Rev. Hernandes Dias Lopes afirma que “aqueles que se entregam aos falatórios inúteis e profanos tornam-se piores e se degradam ainda mais”.
Evite as ideias contraditórias! Muitos querendo demonstrar conhecimento acabam se contradizendo. Esbanjam habilidade na oratória, mas pecam na fundamentação. Se tratando de assuntos teológicos, muitos “mestres” erram por não conhecerem as escrituras (Mt 22.29), se perdendo no básico.
Deixemos o amendoim, a pipoca, o refrigerante, o café, a inveja, a insegurança, a desconfiança e tudo o que nos acompanha quando tentamos atingir o próximo com nossas críticas e nos alimentemos um pouco mais de amor, compaixão, pró-atividade e disponibilidade para, ao invés de desviar do caminho da fé, possamos encontrar os que estão perdidos convidando-os a nos acompanhar nessa difícil, porém, vantajosa caminhada que tem como destino o reino dos céus.
Que a graça do Senhor Jesus esteja com você!

BIBLOGRAFIA
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
STOTT, John R. W. A mensagem de 1ª Timóteo e Tito: a vida da igreja local: a doutrina e o dever. São Paulo: ABU Editora, 2004.

terça-feira, 12 de julho de 2016

No meio do caminho tinha uma pedra

         Como você lida com as pedras em seu caminho? Provavelmente você já deve ter visto o popular poema de Carlos Drummond de Andrade intitulado “No Meio do Caminho”. Creio que os versos mais fortes do poema são:
“Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra”.
         O que seria a pedra? Estudiosos afirmam que o autor se referia a obstáculos, problemas que temos que lidar durante o caminho, a vida.
         Todos passamos por problemas. Jesus afirmou que no mundo teríamos aflições, dificuldades, obstáculos, mas no mesmo versículo, João 16.33, ele diz:
“[...] contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”.
         Em outras palavras, Jesus disse: “Haverá pedras no caminho!” Mas como vamos lidar com essas pedras? Com ânimo, confiando em Deus, pois isso faz toda a diferença. Procurando pedras no caminho de personagens bíblicos, encontramos atitudes exemplares que podem nos dar ânimo para prosseguir. E esse é o objetivo, como bem disse o apóstolo Paulo na carta aos Romanos:
“Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo precedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança”. Romanos 15.4
         Vamos aos exemplos!
         Jacó quando se deparou com uma pedra no caminho, fez dela um travesseiro (Gn 28.11) e depois construiu um altar com ela (Gn 28.22), dando início à sua viagem de peregrinação para a terra em que Deus o prosperaria, mas não sem ter que lidar com outras pedras.
Moisés em meio ao deserto, diante de uma grande pedra que era a sede de milhares de pessoas tirou água de uma outra pedra (Ex 17.6).
Samuel depois de derrotar uma grande pedra que era o domínio dos filisteus, pegou uma das pedras em seu caminho e a chamou de Ebenézer, dizendo: “Até aqui o Senhor nos ajudou” (1 Sm 7.12).
A famosa história de Davi também nos conta que uma pedra e uma funda foi o suficiente para ele derrotar o gigante Golias, a pedra temida por todo um exército (1 Sm 17.50).
         Haverá pedras no caminho, mas em Jesus somos mais que vencedores (Rm 8.37). Ele é quem transforma as pedras em instrumentos de bênçãos. Ele é a pedra viva, a pedra angular e aquele que nela confia jamais será envergonhado (1 Pe 2.6).
         Se crermos nessa palavra não diremos que havia uma pedra no caminho, mas que a pedra é o caminho, a verdade e a vida.

         Que o Senhor abençoe sua vida e lhe dê animo diante das demais pedras!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Um abraço vale mais do que mil palavras

         Para você, quanto vale um abraço? Temos na Bíblia um relato que nos leva a refletir sobre isso.
         Quando Paulo e sua caravana missionária se reuniu em Trôade temos um grande acontecimento, uma ressurreição. Mas antes de chegar nesse milagre gostaria de atentar para alguns detalhes.
         Lucas, o escritor do livro de Atos nos relata que um dia antes de ir embora, Paulo estendeu a reunião falando até meia noite (v. 7). Para não termos dúvidas de que o discurso foi longo, temos o relato do versículo 9:
“Um jovem, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormeceu profundamente durante o longo discurso de Paulo [...]”.
         Creio que precisamos ir à casa do Senhor com ânimo e disposição. Isso quer dizer que precisamos nos esforçar para ir à igreja com a “bateria carregada” para oferecermos o nosso melhor à Deus e também para não dormir e consequentemente passar vergonha na frente dos irmãos.
Agora levando em conta os dias de trabalho ou estudos esgotantes, a semana cheia de atividades e às vezes alguns imprevistos, entendemos que dormir na igreja não é o fim do mundo, principalmente quando o culto ou a pregação é prolongado. O grande problema é que Êutico adormeceu sentado em uma janela no terceiro andar. A essa altura você já consegue imaginar o que aconteceu, não é mesmo? Veja a sequência do versículo 9:
“[...] Vencido pelo sono, caiu do terceiro andar. Quando o levantaram, estava morto”.
         Nesse momento todos os sonolentos despertaram, certamente houve um grande alvoroço naquele lugar. Então Paulo para de falar por um momento e age:
“Paulo desceu, inclinou-se sobre o rapaz e o abraçou, dizendo: ‘Não fiquem alarmados! Ele está vivo’”. Atos 20.10
         Depois disso Paulo aprendeu a lição. Parou de falar? Não. Serviu o lanche para despertar o sono do povo e depois falou até o amanhecer e foi embora (v. 11).
         Brincadeiras à parte, o que gostaria de trazer à reflexão é que muitas vezes um abraço ou alguma outra atitude de amor ou piedade irá dizer mais do que mil palavras. Possivelmente depois de um tempo, o discurso de Paulo naquela noite ou naquela madrugada foram esquecidos pelos que ali tiveram, mas dificilmente esqueceram do abraço que trouxe vida.
“Levaram vivo o jovem, o que muito os consolou”. Atos 20.12
         Os nossos abraços também pode trazer vida e consolo. Vivemos em tempos de aflição, onde muitos choram e a natureza geme (Rm 8.22). Ao invés de questionar o sono dos Êuticos ao nosso redor, ofereçamos consolo, vida. Afinal, todos estão aguardando com expectativa a manifestação de amor dos filhos de Deus (Rm 8.19). Portanto, estejamos mais dispostos a demonstrar amor ao próximo, a dar abraços, a enxugar as lágrimas do que choram, a oferecer ajuda aos necessitados do que a ter um discurso convincente.

“Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. 1 João 4.8

terça-feira, 28 de junho de 2016

De onde vem a sabedoria?

Onde encontrar sabedoria? Como se tornar sábio? Você já se fez essas perguntas? No mundo de concorrência e maldade em que vivemos, ter um QI elevado nos trará benefícios incalculáveis. A sabedoria é um elemento crucial para o sucesso em todas as áreas da vida. Tendo sabedoria podemos dar a volta por cima diante dos diversos problemas que nos assolam.
A Bíblia conta a história de Jó, que durante o seu sofrimento refletiu sobre isso.
“Onde porém, se poderá achar a sabedoria? Onde habita o entendimento?”. Jó 28.12
A sabedoria é uma preciosidade única, pois o seu valor é incomparável. Jó lembra que outras preciosidades possuem locais onde se pode procurar:
“Existem minas de prata e locais onde se refina ouro”. Jó 28.1
         Mas onde fica a mina da sabedoria? Onde se refina o conhecimento? Vejamos um pouco mais dos argumentos de Jó:
“O abismo diz: ‘Em mim não está’; o mar diz ‘Não está comigo’. Não pode ser comprada, mesmo com o ouro mais puro, nem se pode pesar o seu peso em prata”. Jó 28.14-15
“A Destruição e a Morte dizem: ‘Aos nossos ouvidos só chegou um leve rumor dela’”. Jó 28.22
A sabedoria não está no mar, nem no abismo, e em nenhum outro lugar em nosso alcance. O metal mais valioso não pode compra-la.
Não por acaso Salomão quando teve a oportunidade de fazer um pedido ao Senhor pediu sabedoria. Deus se agradou tanto do pedido que o fez o mais sábio de todos os reis:
“O rei Salomão era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra. Gente de todo o mundo pedia audiência a Salomão para ouvir a sabedoria que Deus lhe tinha dado”. 1 Reis 10.23-24
Outro grande líder de Israel, Moisés, também pediu sabedoria ao Senhor:
“Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria”. Salmos 90.12
Também temos o relato de quatro jovens estrangeiros no Império Babilônico que foram agraciados com esse belo presente: Daniel, Hananias, Mizael e Azarias.
“A esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência”. Daniel 1.17
Observando os pedidos e as histórias de Salomão, Moisés, Daniel e seus amigos, só podemos chegar à mesma conclusão que Jó:
“Deus conhece o caminho; só ele sabe onde ela habita, pois ele enxerga os confins da terra e vê tudo o que há debaixo dos céus”.  Jó 28.23-24
Sabendo da fonte, da mina, já sabemos o que fazer, pedir ao Senhor, pois só dEle é que vem toda a sabedoria:
“Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida”. Tiago 1.5
Que Deus lhe abençoe e lhe dê sabedoria em tudo o que fizer e precisar!

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Deixe de ser boca aberta!

         Provavelmente você já ouviu o termo “boca aberta”. Geralmente trata-se de alguém parado, lesado, sonso. Em todos os lugares existem pessoas assim, inclusive na igreja. E nesse texto a minha missão é dizer a você, se for o seu caso, a deixar de ser boca aberta.
Em Atos 1 está o relato de uma das cenas mais marcantes da história do Cristianismo e com certeza, da existência humana. Trata-se da despedida de Jesus. Ele já havia cumprido a sua missão, nasceu, viveu e morreu por nós. Agora, o Cristo ressurreto está partindo e não poderia ir sem dizer nada. Atentemos então às últimas palavras de Jesus na terra. No versículo 7 Ele diz que algumas coisas não competem a nós saber e depois informa que o Espírito Santo será derramado para que assim o Evangelho seja testemunhado em toda a parte. As palavras do versículo 8 tratam-se da Grande Comissão, ou seja, o chamado de Jesus aos seus servos à pregação do Evangelho em toda a parte: “e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.
         Ide! Foi isso que Jesus disse a todos. Essa é a mensagem que Ele tem para todos os seus filhos, para todos os que creem nEle. Mas talvez estamos como os discípulos, olhando para o céu esperando sabe lá o que. Se você está esperando uma ordem para começar a pregar o Evangelho, você já tem. Essa ordem também não está delimitada. Jesus não diz: preguem o Evangelho só na África ou só na faculdade. O versículo 8 de Atos é bem completo. Em Jerusalém significa em sua cidade. Em toda a Judéia trata-se de estado. E Samaria fala de outro estado ou país. E para não ter dúvida nenhuma temos “até os confins da terra”.
         Gosto muito da história do chamado de grandes homens da Bíblia, mas quando falo de ministério, missão, quem me chama atenção são aqueles em que não há relato de chamado particular. No Antigo Testamento vemos José e o seu ministério no Egito. Em algum momento há relato de Deus falando que mandaria José ao Egito para salvar o povo? E o que falar de Daniel? Já chegou na Babilônia procurando uma forma de não se misturar, mas mostrar Deus em sua vida. No Novo Testamento, mais precisamente no livro de Atos vemos Estevão, Barnabé, Lucas, Timóteo e nenhum deles há menção de chamado particular como houve na vida dos discípulos e de Paulo por exemplo. Estevão foi o primeiro mártir, o primeiro louco por Jesus o suficiente para morrer por Ele. Barnabé foi quem buscou Saulo para começar o seu ministério. Lucas foi colaborador nas caravanas de Paulo, além de nos deixar registrado o Evangelho de Jesus no livro que leva o seu nome e no Evangelho do Espírito Santo, mais conhecido por nós como o livro de Atos. E Timóteo foi quem deu continuidade no ministério de Paulo junto com Tito, Priscila, Áquila, Marcos e tantos outros.
         Olhando para essas pessoas me pergunto: O que esperar para cumprir o ministério que Deus nos deu?
         Talvez você diga: Eberson, estou esperando companhia. Não dá para fazer nada sozinho. A igreja não me apoia, o meu pastor não me apoia, o meu líder, os meus amigos, ninguém. Nesse caso, primeiramente preciso te lembrar que você jamais fica sozinho (a). O Evangelho de Mateus termina com Jesus dizendo: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28.20b
         O apóstolo Paulo também nos prova isso no fim da vida, quando escreve à Timóteo contando como foi a audiência em que ele foi julgado em Roma (2 Tm 4.16-17). Paulo esteve diante de uma unanimidade de opositores e não foi condenado. Além disso, proclamou o Evangelho de Jesus Cristo. Consegue imaginar isso?
         Talvez o seu problema não seja companhia, mas recursos. Quantas vezes já ouvi de pessoas de grande potencial: Ninguém quer investir em mim! Bons músicos, bons ministros e que infelizmente estão esperando as coisas acontecerem por si só. Estão esperando as coisas ficarem favoráveis para então começar ou dar sequência no ministério.
         No texto que lemos Jesus não disse que daria um cartão de crédito ilimitado para podermos viajar para onde precisar e pregar o Evangelho. Também não está escrito que as nossas famílias seriam alimentadas enquanto estivéssemos servindo ao reino. O que está escrito é que receberíamos poder. Em outras versões a palavra é virtude. Foi através desse poder que milhões de pessoas foram alcançadas. Foi através desse poder que o próprio Jesus curou e operou milagres. E é através desse poder também que cumpriremos os planos do Senhor para as nossas vidas.
         O ministério é algo de Deus para Deus e que o próprio Deus nos capacita, compreende isso? Ele mesmo nos chama, anda conosco e nos capacita. Portanto, tome posse do poder, da virtude da parte do Espírito Santo. Esse é o recurso necessário para seguir em frente. Vamos deixar de ser boca aberta, vamos parar de apenas olhar o que está acontecendo e vamos fazer a nossa parte.
         Sempre é tempo de mostrarmos Jesus as pessoas à nossa volta. Sejamos homens e mulheres de atitudes. Que o nosso ardor nas palavras e atitudes possa fazer a diferença e servir de testemunho do Senhor Jesus em Anápolis (sua cidade), em Goiás (seu estado), em São Paulo (outro estado), na África (outro país), até os confins da terra!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Chega de mentiras!


         Ultimamente está cada vez mais difícil descobrir quem está falando a verdade. Movidos por interesses pessoais, muitas pessoas têm faltando com a verdade pregando a mentira como se fosse verdade. Esse problema também alcançou as igrejas, e pelo que lemos no primeiro capítulo da carta a Timóteo, não é algo tão recente.
O apóstolo Paulo tinha zelo pela doutrina pregada à igreja e é por isso que escreve sobre isso à Timóteo, seu filho na fé. No terceiro versículo da carta, ele escreve:
“[...] não mais ensinem doutrinas falsas”.
         Talvez você já tenha ouvido a expressão: “texto sem contexto vira pretexto”. Criar uma doutrina embasada em um único versículo sem considerar o contexto não é só perigoso como traz grandes problemas.
         Quando o pregador está mais interessado em mostrar o seu ponto de vista do que o que a Bíblia de fato tem a dizer isso pode acontecer. A pessoa cria a mensagem para depois procurar um texto que se encaixe à mensagem, quando o correto é se fazer o contrário.
         Infelizmente, também existem os casos onde a intenção é distorcer a doutrina conscientemente. O próprio Jesus nos despertou sobre esses falsos profetas (Mt 24.11). Judas também fala sobre eles dando ênfase na forma deles agirem, veja:
“Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor”. Judas 4
         Tanto Paulo quanto Judas estavam preocupados com o rumo em que a igreja estava tomando devido às falsas doutrinas, por isso o apelo de Paulo à Timóteo para ordenar a algumas pessoas que essas doutrinas não fossem mais pregadas.
         Nem todos conseguem identificar as falsas doutrinas pregadas nos púlpitos, e por isso, muitos são influenciados pelo que é falado nos púlpitos. Esses erram por não conhecerem as escrituras (Mt 22.29). Outros erram porque não se importam com os que estão sendo enganados (Jd 22). Portanto, precisamos não só conhecer as escrituras para não sermos enganados, como também para denunciar os falsos ensinos e socorrer os nossos irmãos (Jd 23).
         Uma outra preocupação do apóstolo Paulo quanto aos ensinamentos na igreja de Éfeso era a futilidade. Ao invés de falar sobre Jesus alguns mestres estavam preocupados com mitos e genealogias que nada poderiam acrescentar à fé dos membros da igreja.
         Uma boa história pode entreter o público, mas jamais produzirá o que apenas o Evangelho pode produzir, vida.
Evidentemente quando Paulo se refere à mito ele não está falando sobre alguma parábola que Jesus contou e quando fala de genealogia certamente também não está falando da que consta no capítulo 1 de Mateus por exemplo. O que Paulo estava condenando era a pregação de costumes judaicos e linhagem patriarcal como algo relevante para a fé cristã.
Em um bom sermão as ilustrações servem para facilitar o entendimento, porém, o centro da mensagem deve permanecer em Jesus. O Evangelho não é algo que simplesmente comove as pessoas, mas trata-se de um amor que nos incentiva a ser alguém melhor. Portanto, se a mensagem pregada não nos leva à Jesus, não nos leva ao arrependimento e confissão de pecados, ela é reprovada.
         É impossível ser um pregador da palavra sem conhecimento das escrituras. Alguns membros da igreja de Éfeso cometiam o erro da futilidade porque queriam pular etapas. Queriam ser mestres, ter a oportunidade de falar e até disciplinar os irmãos antes mesmo de serem ensinados, discipulados.
         Chega de mentiras! Não aceite e muito menos pregue um evangelho fundamentado em nada que não seja a palavra de Deus. Para isso, medite na lei do Senhor dia e noite para assim cumprir o que nela está escrito (Js 1.8).
Que possamos não só conhecer, mas também praticar e anunciar a verdade que provém do Senhor, a única que é capaz de nos santificar e nos dar nova vida em Cristo Jesus.
Tenhamos um genuíno compromisso com a verdade!
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