quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Enxergando o sofrimento ao redor

         Como temos visto o sofrimento ao nosso redor? Como temos recebido as notícias de tragédias, doenças, epidemias, guerras, fome?
         Jesus em Mateus 24.12 dizia:
“Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”.
         Entendo esse esfriamento como um grande menosprezo de nossa parte. Estamos cada dia mais ‘vacinados’ diante das más notícias, desde que elas sejam longe de nós. Quando o jornal diz: “O vírus ebola já matou 100, 200, 300...” A reação é: “hummmm... que triste!” Mas algo até meio superficial. Então o jornal diz: “O vírus ebola chegou no Brasil!” A reação agora é: “Misericórdia Senhor! Socorre-nos!”
         A taxa de mortalidade no nosso país nos preocupa, mas só lutamos para reduzi-la ou para fazer justiça quando acontece algo próximo a nós. O câncer é uma doença terrível, mas só percebemos isso quando algum familiar fica doente. Eu poderia citar vários outros exemplos, mas vou parar por aqui, mas, antes, deixo a seguinte questão: O que será que Jesus diria sobre isso?
         Em Mateus 9 temos um episódio interessante, veja:
“Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: ‘A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara’.” Mateus 9.35-38
         Jesus, apesar de saber, não fez questão de lembrar dos motivos ou culpados daquela situação, mas, se compadeceu daquelas pessoas. Provavelmente Ele também não tinha amigos ou parentes dentre aquelas pessoas, mas se compadeceu delas.
         Nesse texto, Jesus nos deixa pelo menos dois ensinamentos, o primeiro é que Ele estava fazendo a Sua parte: “ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças”.
         O segundo ensinamento é a intercessão: “peçam, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara”.
         Temos também um outro episódio parecido no Antigo Testamento. O nosso personagem agora é Neemias, veja:
“Hanani, um dos meus irmãos, veio de Judá com alguns outros homens, e eu lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do cativeiro, e também sobre Jerusalém. E eles me responderam: ‘Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província, passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo’. Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando, jejuando e orando ao Deus dos céus.” Neemias 1.2-4
         No texto acima vemos Neemias se compadecer dos israelitas, após isso, ele toma a primeira atitude, interceder: “passei dias lamentando, jejuando e orando”.
Mais à frente, no capítulo 2, versículo 5, vemos ele se dispondo a fazer a sua parte:
“e respondi ao rei: ‘Se for do agrado do rei e se o seu servo puder contar com a benevolência do rei, que ele me deixe ir à cidade de Judá onde meus pais estão enterrados, para que eu possa reconstruí-la’.” Neemias 2.5
         Jesus e Neemias nos trazem o mesmo ensinamento, que devemos nos compadecer daqueles que sofrem ao nosso redor.

Que possamos, em primeiro lugar, orar, interceder pelos que sofrem, e, em segundo lugar, nos dispor para colaborar de alguma forma, pois o verdadeiro sentido do cristianismo é o amor, à Deus e ao próximo.
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