quinta-feira, 25 de setembro de 2014

De braços cruzados não dá

         Para nossa meditação de hoje, Provérbios 24.11 e 12:
“Liberte os que estão sendo levados para a morte; socorram os que caminham trêmulos para a matança! Mesmo que você diga: ‘Não sabíamos o que estava acontecendo!’ Não o perceberia aquele que pesa os corações? Não saberia aquele que preserva a sua vida? Não retribuirá ele a cada um segundo o seu procedimento?”
         Um dia enquanto voltava da panificadora, passei por uma senhora, ela olhou pra mim como se dissesse: Hey mané, me ajuda a atravessar a rua. Eu pensei que era coisa da minha cabeça e então prossegui andando, quando olho pra trás aquela senhora está atravessando a rua e quase é atropelada. Confesso que orei numa intensidade muito grande naquela hora e fiquei muito feliz quando aquela ela terminou de atravessar a rua. Algum tempo depois, veio um questionamento ao meu coração: Já parou pra pensar quantas pessoas estão sendo atropeladas pelo pecado por ninguém ter ajudado elas a atravessarem as ruas da vida?
         A cada dia as pessoas têm procurado se tornar mais independentes, e, muitas das vezes, isso faz de nós pessoas egocêntricas, insensíveis. O lema talvez seja: Cada um com os seus problemas. Porém, não foi esse o mandamento deixado por Jesus e sim “amai o próximo como a si mesmo”. Será que amar o próximo como nós mesmos seria deixa-lo sofrer quando eu posso ajudar?
         Muitos têm se esquivado dessa responsabilidade, de ajudar os outros, alegando ter problemas demais para ajudar alguém. Tiago, em sua carta, no primeiro capítulo, afirma que devemos nos alegrar pelas provações, pois elas servem pra produzir perseverança, e a perseverança, por sua vez, produz maturidade, experiência. No versículo 12, ele então traz a conclusão:
“Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam”.
         Tenho certeza que tanto a perseverança quanto a experiência não devem ser guardadas só pra nós, mas, pelo contrário, as experiências passadas e vencidas servem para que tenhamos bagagem suficiente para ajudar o nosso próximo.
Sabemos que a nossa salvação não está ligada a obras, pois somos salvos pela graça, mediante a fé. Mas Tiago no capítulo 2, versículo 17 diz o seguinte:
“Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta”.
         O que Tiago está dizendo no capítulo 2 inteiro é bem simples, as obras não nos garantem salvação, mas refletem a nossa fé, ou seja, não somos salvos pelas obras, mas porque somos salvos é que as apresentamos.
         Para concluir, voltemos ao versículo 12 de Provérbios 24 onde diz: “Não perceberia aquele que pesa os corações?”. Quando permanecemos de braços cruzados mediante à situações que, como cristãos, como sal e luz, deveríamos agir, aquele que pesa os corações, o nosso Deus, certamente nos verá com olhos de reprovação. Ou seja, não adiantou de nada, ser aprovado durante as nossas provações, se na provação do nosso próximo, hesitamos em agir.
         Que o Senhor te conduza à descruzar os braços e ser bênção na vida daqueles que te cercam!
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